O preconceito cultural e linguístico na escola portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/2601 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Português Língua Não Materna apresentada à Universidade Aberta |
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O preconceito cultural e linguístico na escola portuguesaEnsino de línguasLíngua portuguesaLinguísticaDialetosLíngua maternaPreconceitoBragançaLinguistic prejudiceLinguistic diversityLexiconNative languagePedagogical proposalDissertação de Mestrado em Português Língua Não Materna apresentada à Universidade AbertaApesar de Portugal ser frequentemente considerado um país monolingue, cultural e linguisticamente homogéneo, esta visão torna-se redutora e inverosímil, considerando que são muitos e distintos os hábitos e costumes, bem como os dialetos falados nas diferentes regiões do país. Na sociedade portuguesa atual, em que os fenómenos seculares da multiculturalidade são alvo de aturadas reflexões teóricas e ontológicas, parece-nos fundamental refletir sobre esta diversidade cultural e linguística, encarando-a como um fator de enriquecimento social e pessoal de todos os indivíduos, motivo pelo qual deve ser respeitada e preservada. Efetivamente, embora o português seja a língua materna da maioria da população portuguesa, apresenta múltiplas especificidades fonéticas, sintáticas e lexicossemânticas de acordo com as regiões onde se fala. Contudo, as diferenças dialetais são muitas vezes ridicularizadas, considerando-se os dialetos como modos de falar incorretos e socialmente desprestigiantes, razão pela qual os falantes das variedades que se afastam do português padrão são vítimas de preconceito linguístico. Atentando na variedade que a língua portuguesa assume, empreendemos este estudo, em contexto escolar, na zona de Bragança, dialetalmente mais conservadora, dado incluir-se nos dialetos setentrionais, a partir da recolha de dados, feita através de questionários sociolinguísticos. Deste modo, procurámos compreender a perceção dos informantes sobre a existência do preconceito linguístico, sobre as diferentes variantes da língua portuguesa e ainda o conhecimento e uso que os inquiridos, habitantes da cidade de Bragança e localidades vizinhas, têm face às expressões sentenciosas e aos regionalismos típicos do dialeto transmontano. Sendo a variante padrão a língua de instrução, o seu domínio é fundamental no sucesso escolar dos alunos, bem como na sua adaptação à realidade da sociedade em que se integram. Desta forma, é também nosso propósito refletir sobre a problemática que o uso de diferentes variantes da língua portuguesa despoleta nas nossas escolas e sobre a forma como estas instituições respondem a esta realidade. Assim, apresentamos ainda algumas propostas de didatização, no sentido de consciencializar, minorar e, se possível combater e anular o preconceito linguístico, promovendo o respeito pelos distintos dialetos e variantes da língua portuguesa.Although Portugal is usually considered a monolingual country, cultural and linguistically homogeneous, this vision becomes simplistic and unreal, considering there are many and different habits and customs, as well as the dialects spoken in different regions of the country. In today’s portuguese society, the secular phenomena of multiculturalism are subject of intensive theoretical and ontological considerations. It seems to us fundamental to reflect on this cultural and linguistic diversity, viewing it as a factor of social and personal enrichment of all individuals, and for this reason, should be respected and preserved. Indeed, although the portuguese language is the native language of the majority of the portuguese population, it has multiple phonetic, syntactic, lexical and semantic specificities according to the regions where it is spoken. However, the dialectal differences are often ridiculed, considered as an incorrect way to speak and socially discreditable. For this reason, people who speak varieties that deviate from the standard Portuguese language are often victims of linguistic prejudice. Considering the variety that the Portuguese language assumes, we undertook this study, in school context, in the district of Bragança, dialectally more conservative, since it is included in the northern dialects, from data collection, obtained through sociolinguistic questionnaires. Thus, we sought to understand the perception of respondents about the existence of linguistic prejudice on the different variants of the portuguese language and also the knowledge and use that respondents, residents of the city of Bragança and neighboring towns, have according to the sententious expressions and typical regionalisms of the “transmontano” dialect. Being the standard variant the language of instruction, its mastery is critical to the success of pupils as well as their adaptation to the reality of the society in which they live in. Thus, our purpose is also to reflect on the problem that the use of different variants of the portuguese language triggers in our schools and how these institutions respond to this reality. Therefore, we present some proposals of didactization, to raise awareness, reduce and, if possible, combat and nullify linguistic prejudice, promoting respect for different dialects and variants of the Portuguese language.Seara, IsabelRepositório AbertoFernandes, Anabela do Nascimento2013-08-05T08:48:17Z20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/2601TID:201648709porFernandes, Anabela do Nascimento - O preconceito cultural e linguístico na escola portuguesa [Em linha]. Lisboa : [s.n.], 2013. 181 p.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:16:18Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/2601Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:44:03.510086Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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