A prática de Mindfulness na regulação emocional e na psicopatologia de crianças e adolescentes com autismo : revisão sistemática

• Autor(a) principal: Cruz, Sara Vizinho
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13298
• topic: MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE; PSICOLOGIA; AUTISMO; PSICOPATOLOGIA; MINDFULNESS; PSYCHOLOGY; PSYCHOPATHOLOGY; AUTISM; MINDFULNESS

A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento, caracterizada por dificuldades na comunicação social e interação social, ao mesmo tempo que são evidentes comportamentos repetitivos e restritivos. Sabe se que pessoas com PEA apresentam uma maior dificuldade no campo da regulação emocional, apresentando padrões desadaptativos, quando comparados com crianças de desenvolvimento típico. Tal dificuldade pode ser associada a sintomas psicopatológicos, como por exemplo, ansiedade, depressão, agressividade e comportamentos delinquentes. Torna-se, assim, essencial estudar intervenções que minimizem estas dificuldades. Neste âmbito, diversos estudos sugerem que a prática de mindfulness pode trazer benefícios quer na regulação emocional quer na redução de sintomas psicopatológicos. Assim, este estudo teve como objetivo fazer uma revisão da literatura existente sobre esta temática, versando sobre os benefícios da prática de midfulness ao nível da regulação emocional e sintomas psicopatológicos em crianças e adolescentes com PEA. De forma a manter o rigor metodológico, recorreu-se às diretrizes impostas pelo PRISMA. Após a fase de inclusão e exclusão de estudos, foram incluídos nove estudos por respeitarem os critérios de elegibilidade previamente definidos. Após a análise dos resultados, estes sugerem benefícios em diferentes domínios após a prática de mindfulness, nomeadamente, ao nível da regulação emocional, da atenção, da ansiedade, da depressão e dos comportamentos desajustados. Contudo, é fundamental ter em atenção as limitações presentes nos estudos incluídos (e.g., ausência de grupos de controlo, a não randomização dos participantes e o alto risco de viés). Podemos concluir, com a presente revisão que apesar de existirem bons indicadores referentes ao tema em estudo, é necessário existir uma contínua investigação na área.