Neofobia alimentar e qualidade de vida de crianças com alergia alimentar: Impacto da personalidade e do stress materno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Andreia Juliana Gomes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/3863
Resumo: A neofobia alimentar carateriza-se pelo evitamento em provar alimentos desconhecidos. Esta condição pode desencadear consequências no crescimento, desenvolvimento e relacionamento social das crianças afetadas. O presente estudo procurou analisar a associação entre a neofobia alimentar das crianças e as características de personalidade, sintomatologia psicológica e ansiedade e superproteção parental das mães, considerando crianças com e sem alergia alimentar. Neste estudo participaram 73 mães de crianças dos 0 aos 12 anos, com (N = 32) e sem alergia alimentar (N = 41). Foram aplicados, em momento único, os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico e Clínico, Escala de Neofobia Alimentar Infantil; Escala de Ansiedade, Depressão e Stress; Escala de Avaliação de Ansiedade e Superproteção Parental; Inventário da Personalidade para ambos os grupos. Adicionalmente, foi aplicado o Questionário da Qualidade de Vida em crianças dos 0 aos 12 anos com alergia alimentar para o grupo das mães com filhos com alergia alimentar. Os resultados evidenciam maiores níveis de neofobia nas crianças com alergia alimentar comparativamente a crianças sem alergia alimentar. Nas mães de crianças com alergia alimentar, verificou-se que quanto maiores os níveis de neuroticismo materno e maiores os níveis de neofobia alimentar das crianças, maior também o impacto percecionado da alergia alimentar na qualidade de vida das crianças. Reforçando a perspetiva evolucionista, as evidências obtidas sugerem que comportamentos neofóbicos são úteis para minimizar riscos de ingestão de alimentos prejudiciais à saúde, embora esta restrição pareça associar-se a uma pior qualidade de vida decorrente da alergia alimentar, para a qual contribuem também traços de neuroticismo das mães. Tal aponta para a necessidade de acompanhamento psicológico das crianças com alergia alimentar e respetivas famílias, no sentido de promover um melhor ajustamento à doença.
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