Aplicação tópica do mel no controlo da infeção em feridas crónicas: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueira, Patrícia
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Martins, Fernando Mena, Capelas, Manuel Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/33950
Resumo: O estudo da aplicação tópica do mel em feridas tem vindo a obter um reconhecimento no campo do controlo da infeção. Considerado um apósito de fácil manuseamento, ao qual se identificam e se consagram propriedades distintas de poder anti-inflamatório e antibacteriano local, com atividade fúngica relatada e com resultados benéficos na redução do odor, da dor e do edema, o mel tem vindo a ser utilizado cada vez mais no tratamento de feridas das mais diversas etiologias. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura cujo principal objetivo é avaliar o efeito da aplicação tópica do mel no controlo da infeção em feridas crónicas. A pesquisa efetuada em bases de dados eletrónicas e por busca manual decorreu entre os meses de fevereiro a agosto de 2013, revelando uma amostra final de 8 artigos. O controlo da infeção na ferida crónica foi o principal alvo a analisar nos estudos selecionados e incluídos. A colheita e extração de dados foram realizadas pela autora e posteriormente verificados, de forma independente, por um colega revisor. Foi possível verificar uma ação positiva do uso do mel no controlo da infeção em feridas crónicas, nomeadamente em úlceras de perna, úlceras de pé diabético, úlceras de pressão e feridas pós--operatórias. A evidência encontrada aponta para uma eficaz redução dos microrganismos patogénicos presentes no leito das feridas, observando-se igualmente uma diminuição do edema, odor e exsudado local, resultando numa melhoria significativa da redução do processo infecioso instalado. A aplicação tópica do mel demonstrou um potencial de atividade positiva no controlo de infeção em feridas crónicas, mas a fraca expressividade dos estudos avaliados não permitiu outro tipo de conclusões, ficando a certeza de que outros estudos e/ou o acesso a outras publicações a decorrer, poderão sedimentar este pressuposto.
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