Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/4712 |
Resumo: | Enquadramento: A Enfermagem Forense, sendo um desafio atual, exige articulação com o sistema judicial, onde os enfermeiros assumem um papel imprescindível pelos seus conhecimentos, habilidades e proximidade à população (Asci, Hazar, & Sercan, 2015). Assim, podendo ser, os primeiros interventores no local crime e/ou com a vítima, é fundamental que desenvolvam competências para uma assistência holística em prol dos direitos da pessoa quanto à justiça criminal (Adão & Santos, 2012; Gomes, 2014a). Metodologia: O principal objetivo deste estudo centrou-se na identificação das práticas forenses realizadas pelos enfermeiros em contexto pré-hospitalar. Assim, com um estudo não experimental, estudou-se a relação das práticas forenses realizadas com os saberes forenses, o tempo de experiência profissional e em contexto pré-hospitalar, o sexo, a idade, a existência de protocolo de atuação, a presença de formação na área e a perceção das necessidades formativas. Tendo-se adquirido uma amostra não probabilística intencional (n=99), através da aplicação do questionário PEF-Pré Hospitalar, por nós realizado e retificado através de pré-teste. Resultados: A amostra presente neste estudo foi constituída maioritariamente por enfermeiros do sexo masculino (57,6%), com idade entre os 30-39 (47,5%), com experiência profissional entre os 3 e os 34 anos (16,71 anos ± 7,221) e de pré-hospitalar entre 1 ano e os 38 anos (11,29 anos ± 7,173), e com Contrato de Trabalho em Funções Públicas (70,7%). Dos inquiridos, 98% referiu já ter prestado cuidados pré-hospitalares a vítimas de crime, mas 80,8% afirmaram que são situações raras. Enquanto 62,6% considerou “Muito Importante” a inclusão de conteúdos forenses na formação pré-hospitalar, ao mesmo tempo que 58,6% afirmou não existir protocolos Médico-Legais para atuação nestes contextos. Apesar de 78,8% possuir formação na área Forense, adquirida em formações de serviço (65,4%), 48,5% considerou o seu conhecimento em Enfermagem Forense apenas “Razoável” pelo que 52,5% afirmou necessitar de atualizar e/ou complementar a formação e 46,5% consideram necessitar mesmo de formação base e específica. Por fim verificou-se que são as práticas forenses de Abordagem ao Local as mais realizadas em situação de emergência (61,0%). Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que as práticas forenses são influenciadas pela idade (no que respeita à Abordagem ao Local), pela experiência pré-hospitalar (na Recolha e Preservação dos Vestígios Forenses), pela formação (na Abordagem ao Local, na Prestação de Cuidados à Vítima e na Recolha e Preservação de Vestígios) e pela perceção que os profissionais detêm acerca dos seus saberes forenses. Verificou-se também, que o sexo, os anos de experiência professional, o vínculo professional e os protocolos forenses não influenciam as práticas forenses realizadas em contexto pré-hospitalar, enquanto a formação apenas não influencia a dimensão dos Registos/Documentação. No entanto, constatou-se que apenas a maioria das práticas forenses de Abordagem ao Local são realizadas em situação de emergência pré-hospitalar, embora as restantes também pudessem ser aplicáveis. |
id |
RCAP_2f2d1fdf9d2dbb515bd9c9a97e7536b6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/4712 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-HospitalarPráticas forensesSaberes forensesEnfermagem forensePré-HospitalarVítimas de crimeDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeEnquadramento: A Enfermagem Forense, sendo um desafio atual, exige articulação com o sistema judicial, onde os enfermeiros assumem um papel imprescindível pelos seus conhecimentos, habilidades e proximidade à população (Asci, Hazar, & Sercan, 2015). Assim, podendo ser, os primeiros interventores no local crime e/ou com a vítima, é fundamental que desenvolvam competências para uma assistência holística em prol dos direitos da pessoa quanto à justiça criminal (Adão & Santos, 2012; Gomes, 2014a). Metodologia: O principal objetivo deste estudo centrou-se na identificação das práticas forenses realizadas pelos enfermeiros em contexto pré-hospitalar. Assim, com um estudo não experimental, estudou-se a relação das práticas forenses realizadas com os saberes forenses, o tempo de experiência profissional e em contexto pré-hospitalar, o sexo, a idade, a existência de protocolo de atuação, a presença de formação na área e a perceção das necessidades formativas. Tendo-se adquirido uma amostra não probabilística intencional (n=99), através da aplicação do questionário PEF-Pré Hospitalar, por nós realizado e retificado através de pré-teste. Resultados: A amostra presente neste estudo foi constituída maioritariamente por enfermeiros do sexo masculino (57,6%), com idade entre os 30-39 (47,5%), com experiência profissional entre os 3 e os 34 anos (16,71 anos ± 7,221) e de pré-hospitalar entre 1 ano e os 38 anos (11,29 anos ± 7,173), e com Contrato de Trabalho em Funções Públicas (70,7%). Dos inquiridos, 98% referiu já ter prestado cuidados pré-hospitalares a vítimas de crime, mas 80,8% afirmaram que são situações raras. Enquanto 62,6% considerou “Muito Importante” a inclusão de conteúdos forenses na formação pré-hospitalar, ao mesmo tempo que 58,6% afirmou não existir protocolos Médico-Legais para atuação nestes contextos. Apesar de 78,8% possuir formação na área Forense, adquirida em formações de serviço (65,4%), 48,5% considerou o seu conhecimento em Enfermagem Forense apenas “Razoável” pelo que 52,5% afirmou necessitar de atualizar e/ou complementar a formação e 46,5% consideram necessitar mesmo de formação base e específica. Por fim verificou-se que são as práticas forenses de Abordagem ao Local as mais realizadas em situação de emergência (61,0%). Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que as práticas forenses são influenciadas pela idade (no que respeita à Abordagem ao Local), pela experiência pré-hospitalar (na Recolha e Preservação dos Vestígios Forenses), pela formação (na Abordagem ao Local, na Prestação de Cuidados à Vítima e na Recolha e Preservação de Vestígios) e pela perceção que os profissionais detêm acerca dos seus saberes forenses. Verificou-se também, que o sexo, os anos de experiência professional, o vínculo professional e os protocolos forenses não influenciam as práticas forenses realizadas em contexto pré-hospitalar, enquanto a formação apenas não influencia a dimensão dos Registos/Documentação. No entanto, constatou-se que apenas a maioria das práticas forenses de Abordagem ao Local são realizadas em situação de emergência pré-hospitalar, embora as restantes também pudessem ser aplicáveis.Lobão, Catarina Alexandra Rodrigues FariaIC-OnlineSusano, Joana Patrícia2020-02-21T11:26:36Z2019-12-092019-12-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/4712TID:202447391porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:49:54Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/4712Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:48:31.356306Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
title |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
spellingShingle |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar Susano, Joana Patrícia Práticas forenses Saberes forenses Enfermagem forense Pré-Hospitalar Vítimas de crime Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
title_short |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
title_full |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
title_fullStr |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
title_full_unstemmed |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
title_sort |
Práticas Forenses dos Enfermeiros em contexto Pré-Hospitalar |
author |
Susano, Joana Patrícia |
author_facet |
Susano, Joana Patrícia |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Lobão, Catarina Alexandra Rodrigues Faria IC-Online |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Susano, Joana Patrícia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Práticas forenses Saberes forenses Enfermagem forense Pré-Hospitalar Vítimas de crime Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
topic |
Práticas forenses Saberes forenses Enfermagem forense Pré-Hospitalar Vítimas de crime Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde |
description |
Enquadramento: A Enfermagem Forense, sendo um desafio atual, exige articulação com o sistema judicial, onde os enfermeiros assumem um papel imprescindível pelos seus conhecimentos, habilidades e proximidade à população (Asci, Hazar, & Sercan, 2015). Assim, podendo ser, os primeiros interventores no local crime e/ou com a vítima, é fundamental que desenvolvam competências para uma assistência holística em prol dos direitos da pessoa quanto à justiça criminal (Adão & Santos, 2012; Gomes, 2014a). Metodologia: O principal objetivo deste estudo centrou-se na identificação das práticas forenses realizadas pelos enfermeiros em contexto pré-hospitalar. Assim, com um estudo não experimental, estudou-se a relação das práticas forenses realizadas com os saberes forenses, o tempo de experiência profissional e em contexto pré-hospitalar, o sexo, a idade, a existência de protocolo de atuação, a presença de formação na área e a perceção das necessidades formativas. Tendo-se adquirido uma amostra não probabilística intencional (n=99), através da aplicação do questionário PEF-Pré Hospitalar, por nós realizado e retificado através de pré-teste. Resultados: A amostra presente neste estudo foi constituída maioritariamente por enfermeiros do sexo masculino (57,6%), com idade entre os 30-39 (47,5%), com experiência profissional entre os 3 e os 34 anos (16,71 anos ± 7,221) e de pré-hospitalar entre 1 ano e os 38 anos (11,29 anos ± 7,173), e com Contrato de Trabalho em Funções Públicas (70,7%). Dos inquiridos, 98% referiu já ter prestado cuidados pré-hospitalares a vítimas de crime, mas 80,8% afirmaram que são situações raras. Enquanto 62,6% considerou “Muito Importante” a inclusão de conteúdos forenses na formação pré-hospitalar, ao mesmo tempo que 58,6% afirmou não existir protocolos Médico-Legais para atuação nestes contextos. Apesar de 78,8% possuir formação na área Forense, adquirida em formações de serviço (65,4%), 48,5% considerou o seu conhecimento em Enfermagem Forense apenas “Razoável” pelo que 52,5% afirmou necessitar de atualizar e/ou complementar a formação e 46,5% consideram necessitar mesmo de formação base e específica. Por fim verificou-se que são as práticas forenses de Abordagem ao Local as mais realizadas em situação de emergência (61,0%). Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que as práticas forenses são influenciadas pela idade (no que respeita à Abordagem ao Local), pela experiência pré-hospitalar (na Recolha e Preservação dos Vestígios Forenses), pela formação (na Abordagem ao Local, na Prestação de Cuidados à Vítima e na Recolha e Preservação de Vestígios) e pela perceção que os profissionais detêm acerca dos seus saberes forenses. Verificou-se também, que o sexo, os anos de experiência professional, o vínculo professional e os protocolos forenses não influenciam as práticas forenses realizadas em contexto pré-hospitalar, enquanto a formação apenas não influencia a dimensão dos Registos/Documentação. No entanto, constatou-se que apenas a maioria das práticas forenses de Abordagem ao Local são realizadas em situação de emergência pré-hospitalar, embora as restantes também pudessem ser aplicáveis. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-09 2019-12-09T00:00:00Z 2020-02-21T11:26:36Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.8/4712 TID:202447391 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.8/4712 |
identifier_str_mv |
TID:202447391 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136978471485440 |