Novos métodos de extração de compostos bioativos de verduras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/12402 |
Resumo: | A extração de compostos fenólicos é, tradicionalmente, realizada utilizando solventes orgânicos voláteis que apresentam diversas desvantagens entre as quais toxicidade, volatilidade e inflamabilidade. Neste trabalho pretende-se estudar a utilização de solventes alternativos que possam colmatar algumas das desvantagens descritas, mantendo ou superando o desempenho dos solventes convencionais. Assim, numa primeira fase foram estudadas soluções aquosas de quatro compostos iónicos (cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio, cloreto de tetrametilamónio, cloreto de cetilpiridínio, brometo de miristiltrimetilamónio) e, posteriormente, dois surfactantes não iónicos (Triton X-100 e Genapol X-080) e um surfactante aniónico (dodecil sulfato de sódio). Além do tipo de solvente, avaliou-se ainda o efeito da concentração e do tempo de contacto na eficiência da extração. Como planta modelo, escolheu-se a espécie Asparagus acutifolius L., uma planta comestível, fonte de compostos bioativos, mas apresentando um perfil fenólico simples dominado por apenas 3 compostos. Os resultados obtidos indicaram que, à temperatura ambiente, o solvente ótimo foi uma solução aquosa de cloreto de cetilpiridínio (CPyrCl), com concentração 0,1 M, durante 1 hora de tempo de extração que, comparando com o solvente convencional (metanol: água, 80:20%, v/v), resulta numa eficiência significativamente maior na extração dos compostos fenólicos encontrados em A. acutifolius. Verificou-se, no entanto, que nas condições de máxima eficiência de extração, o extrato de CPyrCl revelou menor atividade antioxidante comparativamente com o resultado da extração hidrometanólica, provavelmente devido a interferências da utilização deste tipo de solventes nos métodos in vitro utilizados na avaliação da capacidade antioxidante, aspeto que necessita de elucidação em estudos posteriores. |
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A extração de compostos fenólicos é, tradicionalmente, realizada utilizando solventes orgânicos voláteis que apresentam diversas desvantagens entre as quais toxicidade, volatilidade e inflamabilidade. Neste trabalho pretende-se estudar a utilização de solventes alternativos que possam colmatar algumas das desvantagens descritas, mantendo ou superando o desempenho dos solventes convencionais. Assim, numa primeira fase foram estudadas soluções aquosas de quatro compostos iónicos (cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio, cloreto de tetrametilamónio, cloreto de cetilpiridínio, brometo de miristiltrimetilamónio) e, posteriormente, dois surfactantes não iónicos (Triton X-100 e Genapol X-080) e um surfactante aniónico (dodecil sulfato de sódio). Além do tipo de solvente, avaliou-se ainda o efeito da concentração e do tempo de contacto na eficiência da extração. Como planta modelo, escolheu-se a espécie Asparagus acutifolius L., uma planta comestível, fonte de compostos bioativos, mas apresentando um perfil fenólico simples dominado por apenas 3 compostos. Os resultados obtidos indicaram que, à temperatura ambiente, o solvente ótimo foi uma solução aquosa de cloreto de cetilpiridínio (CPyrCl), com concentração 0,1 M, durante 1 hora de tempo de extração que, comparando com o solvente convencional (metanol: água, 80:20%, v/v), resulta numa eficiência significativamente maior na extração dos compostos fenólicos encontrados em A. acutifolius. Verificou-se, no entanto, que nas condições de máxima eficiência de extração, o extrato de CPyrCl revelou menor atividade antioxidante comparativamente com o resultado da extração hidrometanólica, provavelmente devido a interferências da utilização deste tipo de solventes nos métodos in vitro utilizados na avaliação da capacidade antioxidante, aspeto que necessita de elucidação em estudos posteriores. |
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