Perfil do doente com traumatismo cranioencefálico atendido num serviço de urgência de uma ULS do norte de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/28604 |
Resumo: | Um traumatismo cranioencefálico (TCE) ocorre como consequência de uma força mecânica direta ou indireta aplicada na cabeça. É considerado um dos principais problemas de saúde pública de âmbito mundial e as suas características epidemiológicas variam de acordo com cada população, encontrando-se entre os tipos de trauma mais frequentes nos serviços de urgência. As vítimas de TCE exigem intervenções de enfermagem adequadas pelo que, o enfermeiro, enquanto membro fundamental de uma equipa multidisciplinar, necessita de constante atualização e desenvolvimento de competências, numa abordagem holística do doente neurocrítico. Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo geral: Caracterizar o perfil do doente com traumatismo cranioencefálico atendido num serviço de urgência de uma ULS do Norte de Portugal. Definiram-se como objetivos específicos: (i) Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra; (ii) Caracterizar a amostra em função da presença de fatores de risco; (iii) Identificar as principais etiologias do traumatismo cranioencefálico; (iv) Determinar a gravidade do TCE, pela avaliação do nível de consciência dos doentes, através da Escala de Coma de Glasgow; (v) Identificar a principal sintomatologia pós TCE nas vítimas; (vi) Identificar o número de doentes em função dos exames complementares de diagnóstico realizados; (vii) Identificar as principais lesões cranioencefálicas associadas ao traumatismo nos doentes; (viii) Avaliar a prevalência de TCE na população atendida no SU no período de recolha de dados definido. Métodos: Para a realização do presente trabalho foi desenvolvido um estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa. Utilizando um método não- probabilístico, com uma amostragem por conveniência, foi obtida uma amostra de 153 vítimas de TCE que recorreram ao SU de uma ULS do Norte de Portugal, no período compreendido entre 5 de abril a 5 de julho de 2022. Os dados foram colhidos através de um instrumento de recolha de dados elaborado para o efeito, com base na observação, complementados com o resultado de exames de diagnóstico realizados e respetivo diagnóstico médico. Resultados: Os resultados obtidos evidenciam predomínio do sexo masculino (56,9%), com uma média de idades de 63,5 anos (DP 28,79), verificando-se uma maior prevalência de TCE nos pacientes com idade superior ou igual a 85 anos (29,4%) e maioritariamente residentes em ambiente rural (55,6%). A principal etiologia foram as quedas da própria altura (56,3%), com predomínio do TCE Ligeiro (98,6%). O fator de risco predominante foi a idade superior a 65 anos (58,8%) e a principal sintomatologia associada foi a perda de consciência (22,3%). A Tomografia Computorizada cerebral foi o exame complementar de diagnóstico dominante (84,9%) e as lesões na pele/couro cabeludo foram as mais frequentes nos TCE observados (42,5%). Quanto aos traumatismos associados, os mais frequentes foram os traumatismos nos membros (31,4%). Houve predomínio da alta hospitalar após observação clínica (72,5%). A taxa de prevalência de TCE no respetivo SU no período estudado foi de 1,68 %. Conclusão: Conhecer melhor o perfil da vítima de TCE atendida num SU e tendo em consideração que a atuação do enfermeiro especialista na intervenção antecipada e prevenção de complicações na Pessoa em situação Crítica é fundamental uma vez que, no seu percurso desde a lesão até à alta clínica, esta pode sofrer inúmeras complicações. Dessa forma, o perfil encontrado sugere a importância da adoção de medidas de prevenção das principais etiologias do TCE bem como o aprimoramento no atendimento às vítimas. |
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Perfil do doente com traumatismo cranioencefálico atendido num serviço de urgência de uma ULS do norte de PortugalTraumatismo cranioencefálicoServiço de urgênciaEpidemiologiaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências MédicasUm traumatismo cranioencefálico (TCE) ocorre como consequência de uma força mecânica direta ou indireta aplicada na cabeça. É considerado um dos principais problemas de saúde pública de âmbito mundial e as suas características epidemiológicas variam de acordo com cada população, encontrando-se entre os tipos de trauma mais frequentes nos serviços de urgência. As vítimas de TCE exigem intervenções de enfermagem adequadas pelo que, o enfermeiro, enquanto membro fundamental de uma equipa multidisciplinar, necessita de constante atualização e desenvolvimento de competências, numa abordagem holística do doente neurocrítico. Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo geral: Caracterizar o perfil do doente com traumatismo cranioencefálico atendido num serviço de urgência de uma ULS do Norte de Portugal. Definiram-se como objetivos específicos: (i) Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra; (ii) Caracterizar a amostra em função da presença de fatores de risco; (iii) Identificar as principais etiologias do traumatismo cranioencefálico; (iv) Determinar a gravidade do TCE, pela avaliação do nível de consciência dos doentes, através da Escala de Coma de Glasgow; (v) Identificar a principal sintomatologia pós TCE nas vítimas; (vi) Identificar o número de doentes em função dos exames complementares de diagnóstico realizados; (vii) Identificar as principais lesões cranioencefálicas associadas ao traumatismo nos doentes; (viii) Avaliar a prevalência de TCE na população atendida no SU no período de recolha de dados definido. Métodos: Para a realização do presente trabalho foi desenvolvido um estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa. Utilizando um método não- probabilístico, com uma amostragem por conveniência, foi obtida uma amostra de 153 vítimas de TCE que recorreram ao SU de uma ULS do Norte de Portugal, no período compreendido entre 5 de abril a 5 de julho de 2022. Os dados foram colhidos através de um instrumento de recolha de dados elaborado para o efeito, com base na observação, complementados com o resultado de exames de diagnóstico realizados e respetivo diagnóstico médico. Resultados: Os resultados obtidos evidenciam predomínio do sexo masculino (56,9%), com uma média de idades de 63,5 anos (DP 28,79), verificando-se uma maior prevalência de TCE nos pacientes com idade superior ou igual a 85 anos (29,4%) e maioritariamente residentes em ambiente rural (55,6%). A principal etiologia foram as quedas da própria altura (56,3%), com predomínio do TCE Ligeiro (98,6%). O fator de risco predominante foi a idade superior a 65 anos (58,8%) e a principal sintomatologia associada foi a perda de consciência (22,3%). A Tomografia Computorizada cerebral foi o exame complementar de diagnóstico dominante (84,9%) e as lesões na pele/couro cabeludo foram as mais frequentes nos TCE observados (42,5%). Quanto aos traumatismos associados, os mais frequentes foram os traumatismos nos membros (31,4%). Houve predomínio da alta hospitalar após observação clínica (72,5%). A taxa de prevalência de TCE no respetivo SU no período estudado foi de 1,68 %. Conclusão: Conhecer melhor o perfil da vítima de TCE atendida num SU e tendo em consideração que a atuação do enfermeiro especialista na intervenção antecipada e prevenção de complicações na Pessoa em situação Crítica é fundamental uma vez que, no seu percurso desde a lesão até à alta clínica, esta pode sofrer inúmeras complicações. Dessa forma, o perfil encontrado sugere a importância da adoção de medidas de prevenção das principais etiologias do TCE bem como o aprimoramento no atendimento às vítimas.Traumatic brain injury (TBI) occurs as a result of direct or indirect mechanical force applied to the head. It is considered one of the major public health problems worldwide, and its epidemiological characteristics vary according to each population, being among the most frequent types of trauma seen in emergency services. TBI victims require appropriate nursing interventions, and nurses, as key members of a multidisciplinary team, need constant updating and constant skill development in a holistic approach to the neurocritical patient. Aim: The main objective of this study is to characterise the profile of patients with traumatic brain injury (TBI) treated at an emergency department of Northern Portugal Local Health Unit (ULS). The following specific objectives were defined: (i) Characterize the socio-demographic profile of the sample; (ii) Characterize the sample according to the presence of risk factors; (iii) Identify the main causes of traumatic brain injury; (iv) Determine the severity of TBI by assessing patients' level of consciousness using the Glasgow Coma Scale; (v) Identify the main post-TBI symptoms in the victims; (vi) Identify the number of patients based on the complementary diagnostic tests performed; (vii) Identify the main head injury associated with trauma in the patients; (viii) Evaluate the incidence of TBI in the population attended at the Emergency Department during the defined data collection period. Methods: To carry out the present study, an observational, descriptive approach with a quantitative method was employed. Using a non-probabilistic technique, with a convenience sampling, we obtained a sample of 153 TBI victims who sought treatment at the Emergency Department of a Northern Portugal Local Health Unit (ULS), between April 5 and July 5, 2022. Data were collected using a specifically designed data collection tool based on observation, complemented with the results of diagnostic tests conducted as well as the corresponding medical diagnosis. Results: The results show a predominance of males (56.9%), with an average age of 63.5 years (SD 28.79), and a higher incidence of TBI in patients aged 85 years or older (29.4%) and mostly living in rural areas (55.6%). The main etiology was falls from standing height (56.3%), with a predominance of mild TBI (98.6%). The predominant risk factor was age over 65 years (58.8%) and the main associated symptom was loss of