História de maltrato e indicadores de qualidade de vida : o que relatam os sujeitos identificados como maltratados na infância
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/17844 |
Resumo: | Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Saúde) |
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História de maltrato e indicadores de qualidade de vida : o que relatam os sujeitos identificados como maltratados na infânciaMaus-tratos na infânciaQualidade de vidaRelatoMaltreatmentQuality of lifeReport159.922.7362.7Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Saúde)Os maus-tratos na infância constituem experiências adversas dos quais resultam consequências para toda a vida da vítima. Muitas vezes são os pais ou os cuidadores os autores dos maus-tratos às vítimas, o que poderá condicionar de modo irreversível a forma como estas irão percepcionar o ambiente que as rodeia. Este estudo contou com 14 participantes que foram identificados na infância como vítimas de maus tratos e que fizeram parte de uma investigação prévia, que utilizou metodologia quantitativa e que comparou os auto-relatos acerca de experiências de adversidade na infância com os dados oficiais constantes nos processos das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Neste estudo uma percentagem elevada de sujeitos não relataram ou relataram apenas parcialmente as experiências adversas que constavam nos processos oficiais. Tal remete-nos para as limitações dos estudos retrospectivos. De acordo com alguns autores existem questões relacionadas com a memória que podem conduzir a um possível enviesamento dos dados. Esta investigação pretendeu conhecer a forma como jovens que antes não relataram ou relatam menos experiências negativas do que as que viveram relatam a sua história de vida durante uma entrevista; Perceber como descrevem as suas experiências de infância; Caracterizar aspectos da qualidade de vida dos sujeitos de modo a que seja possível compreender o impacto dos maus-tratos no funcionamento actual; e Comparar as experiências adversas que constam em cada processo com os auto-relatos e com os dados revelados durante as entrevistas. Para tal utilizou-se um design de investigação misto, com o recurso a metodologias qualitativas como a Análise de Conteúdo e a Análise de Conversação e a análises quantitativas. De acordo com os resultados deste estudo a forma como cada participante conta a sua história de vida é por um lado única, e por outro lado, apresenta padrões generalizáveis aos outros participantes. A infância é descrita como tendo aspectos positivos e negativos, embora os aspectos negativos pareçam influenciar o funcionamento actual dos participantes. Em relação ao funcionamento actual, foi possível encontrar relatos negativos em várias dimensões que integram o conceito de qualidade de vida, o que confirma os vários estudos que sugerem os efeitos negativos de experiências de maltrato na infância. Em relação à consistência entre os processos oficiais, os auto-relatos e as entrevistas, verificouse pouca concordância entre estas fontes, pelo que a questão da validade dos relatos deve continuar a ser investigada.Maltreatment in childhood results in a series of adverse experiences whose consequences may last the entire life of the victim. The abusers are often parents or caregivers who inflict maltreatment on the victims, which could irreversibly influence how they will perceive the environment around them. This study included 14 participants who were identified in their childhood as victims of maltreatment and that were once part of a preliminary investigation which used quantitative methodology to compare self-reports about adverse experiences in childhood with the official data integrated in the Child Protective Service files. In that study, a high percentage of subjects did not report, or reported only partially, the adverse experiences that were accounted for in the official files. These results raise the issue of the limitations of retrospective studies. According to some authors, some questions related to memory that may lead to a possible data bias. The aim of this investigation was to understand how adolescents, who had not reported negative experiences previously or had reported less negative experiences than the ones they had actually lived reported their life stories during the interview; to see how they describe their childhood experiences; to characterize quality of life aspects of the subjects so as to understand the impact of past maltreatment on their current performance; and to compare the adverse experiences present on the official files with their self-reports and also with the data revealed in the interviews. A mixed research design was chosen, using qualitative methods such as Content Analysis, Conversation Analysis, and quantitative analysis. According to the results of this study, the way each participant tells their life story is both unique and full of general patterns that are common to all the participants. Childhood is described as having positive and negative aspects, although the negative aspects appear to influence the current functioning of the participants. It was possible to find negative reports in various dimensions of the quality of life, confirming the literature that suggests the negative effects of maltreatment experiences in childhood. Regarding the consistency between official files, self-reports and interviews, we found that there is little agreement among the sources, suggesting the need for continued research into the validity of self-reports.Maia, ÂngelaUniversidade do MinhoPereira, Elisa Ângela Monteiro20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/17844porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:42:49Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/17844Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:40:08.560093Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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