A Ação de Autocuidado e Reabilitação em Pessoas com Doença Músculo-esquelética Reumática: Contributos em Tempos de Pandemia Covid-19.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Cristina Isabel Gomes da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=6BUR3jeR
Resumo: Enquadramento: A pandemia COVID-19 originou desafios imprevistos e extremos para a humanidade. Teve um custo (económico e social) considerável, especialmente em pessoas com imunidade comprometida como é o caso das pessoas com doenças reumáticas músculo-esqueléticas, submetidas a terapêutica imunossupressora. Objetivos: Descrever as experiências vividas pela pessoa com doença reumática músculo-esquelética, submetida a terapêutica imunossupressora, durante a pandemia Covid -19 e compreender de que forma a pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 teve influência na ação de autocuidado e na reabilitação da pessoa com doença reumática músculo-esquelética submetida a terapêutica imunossupressora. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa, tipo fenomenológico, no qual participaram seis pessoas com doença reumática e músculo-esquelética diagnosticada há pelo menos um ano, com mais de 18 anos e a realizarem terapêutica imunossupressora. A seleção dos Informantes foi realizada através de contacto nas redes sociais ou através das associações de doentes reumáticos, os achados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas. Efetuada análise dos achados pelo modelo teórico de análise fenomenológica de Loureiro (2002), com recurso ao programa ATLAS.ti. Resultados: Emergiram quatro temas centrais: capacidade funcional & qualidade de vida (Inatividade física, dor, limitações físicas, movimento corporal), sujeito dos cuidados (medo por mim e pela família, isolamento / privação da liberdade, falta de contacto social, dificuldades psicológicas, estratégias de coping e tempo para a família), saúde (informações pouco claras sobre os riscos, medicamentos: escassez e medo dos riscos, exacerbação da doença e autogestão e telemedicina: amigo ou inimigo?) e trabalho & comunidade (stress persistente: meios de comunicação, falta de consciencialização e divulgação DRM e esperança vs suspeita sobre as vacinas), todos interligados entre si. Da capacidade funcional & qualidade de vida salienta-se a inatividade física, o aumento da dor, as limitações físicas e o movimento corporal, que tiveram um impacto físico na pessoa, conduzindo algumas vezes a dependências a nível do autocuidado. Do sujeito dos cuidados evidencia-se o medo de ficar infetado, de infetar alguém, de ter piores resultados, o medo de morrer ?Pensei ó meu Deus do céu e eu morreria sozinha??. A nível da saúde destaca-se a telemedicina e a rapidez no contacto com os profissionais de saúde. A nível do trabalho & comunidade salienta-se o stress persistente induzido pelos meios de comunicação social, sempre a transmitir informações sobre a pandemia e a esperança num futuro melhor, num regresso à normalidade quotidiana. Conclusão: A pandemia Covid 19 criou novos desafios às famílias portuguesas e às pessoas com doenças crónicas, como é o caso das pessoas com DRM. Compreender como estas pessoas lidaram com o confinamento, com a pandemia é certamente a melhor forma para os profissionais de saúde, nomeadamente o EEER saberem como poderão atuar futuramente e como se poderá minorar os efeitos nefastos e condicionadores junto destas pessoas. Sugerem-se mais estudos para melhor perceber como as equipas de saúde poderão atuar e maximizar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas a quem prestam cuidados.
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