O uso do marfim, no território português durante o calcolítico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/5138 |
Resumo: | Em trabalho anterior, estudou-se a presença de conchas de origem africana no território português, no decurso do Neolítico Final e/ou do Calcolítico, servindo como elementos de adorno ou a outros usos (CARDOSO & GUERREIRO, 2001/2002). Importava, pois, integrar tais achados em contexto mais amplo de trocas e de contactos comerciais, do qual fariam, naturalmente, parte integrante. Uma das evidências mais expressivas desta realidade é a presença do marfim, em bruto ou trabalhado, em contextos pré-históricos portugueses. A descoberta, em Agosto de 2002, de uma porção proximal de um alfinete indiscutivelmente de marfim, no povoado calcolítico fortificado de Leceia (Oeiras), no decurso da vigésima campanha de escavações ali realizada sob responsabilidade do signatário (Fig. 1), esteve na origem imediata deste pequeno contributo, valorizando-se assim uma das componentes mais relevantes da realidade calcolítica da baixa Estremadura: a franca abertura a estímulos culturais exógenos, veiculados pelo comércio transregional de matérias-primas ou de artefactos de prestígio, por vezes a longa distância, entre os quais o marfim, em bruto ou manufacturado, inquestionavelmente, se inscreve. |
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Em trabalho anterior, estudou-se a presença de conchas de origem africana no território português, no decurso do Neolítico Final e/ou do Calcolítico, servindo como elementos de adorno ou a outros usos (CARDOSO & GUERREIRO, 2001/2002). Importava, pois, integrar tais achados em contexto mais amplo de trocas e de contactos comerciais, do qual fariam, naturalmente, parte integrante. Uma das evidências mais expressivas desta realidade é a presença do marfim, em bruto ou trabalhado, em contextos pré-históricos portugueses. A descoberta, em Agosto de 2002, de uma porção proximal de um alfinete indiscutivelmente de marfim, no povoado calcolítico fortificado de Leceia (Oeiras), no decurso da vigésima campanha de escavações ali realizada sob responsabilidade do signatário (Fig. 1), esteve na origem imediata deste pequeno contributo, valorizando-se assim uma das componentes mais relevantes da realidade calcolítica da baixa Estremadura: a franca abertura a estímulos culturais exógenos, veiculados pelo comércio transregional de matérias-primas ou de artefactos de prestígio, por vezes a longa distância, entre os quais o marfim, em bruto ou manufacturado, inquestionavelmente, se inscreve. |
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