O lugar dos negros na imagem de Lisboa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Francisco Avelino
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/598
Resumo: Lisboa não tem apenas uma imagem turística. A análise de guias de turismo, catálogos, roteiros e agendas culturais permite constatar a construção de, pelo menos, três imagens distintas da cidade: alfacinha, africana e da diversidade. Trata-se de formas diferentes de interpretar a gastronomia, a música, a arquitectura, as figuras históricas, os bairros e os habitantes que estão presentes na cidade. Marcando presença na cidade há mais de cinco séculos, que lugar ocupam os negros nessas representações imagéticas de Lisboa? Considera-se a possibilidade de esses processos de construção sintetizada numa Lisboa africana e de diversidade terem que ver, principalmente, com a elaboração de representações da cidade onde o, até então, outro também tem lugar. O turismo serve de veículo a essas negociações, como ilustra a aposta na via cultural. Pois cada imagem constitui, sobretudo, um percurso na cidade, um roteiro turístico para mostrar um conjunto de produções culturais valorizando as suas origens nacionais ou regionais.
id RCAP_30134534c4a6c1622ad58da503441caf
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/598
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O lugar dos negros na imagem de LisboaImagem turísticaLisboaNegrosLisboa não tem apenas uma imagem turística. A análise de guias de turismo, catálogos, roteiros e agendas culturais permite constatar a construção de, pelo menos, três imagens distintas da cidade: alfacinha, africana e da diversidade. Trata-se de formas diferentes de interpretar a gastronomia, a música, a arquitectura, as figuras históricas, os bairros e os habitantes que estão presentes na cidade. Marcando presença na cidade há mais de cinco séculos, que lugar ocupam os negros nessas representações imagéticas de Lisboa? Considera-se a possibilidade de esses processos de construção sintetizada numa Lisboa africana e de diversidade terem que ver, principalmente, com a elaboração de representações da cidade onde o, até então, outro também tem lugar. O turismo serve de veículo a essas negociações, como ilustra a aposta na via cultural. Pois cada imagem constitui, sobretudo, um percurso na cidade, um roteiro turístico para mostrar um conjunto de produções culturais valorizando as suas origens nacionais ou regionais.Lisbon’s tourist image is not limited to one form. An analysis of the tourist handbooks, catalogues, guide books and cultural listings allows the construction of at least three distinct images of the city to be ascertained: an image of the traditional Lisbon, an African image and, finally, one of diversity. These involve different ways of interpreting the gastronomy, music, architecture, historical figures, neighbourhoods and inhabitants that are present in the city. With a presence of over five centuries in the city, what place do its black people occupy in these representations of the image of Lisbon? Consideration is given to the possibility that these processes of construction, summed up in an African Lisbon and a diversified Lisbon, are principally connected with the development of representations of the city where the (even then) other also has a place. Tourism serves as a vehicle for these negotiations, as the commitment to the cultural way illustrates. Moreover, each image is, above all, a trajectory in the city, a tourist guide to show a set of cultural outputs that demonstrate the value of their national and regional origins.Lisbonne n’a pas seulement une image touristique. L’analyse des guides touristiques, catalogues et agendas culturels permet de constater la construction d’au moins trois images distinctes de la ville: lisboète, africaine et de la diversité. Il s’agit de formes différentes d’interpréter la gastronomie, la musique, l’architecture, les personnages historiques, les quartiers et les habitants de Lisbonne. Présents dans la ville depuis plus de cinq siècles, quelle place les Noirs occupent-ils dans ces représentations imagées de Lisbonne? On considère la possibilité que ces processus de construction synthétisée dans une Lisbonne africaine et de diversité renvoient surtout à l’élaboration de représentations de la ville où, jusqu’alors, l’autre a aussi une place. Le tourisme sert de véhicule à ces négociations comme l’illustre le pari sur la voie culturelle. En effet, chaque image constitue surtout un parcours dans la ville, un circuit touristique pour montrer un ensemble de productions culturelles qui mettent en valeur leurs origines nationales ou régionales.Lisboa no cuenta sólo con una imagen turística. El análisis de guías de turismo, catálogos, circuitos turísticos y agendas culturales permite constatar la construcción de, por lo menos, tres imágenes distintas de la ciudad: alfacinha,15 africana y de diversidad. Se trata de formas diferentes de interpretar la gastronomía, la música, la arquitectura, las figuras históricas, los barrios y los habitantes que están presentes en la ciudad. Marcando presencia en la ciudad hace más de cinco siglos, ¿que lugar ocupan los negros en esas representaciones visuales de Lisboa? Se considera posible que esos procesos de construcción sintetizada, en una Lisboa africana y de diversidad, tengan que ver, principalmente, con la elaboración de representaciones de la ciudad donde, hasta ese momento, el otro también tiene lugar. El turismo sirve de vehículo a esas negociaciones como ilustra la apuesta en la vía cultural, pues cada imagen constituye, sobretodo, un trayecto en la ciudad, un circuito turístico para mostrar un conjunto de producciones culturales, valorizando sus orígenes nacionales o regionales.CIES-ISCTE / CELTA2007-11-26T14:53:13Z2006-01-01T00:00:00Z2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/598por0873-6529Carvalho, Francisco Avelinoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:47:54Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/598Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:23:18.046824Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O lugar dos negros na imagem de Lisboa
title O lugar dos negros na imagem de Lisboa
spellingShingle O lugar dos negros na imagem de Lisboa
Carvalho, Francisco Avelino
Imagem turística
Lisboa
Negros
title_short O lugar dos negros na imagem de Lisboa
title_full O lugar dos negros na imagem de Lisboa
title_fullStr O lugar dos negros na imagem de Lisboa
title_full_unstemmed O lugar dos negros na imagem de Lisboa
title_sort O lugar dos negros na imagem de Lisboa
author Carvalho, Francisco Avelino
author_facet Carvalho, Francisco Avelino
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Francisco Avelino
dc.subject.por.fl_str_mv Imagem turística
Lisboa
Negros
topic Imagem turística
Lisboa
Negros
description Lisboa não tem apenas uma imagem turística. A análise de guias de turismo, catálogos, roteiros e agendas culturais permite constatar a construção de, pelo menos, três imagens distintas da cidade: alfacinha, africana e da diversidade. Trata-se de formas diferentes de interpretar a gastronomia, a música, a arquitectura, as figuras históricas, os bairros e os habitantes que estão presentes na cidade. Marcando presença na cidade há mais de cinco séculos, que lugar ocupam os negros nessas representações imagéticas de Lisboa? Considera-se a possibilidade de esses processos de construção sintetizada numa Lisboa africana e de diversidade terem que ver, principalmente, com a elaboração de representações da cidade onde o, até então, outro também tem lugar. O turismo serve de veículo a essas negociações, como ilustra a aposta na via cultural. Pois cada imagem constitui, sobretudo, um percurso na cidade, um roteiro turístico para mostrar um conjunto de produções culturais valorizando as suas origens nacionais ou regionais.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-01-01T00:00:00Z
2006
2007-11-26T14:53:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/598
url http://hdl.handle.net/10071/598
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 0873-6529
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv CIES-ISCTE / CELTA
publisher.none.fl_str_mv CIES-ISCTE / CELTA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134794582327296