Maus-tratos, resiliência e desenvolvimento moral: uma investigação ecológico-cognitiva com adolescentes institucionalizados.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Maria Correia dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/919
Resumo: No presente estudo, visamos investigar a configuração das interações entre maus-tratos, processo de resiliência e desenvolvimento do juízo moral em adolescentes colocados em Lares de Infância e Juventude, na sequência de uma Medida de Acolhimento Institucional de acordo com a Lei n.º 147 de 1 de setembro de 1999 (alínea f). O objetivo principal do presente estudo consiste em analisar o modo como os processos de resiliência e o desenvolvimento do juízo moral de adolescentes acolhidos em Lares de Infância e Juventude são afetados pela vivência passada de maus-tratos intrafamiliares e pela experiência de institucionalização. Pretendemos igualmente identificar outros fatores de risco e fatores de proteção e elucidar o seu impacto sobre o nível de resiliência e o desenvolvimento cognitivo-moral dos sujeitos. No estudo empírico, utilizou-se uma metodologia mista, incluindo instrumentos de recolha e análise de dados quantitativos e qualitativos, a fim de possibilitar a articulação entre a construção subjetiva de sentido (a autointerpretação das vivências) e a comparação de resultados mensuráveis de processos sociocognitivos. A amostra inclui, no estudo quantitativo, um grupo de adolescentes institucionalizados (N=30) e um grupo de comparação constituído por adolescentes não institucionalizados (N=32), equivalentes quanto à idade. Quanto ao estudo qualitativo, foi utilizada uma sub-amostra (N=8) do grupo de adolescentes institucionalizados, selecionada de acordo com os princípios da amostragem teórica da Grounded theory. Os resultados indicam que os adolescentes institucionalizados apresentam níveis inferiores de resiliência e de desenvolvimento moral, comparativamente com o grupo de adolescentes não institucionalizados. A estrutura e a temática das estórias de vida dos adolescentes institucionalizados concentram-se em episódios nucleares, onde a memória do passado se articula com a imaginação do futuro, permitindo identificar padrões narrativos de resiliência e de vulnerabilidade que refletem as suas trajetórias e ecolo gias psicossociais de desenvolvimento.
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