Avaliação do potencial antiviral de extratos em robalos (Dicentrarchus labrax) infetados com o vírus da necrose nervosa (VNN)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Mariana Catarina Cameira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/6666
Resumo: Um dos grandes impasses ao desenvolvimento da aquacultura está relacionado com infeções virais, as quais causam perdas económicas significativas. O vírus da necrose nervosa (VNN) é responsável por elevadas taxas de mortalidade em larvas e juvenis, em importantes espécies de peixes. Atualmente, não existe um tratamento completamente eficaz contra esta infeção, e como tal é necessário que sejam aplicadas medidas preventivas, como é o caso da integração de extratos antivirais para controlar e minimizar o impacto desta infeção. Este estudo teve como objetivo avaliar a aplicabilidade de extratos com potencial antiviral, extrato 469 (12 mg/kg) e (6 mg/kg), 558 (306 mg/kg) e (153 mg/kg), 488 (2000 mg/kg) fornecidos a robalos (Dicentrarchus labrax) com 5,30 ± 1,23g, durante 52 dias. Seguido de uma infeção por imersão com TCID50 =106/mL do genótipo RGNNV. Numa análise sobre como o sistema imunitário do D. labrax reage a uma infeção com VNN, não se verificou stress nutricional relacionado com as diferentes dietas fornecidas, pela expressão semelhante do gene hsp-90 entre tratamentos. Quando analisada a expressão do irf3, responsável pela redução da replicação viral, verificou-se uma regulação estatisticamente positiva nos extratos 469 (12 mg/kg), 469 (6 mg/kg), 558 (306 mg/kg) e 488 (2000 mg/kg). Depois da infeção, a quantidade de vírus no tecido cerebral revelou que o extrato 469 (6 mg/kg) foi o único que apresentou diferenças significativas com o menor número de partículas virais (1,56 x 104), coincidente com a elevada expressão do irf3 neste mesmo extrato, antes da infeção. A expressão do ighm, confirmou que nenhum dos extratos teve capacidade de neutralizar partículas virais, o que se verificou pela mortalidade registada. Estes resultados sugerem que a concentração ideal que reduza a quantidade de partículas virais, e com capacidade de neutralização, poderá encontra-se no extrato 469 entre 6 a 12 mg/kg. São necessários mais estudos para perceber exatamente como funciona a modulação do sistema imunitário na presença do VNN e como ocorre a interação do patógeno-hospedeiro. O fornecimento de imunoestimulantes antivirais, podem ser uma estratégia promissora para preparar o sistema imunológico dos peixes e prevenir danos irreversíveis.
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