Planeamento urbano nas AUGI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henriques, Henrique Daniel Rocha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/26027
Resumo: O desenvolvimento deste trabalho procurou retratar e caracterizar o enquadramento do fenómeno AUGI no concelho de Loures. Este estudo resulta de uma reflexão analítica que estabelece a relação entre as abordagens teórica e prática, com base no conhecimento empírico da gestão territorial das Áreas Urbanas de Génese Ilegal. Neste sentido, visamos contextualizar um dos métodos mais adotados nos processos de legalização e intervenção nestas áreas, a reconversão urbanística de iniciativa particular, bem como as ações inerentes ao procedimento administrativo, demonstrando quais as metodologias adotadas, recorrendo ao quadro legal como base para a resolução da problemática AUGI. Para tal, analisamos a estratégia implementada pelos processos de reconversão/legalização em dois casos de estudos ilustrativos, nomeadamente os processos do Bairro dos Troviscais e do Bairro da Casa Branca, ambos situados no contexto espacial da zona oriental do concelho, o que significa que integram a maior área concentrada de aglomerados AUGI do concelho de Loures. O momento-chave que deu o mote para o início destes processos de reconversão deu-se com o surgimento de um mecanismo legal, a lei 91/95 de 2 de setembro, que, ao impor as diretrizes necessárias, impulsionou e consubstanciou uma nova abordagem aos territórios AUGI. Contudo, o enquadramento legal não explica, por si só, o desenvolvimento dos processos de reconversão em AUGI, dado ser fundamental também a existência de uma visão estratégica autónoma numa ótica de planeamento urbano, pelo que a principal figura adotada foi o projeto de loteamento. Partindo da análise desenvolvida neste relatório, consideramos que a forma como este método – processo de reconversão por iniciativa particular com projeto de loteamento - tem sido utilizado se revelou um instrumento relativamente eficaz, que tem funcionado, apesar de o número de emissão de títulos de alvará de loteamento ainda esteja aquém do desejável. Contudo, a morosidade na resolução dos processos de reconversão deve-se, sobretudo, às características e especificidades de cada AUGI, associando a complexidade de tratamento aos constrangimentos que apresentam e que se assumem como as principais condicionantes à prossecução dos processos de legalização e não tanto à metodologia adotada pelo que, face às exigências urbanísticas atuais, este modelo poderia ser repensado e contextualizado numa visão mais abrangente do território, considerando uma nova perspetiva de planeamento urbano.
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Para tal, analisamos a estratégia implementada pelos processos de reconversão/legalização em dois casos de estudos ilustrativos, nomeadamente os processos do Bairro dos Troviscais e do Bairro da Casa Branca, ambos situados no contexto espacial da zona oriental do concelho, o que significa que integram a maior área concentrada de aglomerados AUGI do concelho de Loures. O momento-chave que deu o mote para o início destes processos de reconversão deu-se com o surgimento de um mecanismo legal, a lei 91/95 de 2 de setembro, que, ao impor as diretrizes necessárias, impulsionou e consubstanciou uma nova abordagem aos territórios AUGI. Contudo, o enquadramento legal não explica, por si só, o desenvolvimento dos processos de reconversão em AUGI, dado ser fundamental também a existência de uma visão estratégica autónoma numa ótica de planeamento urbano, pelo que a principal figura adotada foi o projeto de loteamento. Partindo da análise desenvolvida neste relatório, consideramos que a forma como este método – processo de reconversão por iniciativa particular com projeto de loteamento - tem sido utilizado se revelou um instrumento relativamente eficaz, que tem funcionado, apesar de o número de emissão de títulos de alvará de loteamento ainda esteja aquém do desejável. Contudo, a morosidade na resolução dos processos de reconversão deve-se, sobretudo, às características e especificidades de cada AUGI, associando a complexidade de tratamento aos constrangimentos que apresentam e que se assumem como as principais condicionantes à prossecução dos processos de legalização e não tanto à metodologia adotada pelo que, face às exigências urbanísticas atuais, este modelo poderia ser repensado e contextualizado numa visão mais abrangente do território, considerando uma nova perspetiva de planeamento urbano.The development of this work aimed at presenting and characterizing the phenomenon of Urban Areas of Illegal Genesis (AUGI) within the Municipality of Loures. This study is the result of an analytical reflection that establishes a relationship between a theoretical and a technical approach, based on the empirical knowledge of the territorial management of AUGI. In this sense, we aim to contextualize one of more adopted methods in legalization and intervention processes in these areas, the urban reconversion of private initiative, as also all the inherent actions of the administrative procedure, demonstrating the methodologies adopted and using the legal framework as the basis for the resolution of the problematic AUGI. To this end, we reviewed the implemented strategy by reconversion/legalization processes in two illustrative case studies, in particular the processes of two neighborhoods, Bairro dos Troviscais and Bairro da Casa Branca, both located in the spatial context of the eastern part of the municipality, which means both are part of the highest concentrated area of Loures AUGI clusters. The key moment that gave the motto for the start of these processes for the reconversion came about with the emergence of a legal mechanism, the Law 91/95 of September 2, 1995 that, by imposing the necessary guidelines, boosted and crystallized a new approach to the AUGI areas. However, the legal framework does not explain per se, the development of reconversion processes in AUGI, once it is also essential the existence of an autonomous strategic vision of urban planning, so the main figure adopted was the allotment project. Starting from the analysis developed in this report, we consider that the way this method – reconversion process of private initiative with allotment project - has been used, turned out to be a relatively effective instrument, which has worked, although the number of permits of allotment is still short of the desirable. However, the delay in resolving the reconversion processes derives, above all, from the characteristics and specificities of each AUGI, associating the complexity of the treatment of the conditions they present and that act as the main constraints to achieving legalization procedures and not so much the methodology adopted by. Given the current urban requirements, this model could be rethought and contextualized in a broader vision of the territory considering a new perspective of urban planning.Vale, Mário, 1962-Repositório da Universidade de LisboaHenriques, Henrique Daniel Rocha2017-01-19T12:24:34Z201620162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/26027TID:201483297porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:15:54Zoai:repositorio.ul.pt:10451/26027Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:42:48.490389Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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