Os (im)prestáveis na construção familiar : o lugar dos mais velhos na educação dos mais jovens à luz de uma ética teológica.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/28321 |
Resumo: | Estamos a viver numa sociedade profundamente envelhecida, sobretudo, nos países mais desenvolvidos. Os idosos, muitas vezes, são mal aceites pelos mais novos, criando-se situações de abandono, desprezo, marginalização e até violência. Os mais novos, não raras vezes, consideram os mais velhos pessoas ultrapassadas e descartáveis a serem lançadas fora ou colocadas em “armazéns” até à sua morte, preferencialmente, longe de tudo e de todos, porque ver as perdas, os limites podem incomodar as mentes mais sensíveis. Olhando para o povo bíblico, vemos os idosos, na sua maioria, considerados como os profissionais da bondade, tidos como os mais sábios e justos de todos os homens. Aos Anciãos, vão-se pedir conselhos e resolver questões de justiça. A velhice na Bíblia é sinal da bênção de Deus, de bendição, quando se envelhece na sabedoria, bondade e justiça. Envelhecer faz parte do desenvolvimento de todo o ser. Cada etapa da vida é um dom, deve ser vista como tal e aproveitada ao máximo; cada uma prepara as seguintes. Todas as etapas têm as suas dificuldades e as suas riquezas específicas. A velhice é uma etapa onde se sente a diminuição de forças, um certo cansaço pelo desgaste da vida, podem surgir algumas doenças; é uma etapa onde os limites físicos naturalmente se sentem com maior intensidade. Pelas suas características, prepara a seguinte que é a morte devendo esta ser encarada com naturalidade. A nossa sociedade é chamada a procurar soluções para integrar todos na família e proporcionar aos mais velhos, aos idosos, os cuidados de que precisam. É um dever moral cuidar dignamente dos mais frágeis. Aproximar os mais velhos dos mais novos é um desafio e dever de todos, para maior entre ajuda e enriquecimento mútuo. Há que repensar o modelo de sociedade que temos e que queremos construir; sabemos que temos futuro, mas não da forma como estamos a viver, deixando de lado a nossa memória; “quem não tem memória não tem história”. A unidade letiva: “Família, Comunidade de Amor” tem de ser revista e enriquecida, tratando todos os seus elementos de uma forma global e integrada. Os idosos, os mais velhos não são acessórios na família, constituem a sua retaguarda. Ao tratar da família tem de se ir à memória para continuarmos a construir a história. Terminamos este documento com algumas questões, certezas, desafios e provocações. O lugar dos mais velhos na educação dos mais jovens |
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Olhando para o povo bíblico, vemos os idosos, na sua maioria, considerados como os profissionais da bondade, tidos como os mais sábios e justos de todos os homens. Aos Anciãos, vão-se pedir conselhos e resolver questões de justiça. A velhice na Bíblia é sinal da bênção de Deus, de bendição, quando se envelhece na sabedoria, bondade e justiça. Envelhecer faz parte do desenvolvimento de todo o ser. Cada etapa da vida é um dom, deve ser vista como tal e aproveitada ao máximo; cada uma prepara as seguintes. Todas as etapas têm as suas dificuldades e as suas riquezas específicas. A velhice é uma etapa onde se sente a diminuição de forças, um certo cansaço pelo desgaste da vida, podem surgir algumas doenças; é uma etapa onde os limites físicos naturalmente se sentem com maior intensidade. Pelas suas características, prepara a seguinte que é a morte devendo esta ser encarada com naturalidade. A nossa sociedade é chamada a procurar soluções para integrar todos na família e proporcionar aos mais velhos, aos idosos, os cuidados de que precisam. É um dever moral cuidar dignamente dos mais frágeis. Aproximar os mais velhos dos mais novos é um desafio e dever de todos, para maior entre ajuda e enriquecimento mútuo. Há que repensar o modelo de sociedade que temos e que queremos construir; sabemos que temos futuro, mas não da forma como estamos a viver, deixando de lado a nossa memória; “quem não tem memória não tem história”. A unidade letiva: “Família, Comunidade de Amor” tem de ser revista e enriquecida, tratando todos os seus elementos de uma forma global e integrada. Os idosos, os mais velhos não são acessórios na família, constituem a sua retaguarda. Ao tratar da família tem de se ir à memória para continuarmos a construir a história. Terminamos este documento com algumas questões, certezas, desafios e provocações. O lugar dos mais velhos na educação dos mais jovensWe live, nowadays, in a deeply aging society, especially in the more developed countries, which have become demographically old. The elderly are often frowned upon by the youngest, creating situations of abandonment, contempt, marginalization and even violence. Young people often consider the elderly outdated and disposable people ready to be thrown out or put into storage until their death, preferably away from everything and everyone, is an attempt to hide the limitations and disabilities. In what regards