Índice de choque e de mortalidade em vítimas de violência interpessoal assistidas no serviço de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiredo, Natália de Almeida Lopes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/7445
Resumo: Introdução: A violência interpessoal é um problema de saúde publica com considerável impacto pessoal, social e económico. A estratificação do índice de choque e de mortalidade destas vítimas no serviço de urgência, permite intervenções ajustadas com o intuito de aumentar a sua sobrevida. Objetivos: Determinar o índice de choque e de mortalidade em vítimas de violência interpessoal assistidas no serviço de urgência e analisar a influencia das variáveis sociodemográficas, antecedentes pessoais e variáveis de contexto no índice de choque e de mortalidade. Métodos: Estudo observacional, com coorte transversal e foco retrospetivo, numa amostra de 221 vítimas de violência interpessoal, admitidas no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Foram aplicadas as escalas Schok Índex (Mutschler, et al., 2013) e a MGAP (Sartorius et al., 2010). O estudo teve parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição. Resultados: Prevaleceu a violência na comunidade em ambos os géneros (25.6%), o choque ligeiro (60.7%) e o baixo índice de mortalidade (95.4%) foram os índices de gravidade mais representativos. A idade tem influência no índice de choque e de mortalidade. A violência na comunidade e o tempo de permanência no serviço de urgência têm influência no índice de mortalidade. Quanto maior o índice de choque, maior o índice de mortalidade, apesar de sem diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: O índice de choque ligeiro e o baixo índice de mortalidade foram os mais representativos demonstrando uma elevada sobrevida das vítimas. O cálculo destes índices garante a gestão adequada da assistência à pessoa vítima de violência interpessoal, permitindo estabelecer intervenções diferenciadas reduzindo o risco de mortalidade. Vítimas mais jovens apresentam maior risco de choque e de mortalidade. Vítimas de violência na comunidade e com tempos de permanência inferior a 240 minutos apresentam maior índice de mortalidade. O estudo demostrou a necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a melhoria de registos concisos e objetivos. Palavras-chave: violência interpessoal; índice de choque; índice de mortalidade; urgência
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Métodos: Estudo observacional, com coorte transversal e foco retrospetivo, numa amostra de 221 vítimas de violência interpessoal, admitidas no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Foram aplicadas as escalas Schok Índex (Mutschler, et al., 2013) e a MGAP (Sartorius et al., 2010). O estudo teve parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição. Resultados: Prevaleceu a violência na comunidade em ambos os géneros (25.6%), o choque ligeiro (60.7%) e o baixo índice de mortalidade (95.4%) foram os índices de gravidade mais representativos. A idade tem influência no índice de choque e de mortalidade. A violência na comunidade e o tempo de permanência no serviço de urgência têm influência no índice de mortalidade. Quanto maior o índice de choque, maior o índice de mortalidade, apesar de sem diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: O índice de choque ligeiro e o baixo índice de mortalidade foram os mais representativos demonstrando uma elevada sobrevida das vítimas. O cálculo destes índices garante a gestão adequada da assistência à pessoa vítima de violência interpessoal, permitindo estabelecer intervenções diferenciadas reduzindo o risco de mortalidade. Vítimas mais jovens apresentam maior risco de choque e de mortalidade. Vítimas de violência na comunidade e com tempos de permanência inferior a 240 minutos apresentam maior índice de mortalidade. O estudo demostrou a necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a melhoria de registos concisos e objetivos. Palavras-chave: violência interpessoal; índice de choque; índice de mortalidade; urgênciaAbstract Introduction: Interpersonal violence is a public health problem with considerable personal, social and economic impact. The stratification of the shock and mortality rates of these victims in the emergency department allows for tailored interventions with the aim of increasing their survival. Objectives: To determine the shock and mortality rate in victims of interpersonal violence assisted in the emergency department and to analyze the influence of sociodemographic variables, personal background and context variables on the shock and mortality rate. Methods: Observational study, with cross-sectional cohort and retrospective focus, in a sample of 221 victims of interpersonal violence, admitted to the emergency service of a hospital center in the central region of Portugal. The Schok Index (Mutschler, et al., 2013) and the MGAP (Sartorius et al., 2010) scales were applied. The study received a favorable opinion from the Ethics Committee for Health at the institution. Results: Community violence prevailed in both genders (25.6%), mild shock (60.7%) and low mortality rate (95.4%) were the most representative severity indices. Age has an influence on the shock and mortality rates. Violence in the community and length of stay in the emergency department have an influence on the mortality rate. The higher the shock index, the higher the mortality rate, although without statistically significant differences. Conclusion: The mild shock index and the low mortality rate were the most representative, demonstrating a high survival of the victims. The calculation of these indices guarantees the adequate management of the assistance to the person victim of interpersonal violence, allowing to establish differentiated interventions reducing the risk of mortality. Younger victims are at greater risk of shock and mortality. Victims of violence in the community and with lengths of stay of less than 240 minutes have a higher mortality rate. The study demonstrated the need to sensitize health professionals to the improvement of concise and objective records. Keywords: interpersonal violence; shock index; mortality rate; urgencyCunha, MadalenaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuFigueiredo, Natália de Almeida Lopes2022-12-20T09:22:44Z2022-11-022022-08-202022-11-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/7445TID:203098358porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:29:35Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7445Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:45:10.649116Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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