consciousness (22.3%). Computed tomography of the brain was the dominant diagnostic complementary exam (84.9%) and skin/scalp injuries were the most frequent in the observed TBIs (42.5%). Regarding associated traumas, limb injuries were the most common (31.4%). There was a predominance of hospital discharge after clinical observation (72.5%). The incidence rate of TBI in the respective Emergency Department during the study period was 1.68%. Conclusion: Having a better understanding of the profile of TBI victims treated at an Emergency Department and considering that the role of specialist nurses in early intervention and prevention of complications in critically ill patients is crucial, since they may experience numerous complications from the time of injury until clinical discharge. Therefore, the identified profile emphasizes the importance of adopting measures to prevent the main etiologies of TBI, as well as improving the care provided to the victims.Magalhães, Carlos PiresBiblioteca Digital do IPBRaposo, Silvia Cristina Ruano2023-07-27T09:00:20Z20232023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/28604TID:203333810porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T11:02:35Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/28604Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:18:36.862592Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Um traumatismo cranioencefálico (TCE) ocorre como consequência de uma força mecânica direta ou indireta aplicada na cabeça. É considerado um dos principais problemas de saúde pública de âmbito mundial e as suas características epidemiológicas variam de acordo com cada população, encontrando-se entre os tipos de trauma mais frequentes nos serviços de urgência. As vítimas de TCE exigem intervenções de enfermagem adequadas pelo que, o enfermeiro, enquanto membro fundamental de uma equipa multidisciplinar, necessita de constante atualização e desenvolvimento de competências, numa abordagem holística do doente neurocrítico. Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo geral: Caracterizar o perfil do doente com traumatismo cranioencefálico atendido num serviço de urgência de uma ULS do Norte de Portugal. Definiram-se como objetivos específicos: (i) Caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra; (ii) Caracterizar a amostra em função da presença de fatores de risco; (iii) Identificar as principais etiologias do traumatismo cranioencefálico; (iv) Determinar a gravidade do TCE, pela avaliação do nível de consciência dos doentes, através da Escala de Coma de Glasgow; (v) Identificar a principal sintomatologia pós TCE nas vítimas; (vi) Identificar o número de doentes em função dos exames complementares de diagnóstico realizados; (vii) Identificar as principais lesões cranioencefálicas associadas ao traumatismo nos doentes; (viii) Avaliar a prevalência de TCE na população atendida no SU no período de recolha de dados definido. Métodos: Para a realização do presente trabalho foi desenvolvido um estudo observacional, descritivo, de abordagem quantitativa. Utilizando um método não- probabilístico, com uma amostragem por conveniência, foi obtida uma amostra de 153 vítimas de TCE que recorreram ao SU de uma ULS do Norte de Portugal, no período compreendido entre 5 de abril a 5 de julho de 2022. Os dados foram colhidos através de um instrumento de recolha de dados elaborado para o efeito, com base na observação, complementados com o resultado de exames de diagnóstico realizados e respetivo diagnóstico médico. Resultados: Os resultados obtidos evidenciam predomínio do sexo masculino (56,9%), com uma média de idades de 63,5 anos (DP 28,79), verificando-se uma maior prevalência de TCE nos pacientes com idade superior ou igual a 85 anos (29,4%) e maioritariamente residentes em ambiente rural (55,6%). A principal etiologia foram as quedas da própria altura (56,3%), com predomínio do TCE Ligeiro (98,6%). O fator de risco predominante foi a idade superior a 65 anos (58,8%) e a principal sintomatologia associada foi a perda de consciência (22,3%). A Tomografia Computorizada cerebral foi o exame complementar de diagnóstico dominante (84,9%) e as lesões na pele/couro cabeludo foram as mais frequentes nos TCE observados (42,5%). Quanto aos traumatismos associados, os mais frequentes foram os traumatismos nos membros (31,4%). Houve predomínio da alta hospitalar após observação clínica (72,5%). A taxa de prevalência de TCE no respetivo SU no período estudado foi de 1,68 %. Conclusão: Conhecer melhor o perfil da vítima de TCE atendida num SU e tendo em consideração que a atuação do enfermeiro especialista na intervenção antecipada e prevenção de complicações na Pessoa em situação Crítica é fundamental uma vez que, no seu percurso desde a lesão até à alta clínica, esta pode sofrer inúmeras complicações. Dessa forma, o perfil encontrado sugere a importância da adoção de medidas de prevenção das principais etiologias do TCE bem como o aprimoramento no atendimento às vítimas. |
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