Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Constantino, Paula Maria Baião e
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/440
Resumo: Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional
id RCAP_2d300e7b1851bf1abcd6cf3e53bdfc9e
oai_identifier_str oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/440
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infânciaPsicologia educacionalAtitudesEducação da ciênciaEnsinoCognição socialEducação pré-escolarCiênciaInstrumentosEducational psychologyAttitudesScience educationTeachingSocial cognitionPreschool educationScienceInstrumentsDissertação de Mestrado em Psicologia EducacionalO presente estudo teve como objectivos principais analisar o efeito do ensino da Ciência e Tecnologia em idades precoces e comparar a eficácia de duas metodologias de ensino na apropriação de conhecimentos sobre o mundo físico e construção de atitudes científicas. A sua base teórica é sustentada nas teorias do ensino das "ciências" e que são concomitantes com as da aprendizagem, representadas por autores como, Piaget, Ausubel e Vygotsky, entre outros, bem como nos trabalhos de Harlen, Giordan e Marta, no campo das atitudes científicas e que, actualmente se enquadra no paradigma que defende o ensino precoce das "ciências", considerada situação sine qua non para a promoção e desenvolvimento do pensamento e, como tal, do alargamento conceptual das crianças e jovens. Foram previstas quatro hipóteses. A primeira hipótese sugeria que as crianças que usufruíram do ensino da "ciência" apresentariam um nível superior de apropriação do conhecimento sobre o mundo físico em relação as crianças que não tinham trabalhado a ciência. A segunda hipótese postulava que as crianças que tinham trabalhado a "ciência" apresentariam um nível superior de atitude científica em relação às crianças que não tinham tido ciência. A terceira hipótese sugeria que as crianças que tinham trabalhado a ciência com recurso à narrativa, apresentariam um nível superior na utilização da "linguagem científica", de explicações de 'causa/efeito' e "organização da informação" (eg. registo, ordenação de sequências e produção de história) do que as crianças que não tinham utilizado a narrativa no trabalho com ciência. A quarta hipótese previa que o nível de "atitude científica" seria superior no grupo que trabalhou a "ciência" com recurso à narrativa, nomeadamente nos níveis de: curiosidade; sensibilidade aos seres vivos; respeito pela natureza; respeito pela evidência; flexibilidade - do que no grupo que não recorreu à narrativa. Para testarmos as hipóteses foram avaliadas 58 crianças que frequentavam o ensino pré-escolar oficial, na região de Lisboa, com idades compreendidas entre os 4 e os 6 anos de idade, divididas por três grupos (dois experimentais que trabalharam a "ciência" - Grupo "Ciências"-, ambos com 22 sujeitos, em que um fez recurso à narrativa — Grupo Com História - e outro sem recurso à narrativa - Grupo Sem História - e um Grupo de Controlo), de classe média e de ambos os sexos, através da aplicação de dois instrumentos "Conhecimentos do Mundo” e "Atitudes Científicas". A análise dos resultados mostrou que as crianças que tiveram contacto com o ensino da "ciência", em relação às crianças que não tiveram "ciência", apresentaram níveis significativamente superiores de utilização da "linguagem científica" e numa das categorias que utiliza explicações de ‘causa/efeito’ dos fenómenos, não tendo sido encontrados valores significativos na categoria "organização da informação". Os resultados não sugerem porém que a influência do ensino da "ciência" ao nível da aquisição de "atitude cientifica" seja significativa quando relacionados com os obtidos no grupo de Controlo, no que se refere aos aspectos: curiosidade; sensibilidade aos seres vivos; respeito pela natureza; respeito pela evidência; flexibilidade. Contudo foi possível verificar a existência de uma diferença significativa na subcategoria "flexibilidade: constituição de grupos" que é superior no grupo "Ciências". Relativamente às variações internas do grupo "Ciências", os dados apontam para a existência de variações significativamente superiores de utilização da "linguagem científica", explicações de 'causa/efeito' dos fenómenos e "organização da informação", mas com incidência no grupo S/História o que contraria a nossa hipótese que as centralizava no grupo C/História. Relativamente às "atitudes científicas", no que se refere aos aspectos: curiosidade; sensibilidade aos seres vivos; respeito pela natureza; respeito pela evidência; flexibilidade - não foram encontrada variações significativas. Apenas na categoria "curiosidade"se encontraram valores significativamente superiores, mas no grupo S/História, o que mais uma vez contraria a nossa hipótese inicial. Dado existirem algumas limitações no presente estudo, quer pelo número reduzido de sujeitos, quer pela própria metodologia utilizada e dificuldades encontradas na construção dos instrumentos de avaliação, não nos permite extrapolar os resultados. Foi no entanto, mais um passo para a compreensão deste vasto campo de interesse e um contributo para o estudo de metodologias e estratégias que promovam um ensino mais eficaz, abrindo perspectivas para uma nova visão da importância do ensino das ciências em idades precoces.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAConstantino, Paula Maria Baião e2011-02-11T12:41:11Z2002-01-01T00:00:00Z2002-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/440porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:36:34Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/440Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:18:33.914918Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
title Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
spellingShingle Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
Constantino, Paula Maria Baião e
Psicologia educacional
Atitudes
Educação da ciência
Ensino
Cognição social
Educação pré-escolar
Ciência
Instrumentos
Educational psychology
Attitudes
Science education
Teaching
Social cognition
Preschool education
Science
Instruments
title_short Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
title_full Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
title_fullStr Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
title_full_unstemmed Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
title_sort Aquisição do conhecimento e atitudes científicas na infância
author Constantino, Paula Maria Baião e
author_facet Constantino, Paula Maria Baião e
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório do ISPA
dc.contributor.author.fl_str_mv Constantino, Paula Maria Baião e
dc.subject.por.fl_str_mv Psicologia educacional
Atitudes
Educação da ciência
Ensino
Cognição social
Educação pré-escolar
Ciência
Instrumentos
Educational psychology
Attitudes
Science education
Teaching
Social cognition
Preschool education
Science
Instruments
topic Psicologia educacional
Atitudes
Educação da ciência
Ensino
Cognição social
Educação pré-escolar
Ciência
Instrumentos
Educational psychology
Attitudes
Science education
Teaching
Social cognition
Preschool education
Science
Instruments
description Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-01-01T00:00:00Z
2002-01-01T00:00:00Z
2011-02-11T12:41:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.12/440
url http://hdl.handle.net/10400.12/440
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Superior de Psicologia Aplicada
publisher.none.fl_str_mv Instituto Superior de Psicologia Aplicada
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130046488641536