Representações cognitivas de crianças: diferença entre mães sinalizadas e não sinalizadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ana Catarina Gaspar
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/11060
Resumo: Os maus tratos às crianças constituem um importante problema social com graves consequências para o seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Existem vários fatores que determinam este fenómeno, alguns ainda pouco explorados. O presente trabalho pretende contribuir para o aumento do conhecimento nesta área, utilizando uma abordagem inovadora nomeadamente examinar as representações cognitivas que as mães têm acerca das crianças, adoptando uma abordagem multidimensional da representação de pessoas. Pretendemos ainda comparar as representações entre mães sinalizadas em serviços de proteção de crianças e jovens e mães não sinalizadas nesses serviços. Para atingir estes objetivos foram realizados dois estudos. No primeiro foram recolhidos 100 atributos, posteriormente avaliados por 99 mães relativamente à valência e respetiva frequência de ocorrência numa criança. No segundo estudo, pedimos a 35 mães sinalizadas e a 35 mães não sinalizadas para realizar uma tarefa de agrupamento de 90 atributos de crianças. Uma análise de escalonamento multidimensional, permitiu representar no espaço o modo como mães sinalizadas e não sinalizadas representam as crianças. Os resultados replicam as dimensões tipicamente obtidas na literatura, nomeadamente intelectual e social, nos seus polos positivo e negativo e ainda verificar que as mães sinalizadas, em comparação com mães não sinalizadas, parecem ter uma representação cognitiva mais simples da criança, diferenciando menos os atributos no polo positivo. Uma vez que estas representações podem influenciar a forma como as mães interagem com os seus filhos, para além do potencial teórico que esta linha de investigação encerra, poderá também servir como base de intervenção com mães maltratantes.
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