Influência da Crise Económica na Saúde Mental dos Profissionais de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Lídia
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Duarte, João, Varanda, Helena, Martins, Helena, Sousa, Isabel, Cabral, Jéssica
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8120
Resumo: Introdução: Atualmente, é reconhecida a influência que a crise económica desempenha na saúde mental dos profissionais de saúde. As crises económicas são momentos de risco e podem levar a um estado de desequilíbrio do bem-estar mental da população. Assim, em Portugal, com uma prevalência de perturbações mentais e um consumo médio de antidepressivos superiores aos da média europeia, estes são factos alarmantes. Objetivos: Analisar a influência da crise económica, situação laboral e redução do poder económico na saúde mental dos profissionais de saúde; analisar a influência da crise económica atual na redução do poder económico dos profissionais de saúde; conhecer a influência das variáveis sociodemográficas e do impacto da situação laboral na saúde destes profissionais. Material e Métodos: Estudo descritivo-correlacional, transversal, numa amostra não probabilística, em 181  profissionais de saúde (61 enfermeiros, 60 médicos e 60 assistentes operacionais de saúde AOS) do Centro Hospitalar Tondela – Viseu e Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões, no período de tempo compreendido entre fevereiro e junho de 2014. Como instrumento de colheita de dados utilizou-se um questionário e a Escala de Saúde Mental de Pais Ribeiro (2001). Resultados: Constatámos que 91.2% dos inquiridos se sentem afetados pela crise económica, declarando que esta tem influência na saúde mental dos profissionais de saúde, no entanto a maioria dos inquiridos possui uma boa saúde mental. Esta variável está associada a um nível de literacia mais elevado, sendo que os profissionais de saúde que trabalham por turnos são os mais afetados. A maioria reduziu, no último ano, as despesas com alimentos, restaurantes, lazer, compra de equipamentos eletrónico e vestuário, despesas com água, luz, telefone, utilização do carro e, ainda, as despesas com a decoração da casa. No que diz respeito aos gastos na educação, atividades extracurriculares e mesada dos filhos, a maior parte dos profissionais referiu não ter reduzido esses custos. Conclusão: A maioria dos profissionais de saúde sentiu a influência dos cortes salariais, do aumento da carga horária e de sentimentos de pressão laboral, com repercussão na sua saúde mental.
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