Is it possible to detect Betanodavirus with non-lethal sampling methods in experimentally infected Dicentrarchus labrax (Linnaeus, 1758)?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Inês de Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/3267
Resumo: Atualmente, uma das principais preocupações com a indústria aquícola está relacionada com os surtos de Encefalopatia e Retinopatia Viral (ERV), uma vez que esta doença está associada a níveis elevados de mortalidade (até 90-100% de mortalidade), especialmente em peixes juvenis. Mais de 120 espécies cultivadas e selvagens são suscetíveis a esta patologia. O agente etiológico desta patologia é designado por Betanodavirus, um vírus constituído por duas cadeias simples de RNA sem envelope (ssRNA). Recentemente, a técnica de RT-PCR em tempo real tem vindo a adquirir mais importância, como método confiável para deteção de Betanodavirus. O órgão preferencial para detetar Betanodavirus é o cérebro, porém, para analisar reprodutores, este método de amostragem letal não é adequado. Os métodos de amostragem não-letal, como utilização de barbatanas, brânquias ou serologia, têm sido investigados numa sociedade cada vez mais preocupada com o bem-estar animal. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar a viabilidade destes tecidos para a deteção de uma infeção de Betanodavirus em robalo legítimo (Dicentrarchus labrax). Foram analisados quatro tecidos distintos, o cérebro (órgão preferencial para deteção de Betanodavirus), brânquias, barbatana caudal e sangue como tecidos provenientes de amostragem não-letal para avaliar a sua adequabilidade ao método de deteção RT-PCR em tempo real. Juvenis de robalo foram infetados com o vírus por injeção intramuscular ou imersão, e amostras de tecido, sangue e serum foram recolhidas nos dias 7, 15 e 30 após infeção experimental. O método ELISA permitiu a deteção de anticorpos específicos para Betanodavirus aos 7 dias após a infeção experimental. Concentrações mais elevadas de anticorpos foram detetadas nos dias 15 e 30 após infeção experimental, para ambos os métodos de infeção. A presença de anticorpos indica que este é um método adequado para avaliar o estado serológico dos peixes em estágios de infeção precoces até pelo menos um mês após infeção. Foi possível detetar o RNA viral em todos os tecidos analisados com RT-PCR em tempo real. A carga viral presente nos tecidos provenientes de amostragem não letal foi sempre mais reduzida do que a apresentada pelo cérebro em todos os dias de amostragem. Vírus foi detetado nos tecidos de amostragem não letal a partir do dia 7 após infeção experimental. A carga viral na barbatana caudal apresentou diferenças estatisticamente significativas entre dias de amostragem, enquanto que as brânquias apresentaram diferenças entre tratamentos e dias de amostragem. Como esperado, o cérebro foi o único tecido que registou a presença do vírus independentemente do método de infeção ou do dia de amostragem. A presença de vírus ao longo do período de amostragem não foi constante nos tecidos de amostragem não letal (brânquias, barbatana caudal e sangue) e a carga viral foi sempre mais reduzida dos que a registada para o cérebro. Cargas virais elevadas foram detetadas no sangue de peixes infetados por injeção intramuscular desde dia 15 até ao final do ensaio. A presença do vírus detetada em todos os dias de amostragem e em quantidade mais elevada, e o reconhecido tropismo deste vírus para tecidos do sistema nervoso, permitem aconselhar que o cérebro permaneça como órgão preferencial para o diagnóstico e triagem de peixes infetados com Betanodavirus. Porém, os resultados apontam para o facto de que são necessários mais estudos sobre o uso destes tecidos de amostragem não letal de forma aceitar ou rejeitar, sem dúvidas, a possibilidade de utilizar estes tecidos no diagnóstico de uma infeção em peixes por Betanodavirus.
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