A relação familiar de adolescentes em risco de exclusão social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guedes , Sandra Carolina Vilares
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/3716
Resumo: O presente estudo teve como objectivo aprofundar o conhecimento sobre a relação familiar de adolescentes em risco de exclusão social. A amostra foi constituída por dois grupos: o grupo de estudo composto por 60 adolescentes em risco de exclusão social e pelo grupo de controlo constituído por 40 adolescentes que não apresentam esta problemática. Os instrumentos utilizados para recolha de dados foram a Escala de Percepção da Relação com a Família e o Inventário sobre a Vinculação para a Infância e Adolescência. Concluiu-se que o grupo de estudo tem uma pior percepção da relação familiar no que se refere ao suporte nas tarefas escolares do que o grupo de controlo (p=0,009). No âmbito da vinculação são também estes jovens que revelam os valores mais altos na vinculação ansiosa/ambivalente (p=0,035). Nas diferenças de género foi possível apurar que as raparigas da amostra do grupo de estudo percepcionam-se como sendo mais autónomas (p=0,047) e como tendo uma percepção das expectativas superior (p=0,026), comparativamente com os rapazes. As raparigas pertencentes à amostra dos jovens do grupo de controlo são mais seguras que os rapazes (p=0,005). No que concerne ao tipo de habitação, constatou-se que a amostra dos jovens em risco de exclusão social que moram em casas abarracadas apresentam valores inferiores na vinculação segura comparativamente com os que habitam em casas alugadas (p=0,024) e camarárias (p=0,011). O padrão de vinculação ansiosa/ambivalente nos jovens que moram em habitações próprias é superior aos que habitam em casas abarracadas (p=0,042). No que se refere aos limites, os jovens que não se percepcionam como sendo supervisionados nas saídas e horas de chegada a casa são aqueles que têm um suporte afectivo maior das figuras parentais, comparativamente com aqueles aos quais lhes são “sempre” colocados limites (p=0,001) e aos que “as vezes” lhes são colocados limites (p=0,003).
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