Estatinas, miopatia e exercício físico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Blaj, Roberta Natasa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/29796
Resumo: Dissertação de mestrado em Saúde Pública, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Estatinas, miopatia e exercício físicoEstatinasMiopatiasExercício físicoDissertação de mestrado em Saúde Pública, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade e morbilidade nos países industrializados, constituindo um grave problema de saúde pública. A hipercolesterolémia representa um importante fator causal dessas doenças. As estatinas, ou inibidores da 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A redutase, são os agentes mais efetivos no tratamento da hipercolesterolémia. A miopatia é o efeito adverso mais frequentemente associado às estatinas, podendo ocorrer elevações assintomáticas da creatina cinase e rabdomiólise com manifestações mais graves que podem pôr a vida em risco. Os mecanismos através dos quais as estatinas induzem miopatia ainda são incertos, sendo embora reconhecida a probabilidade dos efeitos miotóxicos das estatinas aquando da associação com a prática de exercício físico. Objetivos  Averiguar se a miopatia associada à toma de estatinas é agravada pelo exercício físico;  Verificar se o sexo e a idade dos indivíduos condicionam a escolha da estatina;  Objetivar se os indivíduos que tomam estatinas têm um padrão alimentar diferente;  Determinar se a escolha da estatina limita o exercício físico aeróbio regular e se este aumenta os níveis da CPK nos pacientes que tomam estatinas;  Verificar se a miopatia é um efeito adverso frequente das estatinas na região Centro de Portugal;  Objetivar a influência do exercício físico, moderado e intenso, com e sem Atorvastatina 80mg, nos níveis sanguíneos da CPK. Métodos Foram realizados três estudos: 1: Observacionais: 1.a) Aplicação de um inquérito na Unidade de Saúde Familiar Topázio, Centro de Saúde de Eiras, Coimbra; 1.b) Investigação de base de dados na Unidade de Farmacovigilância do Centro; 2: Investigação com medicamento: Experiência prática que decorreu no ginásio Fisicamente, em São Martinho do Bispo, Coimbra. Resultados Estudo 1.a) O sexo e a idade dos indivíduos não influenciaram a utilização de uma estatina mais ou menos potente; Os utilizadores de estatinas não seguiam uma dieta variada e equilibrada e a maior parte deles (66%) não praticava exercício físico aeróbio regular, e os que praticavam apenas o executavam, na maior parte das vezes, com uma intensidade reduzida; Não se verificou aumento nos níveis da CK após o início do tratamento com estatinas nem mesmo aquando da prática regular de exercício físico aeróbio. Estudo 1.b) É baixa a frequência de Reações Adversas ao medicamento (estatinas) na base de dados da Unidade de Farmacovigilância do Centro. Dos 2453 casos de RAM, 64, dizem respeito às estatinas. Dessas 64 notificações, 21 descreviam diversas formas de miotoxicidade associadas à toma desses hipolipemiantes, o que equivale a 32,8% das notificações. Foram consideradas graves 9 dessas reações (42,9%). Estudo 2. A Atorvastatina administrada em doses elevadas não teve efeito nos níveis sanguíneos da CK, nem quando administrada isoladamente nem quando repetidamente. O exercício físico, mesmo quando executado a um nível moderado, aumentou os níveis da CPK. Conclusões Não se verificou a ocorrência de miopatia associada a toma de estatinas, mesmo aquando da utilização de doses elevadas de atorvastatina administradas repetidamente e a prática de exercício físisco intenso, que foi comprovado pelos níveis de CK e ausência de sintomatologia. Este aspeto foi complementado pelo reduzido número de casos de RAM de miopatia associada à toma de estatinas, registados na região Centro de Portugal. Somente o exercício físico teve influência nos níveis da CPK, mesmo quando praticado com intensidade moderadaIntroduction The cardiovascular diseases are the leading cause of mortality and morbidity in the industrialized countries, meaning a serious public health problem. Hypercholesterolemia plays an important causal role on those diseases. Statins or 3-hydrxy-3-methylglutaryl coenzyme A reductase inhibitors are the most effective agents in hypercholesterolemia treatment. Myopathy is statins most common side effect. It may occur asymptomatic elevations in creatine kinase levels and rhabdomyolysis with life-threatening manifestations. The mechanisms influencing statin myopathy remain unclear but there is growing evidence suggesting that probability of statin myotoxicity increases with physical exercise. Aim  Inquire if statin myopathy is exacerbated by exercise;  Check if individuals sex and age influence statin’s choice;  Objectify if individuals taking statins have different eating habits;  Determine if statin’s choice limits regular aerobic exercise and if this increases CPK levels on patients taking statins;  Check if myopathy is acommon adverse effect of statins, in central Portugal;  Objectify the influence of moderate and intense physical exercise, with and without Atorvastatin 80 mg, in blood levels of CPK. Methods There were undertaken three studies: 1: Observational: 1.a) Administration of a survey questionnaire in the Family Health Unit Topázio, Health Center Eiras, Coimbra; 1.b) Database research in Center Pharmacovigilance Unit; ix 2:Drug experiment: Practical experience in Fisicamente gymnasium, located on São Martinho do Bispo, Coimbra. Results Study 1.a) Sex and age did not influence the use of a more or less potent statin; Statins users do not have a diverse and balanced diet and most of them (66%) do not practice regular aerobic exercise, and those who practice do it, in the most cases, with low intensity; There was no CK levels rise after the beginning of statin therapy, not even in cases of regular aerobic exercise. Study 1.b) There are few adverse drug (statins) reactions reported in Center Pharmacovigilance Unit database. Of the 2453 cases of RAM, 64 relate to statins. Of these 64 reports, 21 described various forms of myotoxicity associated with taking these cholesterol lowering agents, which equates to 32.8% of notifications. 9 cases were considered serious (42.9%). Study 2. High-dose atorvastatin loadings had no effect on CK blood levels, no matter one-time administered or repeatedly administered. Exercise, even when practiced at a moderate intensity level, increased CPK levels. Conclusions There was no occurrence of statin myopathy, not even after repeated high-dose atorvastatin loadings and was practiced exercise with high intensity, confirmed by the CK levels and the absence of symptoms. This fact echoes the small number of statins myopathy cases registered in central Portugal. Only physical exercise influenced the CPK levels, even when practiced at a moderate intensity level2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/29796http://hdl.handle.net/10316/29796TID:201628660porBlaj, Roberta Natasainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/29796Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:00.834637Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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