Política monetária e desigualdade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/19459 |
Resumo: | Este trabalho estuda a relação entre a política monetária e a desigualdade de rendimentos, com aplicação ao caso Português. Pretende-se investigar se a política monetária convencional, através da manipulação da taxa de juro, tem efeito sobre a distribuição do rendimento, nomeadamente do rendimento disponível entre os cidadãos. Para representar a política monetária utiliza-se a taxa de juro nominal de curto prazo, enquanto se usa o índice de Gini para medir a desigualdade no rendimento disponível. Como variáveis de controlo utiliza-se a taxa de inflação e o PIB "per capita", apresentando todos os dados periodicidade anual e estando compreendidos entre 1968 e 2016. Em termos de metodologias, aplicam-se técnicas de análise de séries temporais, nomeadamente modelos VAR, e em particular VECM, na medida em que se conclui pela existência de uma relação de cointegração entre as variáveis consideradas. Finalmente, analisam-se as funções impulso-resposta e a decomposição da variância, que permitem, respetivamente, avaliar o efeito de choques exógenos em cada variável e medir o peso desses mesmos choques nas restantes. Os resultados obtidos indicam que um choque de política monetária contracionista contribui para o aumento da desigualdade do rendimento disponível e que a política monetária expansionista conduz a um decréscimo na desigualdade do rendimento disponível, apesar dos efeitos serem economicamente pouco significativos. Por outro lado, observou-se que um choque no índice de Gini tem um efeito de maior significância estatística na taxa de juro, isto é, um aumento da desigualdade dos rendimentos disponíveis resulta na adoção de uma política monetária contracionista. |
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