Modulação pragmática no raciocínio com condicionais deônticas: Um estudo exploratório com reclusos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/1276 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Psicologia Legal |
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Modulação pragmática no raciocínio com condicionais deônticas: Um estudo exploratório com reclusosPsicologia legalRaciocínioModelos mentaisMoralMoralidadeReclusosPrisãoInstrumentosDesenvolvimento moralReasoningMental modelsMoralityPrisionersInstrumentsMoral DevelopmentDissertação de Mestrado em Psicologia LegalO presente estudo inscreve-se no âmbito da teoria dos modelos mentais e dos seus desenvolvimentos mais recentes, em especial, no que se refere ao princípio da modulação pragmática. Procurou-se testar de forma exploratória, a hipótese de que a experiência de reclusão prisional pode gerar formas de interpretação de frases condicionais deônticas (e, consequentemente, padrões de inferência) diferentes daqueles que se registam em indivíduos que não tenham atravessado essa experiência de vida. A teoria dos modelos mentais (v. Johnson-Laird & Byrne, 2002), mais do que outras abordagens ao raciocínio dedutivo, sublinha a importância dada ao contexto, i.e., aos conhecimentos gerais e específicos que as pessoas armazenam nas suas memórias de longo termo, e ao modo como esses factores modulam o significado de uma determinada proposição. Esses conhecimentos são representados mentalmente de forma explícita, facilitando o processo de construção de modelos mentais, ou impedindo-o em outros casos. Neste estudo quisemos avaliar de que forma os conhecimentos específicos de um grupo de reclusos acerca do que é permitido ou proibido, podem modular a interpretação de frases condicionais de conteúdo deôntico e, consequentemente, determinar o seu padrão inferencial. Esses conhecimentos, ou o contexto, como é designado no âmbito da teoria dos modelos mentais, foram avaliados através de uma tarefa de juízo moral - o Teste de Definir Valores Morais desenvolvido por James Rest e seus colaboradores (Rest, 1979, 1986a; Rest, Thoma & Edwards, 1997). Participaram na nossa investigação 60 pessoas, metade das quais a cumprir pena num estabelecimento prisional, e as restantes sem qualquer experiência prévia de reclusão. Aferimos ainda da forma como os indivíduos interpretam as frases condicionais de conteúdo deôntico, utilizando para isso uma tarefa em que se pedia às pessoas para avaliar um conjunto de possibilidades associadas a essas mesmas frases. No que se refere aos conteúdos, usámos frases deônticas, ligadas a permissões, e obrigações de dois tipos: Obrigações violáveis e obrigações invioláveis - que correspondem a dois tipos de interpretação, de acordo com a classificação proposta por Johnson-Laird e Byrne (2002): Interpretação capacitante (a c; a ¬c; ¬a ¬c) e interpretação condicional (a c; ¬a c; ¬a ¬c). Corroboramos de uma forma geral as nossas previsões, relativamente à forma como os indivíduos, interpretam as frases correspondentes aos dois tipos de interpretação (i.e. interpretação capacitante e condicional), e confirmámos parcialmente os padrões inferenciais esperados para as frases estudadas, de acordo com a teoria dos modelos mentais, para os quatro tipos de inferência. Não encontrámos diferenças entre reclusos e não reclusos, relativamente ao nível de juízo moral. Isto significa que os 60 participantes correspondem a uma só população, no que se refere ao nível de juízo moral. Nos dois grupos de participantes, não se registaram diferenças na forma como avaliaram a violação de obrigações (dos dois tipos estudados, i.e., violáveis e não violáveis) e permissões, não se evidenciando também diferenças em termos do seu padrão inferencial. Os resultados deste estudo são discutidos no âmbito da teoria dos modelos mentais, em especial, no que se refere à contribuição que deram para a discussão do papel da modulação pragmática no raciocínio condicional deôntico.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAGuerreiro, João2012-03-17T15:35:21Z2007-01-01T00:00:00Z2007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/1276porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:37:22Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/1276Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:19:23.168879Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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