Processos de resiliência, regulação emocional e perspetiva temporal: um estudo comparativo sobre adolescentes institucionalizados vítimas de maus-tratos familiares.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Afonso, Susete Alexandra Teixeira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/938
Resumo: O objetivo principal deste estudo consiste em investigar de que modo a vitimização de adolescentes, segundo vários tipos de maus-tratos intrafamiliares, e a subsequente institucionalização determinam o processo de resiliência, a capacidade de regulação emocional e a orientação temporal dos sujeitos. Os participantes integram dois grupos heterogéneos: um grupo de adolescentes institucionalizados (N=30), do sexo masculino e feminino, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos, estudantes do 6º ao 12º ano de escolaridade, e um grupo de jovens não-institucionalizados (N=30), de ambos os sexos, com as mesmas idades e escolaridades dos sujeitos do grupo anterior, e ainda um subgrupo (N=7) de adolescentes institucionalizados, de ambos os sexos, selecionados de acordo com critérios teóricos. Foi utilizado um design metodológico misto, recorrendo ao método quantitativo e qualitativo. Para o estudo quantitativo da resiliência, utilizou-se o Módulo de Avaliação da Resiliência em Crianças Saudáveis, versão 6.0 (HKRAM), e para medir a regulação emocional recorreu-se à Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (DERS). A recolha de dados qualitativos baseou-se no estudo documental dos processos individuais dos adolescentes institucionalizados, para identificar o tipo de maus-tratos dos quais os sujeitos foram vítimas, e um guião de entrevista narrativa para avaliar o processo de autointerpretação subjetiva da experiência vivida e a perspetiva ou orientação temporal dos sujeitos. Os resultados mostram que, comparando os grupos de adolescentes institucionalizados e não institucionalizados, encontram-se diferenças significativas em alguns fatores que constituem a escala de resiliência, embora o resultado global da escala não apresente diferenças significativas. Ao nível da regulação emocional, não se detetaram diferenças significativas entre os dois grupos. No que concerne à construção de estórias de vida, os sujeitos institucionalizados caraterizam-se, essencialmente, por uma focalização em episódios negativos do passado e ausência de perspetiva futura (evidenciando um padrão narrativo “trágico”).
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