Quando um Presidente da República vive no limite do semipresidencialismo: retratos que a imprensa diária esboçou na primeira metade do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Felisbela
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Espírito Santo, Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/28801
Resumo: O 20º Presidente da República Portuguesa inaugurou, em Março de 2016, um mandato distintivo na forma como se relaciona com os poderes que a Constituição lhe confere. Participando diariamente em múltiplos eventos, Marcelo Rebelo de Sousa fala, acima de tudo, daquilo que considera mais estratégico (re)colocar na ordem do dia, entrando em permanência em áreas de atuação que pertencem ao Governo. E isso é legitimado por duas forças que este PR não descura: a popularidade que reúne junto dos portugueses e a atenção mediática que provoca nos jornalistas. É aqui que reside a sua força para testar alguns dos poderes presidenciais que lhe estão fixados pela Lei Fundamental. Nesta contribuição, identificaremos o modo como o Presidente da República exerceu os seus poderes à luz do que a imprensa diária generalista portuguesa tem publicado sobre si, ao longo dos primeiros dois anos de mandato (9 de Março de 2016 a 9 de Março de 2018). Com base num universo de 1.537 textos noticiosos publicados, neste período, no Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Público e Correio da Manhã, identificaremos quais os poderes presidenciais que estiveram em destaque na imprensa e faremos sobressair três situações que assumiram relevância no modo como o Presidente da República faz vingar a sua posição junto do Governo: a intervenção no rumo do único banco público português (Caixa Geral de Depósitos), a coordenação das operações em torno do roubo de material militar em Tancos e o envolvimento com as vítimas dos incêndios que afetaram a região centro de Portugal em 2017. Como resultados esperados, esta contribuição procura examinar a construção da proximidade entre eleitores e eleitos, promovida pela figura presidencial, e amplificado pela imprensa. Ou seja, pretende-se identificar os moldes e o papel da imprensa como motores essenciais para a projeção da mensagem política e da figura presidencial, em termos de utilização do espaço público mediático.
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spelling Quando um Presidente da República vive no limite do semipresidencialismo: retratos que a imprensa diária esboçou na primeira metade do mandato de Marcelo Rebelo de SousaWhen a President lives on the edge of semi-presidentialism: portraits that the daily press outlined during Marcelo Rebelo de Sousa’s first half mandateJornalismo político; tematização; semipresidencialismo.O 20º Presidente da República Portuguesa inaugurou, em Março de 2016, um mandato distintivo na forma como se relaciona com os poderes que a Constituição lhe confere. Participando diariamente em múltiplos eventos, Marcelo Rebelo de Sousa fala, acima de tudo, daquilo que considera mais estratégico (re)colocar na ordem do dia, entrando em permanência em áreas de atuação que pertencem ao Governo. E isso é legitimado por duas forças que este PR não descura: a popularidade que reúne junto dos portugueses e a atenção mediática que provoca nos jornalistas. É aqui que reside a sua força para testar alguns dos poderes presidenciais que lhe estão fixados pela Lei Fundamental. Nesta contribuição, identificaremos o modo como o Presidente da República exerceu os seus poderes à luz do que a imprensa diária generalista portuguesa tem publicado sobre si, ao longo dos primeiros dois anos de mandato (9 de Março de 2016 a 9 de Março de 2018). Com base num universo de 1.537 textos noticiosos publicados, neste período, no Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Público e Correio da Manhã, identificaremos quais os poderes presidenciais que estiveram em destaque na imprensa e faremos sobressair três situações que assumiram relevância no modo como o Presidente da República faz vingar a sua posição junto do Governo: a intervenção no rumo do único banco público português (Caixa Geral de Depósitos), a coordenação das operações em torno do roubo de material militar em Tancos e o envolvimento com as vítimas dos incêndios que afetaram a região centro de Portugal em 2017. Como resultados esperados, esta contribuição procura examinar a construção da proximidade entre eleitores e eleitos, promovida pela figura presidencial, e amplificado pela imprensa. Ou seja, pretende-se identificar os moldes e o papel da imprensa como motores essenciais para a projeção da mensagem política e da figura presidencial, em termos de utilização do espaço público mediático.Repositório da Universidade de LisboaLopes, FelisbelaEspírito Santo, Paula2023-10-02T13:38:44Z2019-05-312019-05-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/28801por10.25768/fal.ec.n28.a13info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-08T01:31:38Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/28801Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:33:52.867665Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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