#Itravelsolo: proposta de uma aplicação móvel para mulheres que viajam sozinhas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Lucy Jesus
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/23052
Resumo: Alguns tipos de viagens, incluindo o solo travel, são encarados como uma “heterotopia”, entendido como um espaço onde as mulheres podem resistir, em vez de se submeter, a um sistema patriarcal. Viajar sozinha trata-se de um momento de empoderamento para a mulher, a qual antes da viagem lida com a reação dos outros e durante a viagem transcende os constrangimentos, encarando a mesma como um momento de procura e reflexão pessoal. Entende-se também que estas mulheres preferem viajar sozinhas de forma a não lidarem com as preferências de um outro. Sabe-se que o solo travel é geralmente confundido com o turismo independente, sendo que o solo traveller tem características muito próprias: viaja a maior parte do tempo sozinho e é responsável pelas suas escolhas, tais como itinerários e atividades, e pode utilizar, em algum momento da sua viagem, um prestador de serviços. Tendo em conta que o segmento é maioritariamente composto por mulheres e que o turismo não é um processo neutro em termos de género, este trabalho centra-se na temática da mulher enquanto viajante, tentando traçar o seu perfil. É ainda abordado o tema das Tecnologias de Informação e Comunicação e o conceito do m-tourism, apresentando as funcionalidades de uma aplicação móvel direcionada a este segmento. Na investigação empírica optou-se por uma metodologia mista, aliando a qualitativa e a quantitativa, onde numa primeira fase se aplicou uma entrevista semiestruturada a 10 mulheres de diferentes idades e nacionalidades, tendo em conta os temas que emergiram da revisão de literatura efetuada sobre a temática. Da mesma forma, e de modo a generalizar os dados recolhidos na primeira parte da investigação, foi realizado um inquérito por questionário a mulheres que viajam sozinhas, tendo sido obtidas 517 respostas válidas. Conseguiu-se, através da investigação empírica, construir a personalidade da solo traveller, recorrendo às tipologias criadas por Cohen (1972), Plog (2001), Smith (1989) e Burns (1999), caracterizando-se a mesma como uma turista que procura imergir na cultura, é independente, procura a novidade e prefere visitar locais poucos visitados, tendo como principal motivação para um destino o impacto cultural e ainda o relacionamento com os residentes locais. Apesar de a investigação existente se encontrar bastante focada nos medos e nos constrangimentos, a maioria respondeu não sentir medo e dificuldades. Já as dificuldades estão fortemente associadas aos medos, em que as mulheres que sentem mais medo sentem mais dificuldades. Verificou-se também que esta associação é mais elevada nas mulheres mais novas e também nas solteiras.
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Sabe-se que o solo travel é geralmente confundido com o turismo independente, sendo que o solo traveller tem características muito próprias: viaja a maior parte do tempo sozinho e é responsável pelas suas escolhas, tais como itinerários e atividades, e pode utilizar, em algum momento da sua viagem, um prestador de serviços. Tendo em conta que o segmento é maioritariamente composto por mulheres e que o turismo não é um processo neutro em termos de género, este trabalho centra-se na temática da mulher enquanto viajante, tentando traçar o seu perfil. É ainda abordado o tema das Tecnologias de Informação e Comunicação e o conceito do m-tourism, apresentando as funcionalidades de uma aplicação móvel direcionada a este segmento. Na investigação empírica optou-se por uma metodologia mista, aliando a qualitativa e a quantitativa, onde numa primeira fase se aplicou uma entrevista semiestruturada a 10 mulheres de diferentes idades e nacionalidades, tendo em conta os temas que emergiram da revisão de literatura efetuada sobre a temática. Da mesma forma, e de modo a generalizar os dados recolhidos na primeira parte da investigação, foi realizado um inquérito por questionário a mulheres que viajam sozinhas, tendo sido obtidas 517 respostas válidas. Conseguiu-se, através da investigação empírica, construir a personalidade da solo traveller, recorrendo às tipologias criadas por Cohen (1972), Plog (2001), Smith (1989) e Burns (1999), caracterizando-se a mesma como uma turista que procura imergir na cultura, é independente, procura a novidade e prefere visitar locais poucos visitados, tendo como principal motivação para um destino o impacto cultural e ainda o relacionamento com os residentes locais. Apesar de a investigação existente se encontrar bastante focada nos medos e nos constrangimentos, a maioria respondeu não sentir medo e dificuldades. Já as dificuldades estão fortemente associadas aos medos, em que as mulheres que sentem mais medo sentem mais dificuldades. Verificou-se também que esta associação é mais elevada nas mulheres mais novas e também nas solteiras.Certain types of travel, including solo travel, are seen as "heterotopia," understood as a space where women can resist, rather than submit to a patriarchal system. Traveling alone is a moment of empowerment for the woman, as before the trip she has to cope with the reaction of others and during the trip she has to overcome the difficulties, making the trip as a moment of personal search and reflection. These women also prefer to travel alone in order to not cope with one another's preferences. It is known that solo travel is generally confused with independent tourism, but the solo traveller has particular characteristics: he/she travels most of the time alone and is responsible for his/her choices, such as itineraries and activities, and can use, in some time of the trip, a service provider. Taking into account that the segment is mainly composed by women and that tourism is not a gender-neutral process, this work focus on the issue of women as travellers. It is also addressed the topic of Information and Communication Technologies and related concepts, such as m-tourism, in order to allow presenting the functionalities of a mobile application directed to this market segment. In the empirical research, we opted for a mixed methodology, combining qualitative and quantitative methods. In a first phase we conducted a semistructured interview to 10 women of different ages and nationalities, on the topics addressed in the literature review. In the same way, and in order to generalize the data collected in the first part of the research, we used a online questionnaire survey, collecting 517 answers from female travellers. Through the empirical research, it was possible to draw the solo traveller personality, using the typologies created by Cohen (1972), Plog (2001), Smith (1989) and Burns (1999). Female solo travellers seek to immerse in the culture, are independent, seek novelty and prefer to visit places with few tourists, having as main motivation for a destination the cultural impact and also their relationship with local residents. Although the existing research has been very focused on fears and constraints, most responded not experiencing fear or difficulties. However, the difficulties are strongly associated with fears, in which the women who feel more fear feel more difficulties. It was also found that this association is higher among the youngster and single women.Universidade de Aveiro2018-05-07T12:08:27Z2017-01-01T00:00:00Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/23052TID:201940493porSilva, Lucy Jesusinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:44:59Zoai:ria.ua.pt:10773/23052Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:56:58.713607Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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