Estarão as escolas do Grande Porto preparadas para alimentar crianças com doença celíaca?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sara
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pinto, Elisabete, Martins, Ana Pimenta, Jorge, Rita
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/37450
Resumo: Introdução: Sendo a dieta isenta de glúten o único tratamento atualmente existente para a doença celíaca, as escolas, local onde as crianças permanecem grande parte do seu dia, devem assegurar uma alimentação compatível com estas necessidades. Objetivos: Avaliar i) a perceção dos pais de crianças com doença celíaca relativamente à capacidade das escolas fornecerem refeições isentas de glúten, ii) o conhecimento dos profissionais das escolas sobre doença celíaca e sobre cuidados a ter numa dieta isenta de glúten, iii) e o impacto da realização de formação nesse conhecimento. Metodologia: Estudo transversal, cuja amostra foi constituída por encarregados de educação de crianças celíacas, com idades compreendidas entre os 2 e os 9 anos, sócios da Associação Portuguesa de Celíacos e residentes no Grande Porto e pelos profissionais das escolas que essas crianças frequentavam. Aplicou-se um questionário aos primeiros para perceção da confiança na segurança das refeições nas escolas e um questionário sobre doença celíaca e dieta isenta de glúten a profissionais de escolas que receberam ou não formação sobre o assunto. Para testar hipóteses sobre a independência de variáveis qualitativas foram aplicados o teste de Qui-quadrado de independência ou o teste exato de Fisher. Em todos os testes de hipóteses foi considerado um nível de significância de α=5%. Resultados: Verificou-se que apenas metade dos pais confiava que as escolas eram capazes de cumprir uma dieta isenta de glúten para os seus filhos (56,3%). Mais de metade dos profissionais das escolas nunca tinha recebido formação sobre doença celíaca, tendo-se observado diferenças estatisticamente significativas entre os profissionais que receberam ou não formação em termos de conhecimentos sobre doença celíaca. Conclusões: Uma proporção considerável de pais de crianças celíacas não confia na segurança das refeições servidas nas escolas dos seus filhos. Revelou-se ser necessário assegurar mais formação ao serviço de alimentação e restauração das escolas. Concluiu-se ainda que é necessário trabalhar na formação para melhoria efetiva dos conhecimentos.
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Metodologia: Estudo transversal, cuja amostra foi constituída por encarregados de educação de crianças celíacas, com idades compreendidas entre os 2 e os 9 anos, sócios da Associação Portuguesa de Celíacos e residentes no Grande Porto e pelos profissionais das escolas que essas crianças frequentavam. Aplicou-se um questionário aos primeiros para perceção da confiança na segurança das refeições nas escolas e um questionário sobre doença celíaca e dieta isenta de glúten a profissionais de escolas que receberam ou não formação sobre o assunto. Para testar hipóteses sobre a independência de variáveis qualitativas foram aplicados o teste de Qui-quadrado de independência ou o teste exato de Fisher. Em todos os testes de hipóteses foi considerado um nível de significância de α=5%. Resultados: Verificou-se que apenas metade dos pais confiava que as escolas eram capazes de cumprir uma dieta isenta de glúten para os seus filhos (56,3%). Mais de metade dos profissionais das escolas nunca tinha recebido formação sobre doença celíaca, tendo-se observado diferenças estatisticamente significativas entre os profissionais que receberam ou não formação em termos de conhecimentos sobre doença celíaca. Conclusões: Uma proporção considerável de pais de crianças celíacas não confia na segurança das refeições servidas nas escolas dos seus filhos. Revelou-se ser necessário assegurar mais formação ao serviço de alimentação e restauração das escolas. Concluiu-se ainda que é necessário trabalhar na formação para melhoria efetiva dos conhecimentos.Introduction: With Gluten Free Diet being the only treatment currently available, schools, the place where children spend most of their day, must ensure a diet that meets these needs. Objectives: To assess i) parent's perceptions of children with celiac disease regarding the ability of schools to provide gluten- free meals, ii) school professional’s knowledge of celiac disease and care in a Gluten Free Diet, iii) and the impact of training on it. Methodology: Cross-sectional study, whose sample consisted of parents of celiac children, aged 2 to 9 years, members of the Associação Portuguesa de Celíacos and residents of Greater Porto and the school professionals that these children attended. A questionnaire was applied to the first ones to understand their confidence on the safety of meals in schools and, subsequently, a questionnaire about celiac disease and Gluten Free Diet was applied to professionals from schools who received or not training about this issue. To test hypotheses about the independence of qualitative variables, the Chi-square independence test or Fisher's exact test were applied. In all hypothesis tests a significance level of α = 5% was considered. Results: It was found that only half of parents trusted that schools were able to comply with a Gluten Free Diet for their children (56.3%). More than half of school professionals had never received training on celiac disease, having been observed statistically significant differences between untrained and trained professionals in terms of knowledge about celiac disease. Conclusions: A considerable proportion of parents of celiac children don’t trust on the safety of meals served in their children's schools. Further training in the food and catering service is needed. It was also concluded that training provided was not sufficient for effective improvement of knowledge.Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSilva, SaraPinto, ElisabeteMartins, Ana PimentaJorge, Rita2022-05-06T15:14:58Z2021-032021-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/37450por2183-598510.21011/apn.2021.2406info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:42:54Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37450Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:30:30.462205Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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