Contributos para a criação da especialidade de Urgência e Emergência Médica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, António Miguel Fonseca
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/10694
Resumo: É sabido que os serviços de urgência do nosso país são sentidos como sendo, nas últimas décadas, um dos maiores problemas do Sistema Nacional de Saúde (1), tanto a nível da eficiência como a nível de coordenação. Com longas filas de espera, o que leva à insatisfação e desagrado das populações mas também algum descontentamento por parte dos profissionais de saúde, que se queixam de turnos longos e falta de carreiras médicas (1-4). Atualmente não existe uma especialidade com formação específica e orientada que assegure estes serviços. Sendo os mesmos assegurados por um vasto leque de médicos, que vão desde as mais variadas especialidades até médicos sem especialidade, comumente apelidados de tarefeiros ou indiferenciados (3). Simultaneamente, o Estado tem vindo a aumentar o orçamento gasto, despendendo avultados valores a pagar horas extraordinárias ou por horas à tarefa, devido à falta de recursos humanos (4). O presidente do Colégio de Competência em Emergência Médica, Dr. Vítor Almeida, considera que a criação duma especialidade em Medicina de Urgência e Emergência não é, só por si, “a varinha mágica que vai resolver os problemas do serviço de urgência”. Ainda assim, considera que a existência da especialidade seria uma “peça fundamental do puzzle”, além de uma reforma e reorganização do sistema. “Perante o panorama que temos, faz sentido acabar com algumas anomalias. Por um lado, somos um país grande consumidor do serviço de urgência e por outro temos um número muito elevado de médicos sem acesso a especialidade”, declarou numa entrevista à agencia Lusa (5). O Dr. Vítor Almeida frisa ainda que os padrões europeus apontam “claramente para a implementação de uma especialidade própria” em Medicina de Urgência e Emergência, sendo uma realidade que não se fica pela Europa.
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