A Dimensão Feminina na Obra de Graça Morais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Anabela Teixeira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2490
Resumo: A obra plástica de Graça Morais é um território de múltiplas inquietações. No gesto criativo vem desaguar o espólio de uma arqueologia interior: as suas raízes, vivências, emoções e interpretações. As inclinações expressionistas, ou o realismo vivencial que diz ser a sua pintura, exprimem quer a exuberância natural da primavera dos campos de Vieiro, a sua terra natal, quer as fantasmagorias outonais da sua matéria autobiográfica. Disponíveis aos trabalhos do olhar ficam as metáforas de tinta sobre tela, ou sobre serapilheira, ou azulejo, ou sobre papel que assumem infinitas variações. Recorre muito à metamorfose e promove contágios e confluências entre o humano e o vegetal, entre o humano e o telúrico. No entanto, foi a pele da mulher que Graça Morais escolheu para cobrir de frutos, de musgo, de terra e de tempo. A pele chega a ser húmus da terra. A terra chega a ter as propriedades de fertilidade da mulher. Esta dissertação tem por objetivo demonstrar que é na figura feminina que o carácter telúrico da obra da pintora atinge o seu apogeu.
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