Avaliação da ecotoxicidade da ciclofosfamida em mexilhões Mytillus galloprovincialis e comparação com a sua citotoxicidade em linhas celulares humanas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/10414 |
Resumo: | O aumento da incidência de cancro a nível mundial resultou na maior produção, consumo e libertação para o ambiente aquático de fármacos entre os quais os citotóxicos. Estes fármacos têm um modo de ação que não é totalmente direcionado às células cancerígenas, sendo tóxico para as células saudáveis que se dividem rapidamente através da alquilação do seu ADN. No ambiente aquático, estes fármacos são ingeridos por organismos não-alvo como bivalves ou peixes. Esses organismos compartilham receptores e mecanismos de resposta semelhantes aos dos humanos devido a conservação de biomoléculas durante a evolução pelo que, esses fármacos podem também induzir toxicidade nestas espécies quando ingeridos mesmo não se tratando de organismos alvo. Os mexilhões são bivalves que apresentam elevada capacidade de filtrar grandes volumes de água e, têm sido utilizados como oesganismo modelo para avaliar a presença destes compostos no meio aquático e em particular no meio marinho. Neste trabalho analisaram-se os efeitos ecotoxicológicos in vitro e in vivo da ciclofosfamida (fármaco citotóxico) nos mexilhões marinhos Mytilus galloprovincialis. A avaliação da toxicidade induzida pela ciclofosfamida foi feita através da quatificação de biomarcadores como o stress oxidativo, enzimas de biotransformação, atividade neuronal,peroxidação lipídica (LPO), viabilidade cellular e genotoxicidade. A citotoxicidade provocada pela ciclofosfamida em hemócitos de mexilhões foi comparada com a citotoxicidade provocada em linhas celulares humanas. Verificou-se que a exposição crónica a ciclofosfamida provocou nos mexilhões citotoxicidade, danos no ADN e alterações na homeostase celular. Tais resultados demonstram que de facto, a presença desses fármacos no ambiente aquático causa impactos sobre a fauna que podem ser irreversíveis. |
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