O espírito (intra) empreendedor dos enfermeiros portugueses
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/7649 |
Resumo: | A Humanidade avança tendo por base a determinação de pessoas que demonstraram grande capacidade de ação, desafiando os princípios da sua época. Esta capacidade de gerar valor para a sociedade é característica do perfil dos empreendedores, de que é exemplo Florence Nightingale, considerada fundadora da enfermagem moderna. O comportamento empreendedor era ditado, no passado, por aqueles que ousavam ser destemidos e fazer diferente. Atualmente os cenários mutantes e novas tecnologias de comunicação e informação, fazem do comportamento empreendedor uma estratégia para lidar com a mudança, garantindo a sobrevivência das organizações. Sendo assim, o empreendedorismo está nas agendas nacionais e internacionais, considerado como motor de desenvolvimento, crescimento e gerador de emprego, questão vital para a sustentabilidade das nações (Graveto, Chaves & Parreira, 2012). Constata-se, através da revisão de literatura uma grande lacuna relacionada com a escassez de estudos científicos sobre o empreendedorismo em enfermagem, quer a nível nacional quer internacional. Este estudo pretende identificar quais os constructos do perfil empreendedor e quais as condições internas da organização de apoio ao empreendedorismo que contribuem para a intenção e orientação intra-empreendedora dos enfermeiros. A metodologia empregue consistiu na recolha de informação através de questionário, entregue em mão aos enfermeiros a exercer funções no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE). O estudo abrangeu 1384 enfermeiros dos quais 638 se disponibilizaram para responder ao questionário, tendo sido obtida uma resposta de 46,10 %. Os dados recolhidos foram sujeitos a análises descritiva, inferencial, de regressão e de clusters. Os resultados evidenciam uma clara distinção entre enfermeiro empreendedor e não empreendedor. Os enfermeiros empreendedores têm maior representação masculina, procuram reconhecimento e ascensão social e salientam melhores condições internas da organização. Os enfermeiros não empreendedores tendem a ter uma idade mais avançada, menor nível de habilitações, menor formação na área de gestão e uma média de anos de experiência profissional maior. A auto-realização e as capacidades empreendedoras revelaram-se como fatores com maior poder preditivo para a intenção empreendedora. Já para a orientação empreendedora os fatores com maior poder preditivo são a perceção otimista do sucesso, as capacidades empreendedoras e a auto-realização. A tomada de risco, inovação e proactividade são significativamente influenciadas pela auto-realização, perceção otimista do sucesso, capacidades empreendedoras, autonomia operativa e interna e propensão ao risco e inovação. As evidências estatísticas não nos permitem afirmar que existem diferenças significativas na intenção ou orientação empreendedora consoante a organização onde os profissionais de saúde (enfermeiros) trabalham. Sendo este um estudo inovador e pioneiro reveste-se de importância para o desenvolvimento da investigação académica e científica do empreendedorismo no sector da saúde em Portugal, mais especificamente no campo da enfermagem. |
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Sendo assim, o empreendedorismo está nas agendas nacionais e internacionais, considerado como motor de desenvolvimento, crescimento e gerador de emprego, questão vital para a sustentabilidade das nações (Graveto, Chaves & Parreira, 2012). Constata-se, através da revisão de literatura uma grande lacuna relacionada com a escassez de estudos científicos sobre o empreendedorismo em enfermagem, quer a nível nacional quer internacional. Este estudo pretende identificar quais os constructos do perfil empreendedor e quais as condições internas da organização de apoio ao empreendedorismo que contribuem para a intenção e orientação intra-empreendedora dos enfermeiros. A metodologia empregue consistiu na recolha de informação através de questionário, entregue em mão aos enfermeiros a exercer funções no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE). O estudo abrangeu 1384 enfermeiros dos quais 638 se disponibilizaram para responder ao questionário, tendo sido obtida uma resposta de 46,10 %. Os dados recolhidos foram sujeitos a análises descritiva, inferencial, de regressão e de clusters. Os resultados evidenciam uma clara distinção entre enfermeiro empreendedor e não empreendedor. Os enfermeiros empreendedores têm maior representação masculina, procuram reconhecimento e ascensão social e salientam melhores condições internas da organização. Os enfermeiros não empreendedores tendem a ter uma idade mais avançada, menor nível de habilitações, menor formação na área de gestão e uma média de anos de experiência profissional maior. A auto-realização e as capacidades empreendedoras revelaram-se como fatores com maior poder preditivo para a intenção empreendedora. Já para a orientação empreendedora os fatores com maior poder preditivo são a perceção otimista do sucesso, as capacidades empreendedoras e a auto-realização. A tomada de risco, inovação e proactividade são significativamente influenciadas pela auto-realização, perceção otimista do sucesso, capacidades empreendedoras, autonomia operativa e interna e propensão ao risco e inovação. As evidências estatísticas não nos permitem afirmar que existem diferenças significativas na intenção ou orientação empreendedora consoante a organização onde os profissionais de saúde (enfermeiros) trabalham. Sendo este um estudo inovador e pioneiro reveste-se de importância para o desenvolvimento da investigação académica e científica do empreendedorismo no sector da saúde em Portugal, mais especificamente no campo da enfermagem.Humanity advances based on the determination of people who have shown great capacity for action, challenging the principles of his time. This ability to generate value for society is characteristic of the profile of entrepreneurs, as exemplified by Florence Nightingale, considered the founder of modern nursing. The entrepreneurial behavior was dictated in the past by those who dared to be bold and do differently. Currently the changing scenarios and new technologies of communication and information, make entrepreneurial behavior a strategy to deal with change, ensuring the survival of organizations. Thus, entrepreneurship is in the national and international agendas, regarded as an engine for development, growth and employment generator, vital issue for the sustainability of nations (Graveto, Keys & Parreira, 2012). It is noted a large gap literature review related to the lack of scientific studies on entrepreneurship in nursing, both nationally and internationally. This study aims to identify the profile of the entrepreneur constructs and what the internal conditions of the organization to support entrepreneurship contribute to the intent and intra-entrepreneurial orientation of nurses. The methodology employed consisted of the collection of information through questionnaires, delivered by hand to nurses to serve on the Hospital Center of Trás-os-Montes and Alto Douro (CHTMAD) and the Northeast Local Health Unit (ULSNE). The study covered 1,384 nurses of whom 638 made themselves available to respond to the questionnaire, it has been obtained an answer of 46.10%. The collected data were subjected to descriptive analysis, inferential, regression and clustering. The results show a clear distinction between nurse entrepreneur and non-entrepreneur. Nurse’s entrepreneurs have greater male representation, seeking recognition and social mobility and highlight best internal conditions of the organization. Nurse’s non-entrepreneurs tend to have an older age, lower educational attainment, lower training in management and an average years of greater experience. Self-realization and entrepreneurial skills have proved as factors with greater predictive power for the entrepreneurial intention. As for the entrepreneurial orientation factors most predictive power are optimistic perception of success, entrepreneurial skills and self-realization. The risk-taking, innovation and proactivity are significantly influenced by self-realization, optimistic perception of success, entrepreneurial skills, operational and internal autonomy and propensity to risk and innovation. The statistical evidence does not allow us to say that there are significant differences in intent or entrepreneurial orientation depending on the organization where health professionals (nurses) work. This being an innovative and pioneering study is of importance for the development of academic and scientific research of entrepreneurship in the health sector in Portugal, specifically in the field of nursing.2017-05-19T16:52:30Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7649TID:201980126pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessDuarte, Sandra Isabel Pereira Valentereponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:37:10Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7649Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:41.241981Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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