the Bible, the elders are often described as the most kind, wise and right of all. Elders were seek for advice and to solve issues of justice. Old age in the Bible is a sign of God's blessing, a moment, when one ages in wisdom, goodness and justice. Aging is part of the development of the whole being. Each stage of life is a gift, it must be seen as such and it should be used to the fullest; each prepares the following. All the stages bring difficulties and opportunities. Old age is a stage where you feel the decrease of strength, a certain weariness of life, some diseases may arise; is a stage where the physical limits are naturally felt with greater intensity. This stage, by its characteristics, prepares the following one: death, which should this be faced naturally. Our society is called to seek solutions to integrate everyone in the family and provide the elderly, the care they need. It is a moral duty to take care of the most frail. It is necessary to rethink the model of society that we have and that we want to build; we know that we have a future, but there is no future if one does not cherish his memories, for, "He who has no memory has no history." The teaching unit: "Family, Community of Love", has to be reviewed and enriched by treating all its elements in a global and integrated way. The elderly are not an accessory, but the background of each family. Dealing with the family you have to revisit memory so you can keep building history. We finish this document with some questions, certainties, challenges and provocations.Cunha, Jorge Teixeira daVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSimões, Maria Alice Correia2019-10-08T12:56:06Z2018-12-202018-12-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/28321TID:202252388porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:33:57Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/28321Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:22:44.920391Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os (im)prestáveis na construção familiar : o lugar dos mais velhos na educação dos mais jovens à luz de uma ética teológica. Simões, Maria Alice Correia Envelhecimento Educação Diálogo Encontro Sabedoria Idoso/velho Netos Avós Desenvolvimento Vida Morte Tesouro Memória História Passado Presente Futuro Gratidão Aging Education Dialogue Encounter Wisdom Elderly / grandchildren Grandparents Development Life Death Treasure Memory History Past Present Future Gratitude Domínio/Área Científica::Humanidades::Filosofia, Ética e Religião |
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Estamos a viver numa sociedade profundamente envelhecida, sobretudo, nos países mais desenvolvidos. Os idosos, muitas vezes, são mal aceites pelos mais novos, criando-se situações de abandono, desprezo, marginalização e até violência. Os mais novos, não raras vezes, consideram os mais velhos pessoas ultrapassadas e descartáveis a serem lançadas fora ou colocadas em “armazéns” até à sua morte, preferencialmente, longe de tudo e de todos, porque ver as perdas, os limites podem incomodar as mentes mais sensíveis. Olhando para o povo bíblico, vemos os idosos, na sua maioria, considerados como os profissionais da bondade, tidos como os mais sábios e justos de todos os homens. Aos Anciãos, vão-se pedir conselhos e resolver questões de justiça. A velhice na Bíblia é sinal da bênção de Deus, de bendição, quando se envelhece na sabedoria, bondade e justiça. Envelhecer faz parte do desenvolvimento de todo o ser. Cada etapa da vida é um dom, deve ser vista como tal e aproveitada ao máximo; cada uma prepara as seguintes. Todas as etapas têm as suas dificuldades e as suas riquezas específicas. A velhice é uma etapa onde se sente a diminuição de forças, um certo cansaço pelo desgaste da vida, podem surgir algumas doenças; é uma etapa onde os limites físicos naturalmente se sentem com maior intensidade. Pelas suas características, prepara a seguinte que é a morte devendo esta ser encarada com naturalidade. A nossa sociedade é chamada a procurar soluções para integrar todos na família e proporcionar aos mais velhos, aos idosos, os cuidados de que precisam. É um dever moral cuidar dignamente dos mais frágeis. Aproximar os mais velhos dos mais novos é um desafio e dever de todos, para maior entre ajuda e enriquecimento mútuo. Há que repensar o modelo de sociedade que temos e que queremos construir; sabemos que temos futuro, mas não da forma como estamos a viver, deixando de lado a nossa memória; “quem não tem memória não tem história”. A unidade letiva: “Família, Comunidade de Amor” tem de ser revista e enriquecida, tratando todos os seus elementos de uma forma global e integrada. Os idosos, os mais velhos não são acessórios na família, constituem a sua retaguarda. Ao tratar da família tem de se ir à memória para continuarmos a construir a história. Terminamos este documento com algumas questões, certezas, desafios e provocações. O lugar dos mais velhos na educação dos mais jovens |
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