Um paraíso desabitado: a terra devastada da utopia no teatro de Hilda Hilst
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/28936 |
Resumo: | Este artigo pretende interpretar a singularidade da produção teatral de Hilda Hilst, a partir do valor dramático da decadência da Utopia literária própria da contemporaneidade, numa perspetiva interrogativa, crítica e problemática. A ideia da impossibilidade ou dificuldade do ideal social é a chave para analisar a proposta de um teatro que, na altura da ditadura, foi pioneiro na eclosão do teatro escrito por mulheres no Brasil, mas que, simultaneamente, foi "extravagante" nesse fenómeno. A apreciação dos textos desvela o modo radicalmente diferente da crítica à hipocrisia e à permissividade dos regimes e sistemas sociais modernos: o da paradoxal distopia utópica. E, como procuraremos demonstrar, é a partir da escolha da figura do herói redentor como protagonista das peças que o teatro da autora, a respeito da rigidez de um possível fundamentalismo distópico, se complica e se reorienta para o flexível território da heterodoxia. Num universo dramático diminuído e poético como o da autora, através desse retrato em miniatura da aspiração e da esperança, a vivência do ideal dos protagonistas serve para estimular o público, enquanto a experiência da inadaptação serve para interrogar, de modo visceral, o absurdo social. |
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Um paraíso desabitado: a terra devastada da utopia no teatro de Hilda HilstHilst, Hilda, 1930-2004 - Crítica e interpretaçãoTeatroDitaduraDistopiaUtópicaEste artigo pretende interpretar a singularidade da produção teatral de Hilda Hilst, a partir do valor dramático da decadência da Utopia literária própria da contemporaneidade, numa perspetiva interrogativa, crítica e problemática. A ideia da impossibilidade ou dificuldade do ideal social é a chave para analisar a proposta de um teatro que, na altura da ditadura, foi pioneiro na eclosão do teatro escrito por mulheres no Brasil, mas que, simultaneamente, foi "extravagante" nesse fenómeno. A apreciação dos textos desvela o modo radicalmente diferente da crítica à hipocrisia e à permissividade dos regimes e sistemas sociais modernos: o da paradoxal distopia utópica. E, como procuraremos demonstrar, é a partir da escolha da figura do herói redentor como protagonista das peças que o teatro da autora, a respeito da rigidez de um possível fundamentalismo distópico, se complica e se reorienta para o flexível território da heterodoxia. Num universo dramático diminuído e poético como o da autora, através desse retrato em miniatura da aspiração e da esperança, a vivência do ideal dos protagonistas serve para estimular o público, enquanto a experiência da inadaptação serve para interrogar, de modo visceral, o absurdo social.Repositório da Universidade de LisboaMartínez Teixeiro, Alva2017-09-11T15:29:38Z20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/28936por0102-4868info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:21:03Zoai:repositorio.ul.pt:10451/28936Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:45:02.984524Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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