Problematizando o humano e antecipando o pós-humano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/2i.2648 |
Resumo: | Este artigo focar-se-á nas diversas formas como, nos seus poemas e ficções, os escritores românticos e vitorianos exploram os conceitos filosóficos e as categorias antropológicas associados ao 'humano', ao 'não-humano' e ao 'pós-humano' – num ‘admirável mundo novo’ oitocentista, cada vez mais casuístico e distópico. O artigo tentará mostrar como, no ambiente industrial, tecnológico e científico em rápido desenvolvimento do século XIX inglês, autores como Blake, Byron, os Shelleys, Dickens, Gaskell, Stevenson e Wells imaginativamente propõem diferentes possibilidades ontológicas para a existência e a reprodução do 'sujeito', não apenas especulando sobre os 'futuros' da humanidade e das humanidades, mas revelando também as suas próprias esperanças e medos mais íntimos; nomeadamente, do que um novo ‘ser' poderia implicar. O artigo mostrará que as criações ecléticas destes escritores britânicos abriram o caminho para uma realidade pós-humana cada vez mais complexa, cujos agentes culturais adaptaram e transformaram em ficções cinematográficas e metáforas multimédia que, ainda hoje, assombram a cultura popular e desafiam as comunidades científica e académica. |
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Problematizando o humano e antecipando o pós-humanoProblematising the human and anticipating the posthumanArtigosEste artigo focar-se-á nas diversas formas como, nos seus poemas e ficções, os escritores românticos e vitorianos exploram os conceitos filosóficos e as categorias antropológicas associados ao 'humano', ao 'não-humano' e ao 'pós-humano' – num ‘admirável mundo novo’ oitocentista, cada vez mais casuístico e distópico. O artigo tentará mostrar como, no ambiente industrial, tecnológico e científico em rápido desenvolvimento do século XIX inglês, autores como Blake, Byron, os Shelleys, Dickens, Gaskell, Stevenson e Wells imaginativamente propõem diferentes possibilidades ontológicas para a existência e a reprodução do 'sujeito', não apenas especulando sobre os 'futuros' da humanidade e das humanidades, mas revelando também as suas próprias esperanças e medos mais íntimos; nomeadamente, do que um novo ‘ser' poderia implicar. O artigo mostrará que as criações ecléticas destes escritores britânicos abriram o caminho para uma realidade pós-humana cada vez mais complexa, cujos agentes culturais adaptaram e transformaram em ficções cinematográficas e metáforas multimédia que, ainda hoje, assombram a cultura popular e desafiam as comunidades científica e académica.This paper will focus on the diverse ways Romantic and Victorian writers engage with the contemporary concepts, categories and products of the ‘human’, ‘inhuman’ and ‘posthuman’ in an increasingly casuistic and dystopian nineteenth-century ‘brave new world’, and how they depict and represent them in their respective poetical and fictional works. The paper will thus attempt to show how, in the fast developing industrial, technological and scientific environment of the period, authors like Blake, Byron, the Shelleys, Dickens, Stevenson, and Wells imaginatively propose different ontological possibilities for both the existence and reproduction of the ‘subject’, not merely speculating on the ‘futures’ of humanity and ‘the humanities’ but also playing their own deepest hopes and fears out, namely of what this new ‘being’ would entail. The paper will demonstrate that these British writers’ eclectic creations paved the way for the increasingly complex multicultural, multigendered post-human reality of today, whose cultural agents have curiously adapted and transformed their often highly graphic works into screen fictions and multimedia metaphors that simultaneously haunt popular culture and defy the scientific and academic communities.UMinho Editora2020-12-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/2i.2648por2184-7010Guimarães, Paula Alexandrainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-24T08:38:15Zoai:journals.uminho.pt:article/2648Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:55:58.622743Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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