Alergia a Frutas- Caracterização numa População de Crianças e Adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/102573 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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Alergia a Frutas- Caracterização numa População de Crianças e AdolescentesFruit Allergy – Categorization in a Population of Children and AdolescentsAlergia a frutaAnafilaxiaSíndrome de Alergia OralReatividade CruzadaFruit AllergyAnaphylaxisOral Allergy SyndromeCross-reactivityTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: As reações alérgicas a frutas, anteriormente consideradas raras, são cada vez mais frequentes, principalmente em crianças mais velhas e adultos. Estas podem ser classificadas em primárias (classe I) ou secundárias (classe II) consoante a presença de reatividade cruzada com pólenes, sendo a clínica variável. As non-specific Lipid Transfer Proteins (nsLTPs) são os principais alergénios das alergias primárias (sem reatividade cruzada). As nsLTPs são mais resistentes ao calor e à digestão enzimática, o que resulta em reações mais heterogénias e de maior gravidade. As alergias secundárias incluem principalmente as Pathogenesis-Related Proteins 10 (PR-10) e as profilinas, que são sensíveis ao calor e à digestão enzimática, resultando em manifestações mais leves, como o Síndrome de Alergia Oral (SAO). O objetivo do presente estudo é caracterizar clínica e epidemiologicamente um grupo de crianças e adolescentes com alergia a frutas.Métodos: Incluíram-se os doentes observados numa consulta de Alergologia Pediátrica, nos últimos 5 anos, que cumpriram os critérios de diagnóstico de alergia a frutas frescas. O princípio da confidencialidade foi preservado. Na análise estatística descritiva foram utilizados diversos parâmetros para a distribuição das variáveis, nomeadamente a frequência, percentagem, média e desvio-padrão. Utilizaram-se os testes: Binominal e Q de Cochran.Resultados: Em 77 doentes registaram-se 134 alergias a 22 frutas diferentes, sendo as mais frequentes a kiwi (n=41; 30,6%), pêssego (n=29; 21,6%) e maçã (n=11; 8,2%). A mediana da idade da primeira reação foi de 4 anos. Observou-se rinite em 46 (59,74%), alergia/sensibilização a pólenes em 45 (58,44%), eczema atópico em 38 (49,35%), asma em 35 (45,45%). A manifestação mais frequente foi o SAO em 56 (41,79%), seguido de sintomas sistémicos em 47 (35,07%) e anafilaxia em 31 (23,13%). As 3 frutas mais frequentes, totalizaram 81/134 alergias (60,44%). Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre manifestações para cada uma destas 3 frutas. Os alergénios mais frequentes foram o Pru p 3, Act d 1 e o Mal d 1, para pêssego, kiwi e maçã, respetivamente. Nos doentes alérgicos a pêssego, 22/24 foram positivos para Pru p 3 (p<0,001), enquanto que 1/21 foi positivo para Pru p 4 (p<0,001). A maioria dos doentes alérgicos ao Kiwi (n=28; 76%) não tinha alergia aos pólenes (p=0,003).Conclusões: Uma grande diversidade de frutas pode causar reações alérgicas. O síndrome de alergia oral foi a manifestação mais frequente, mas sintomas sistémicos e anafilaxia foram comuns. A alergia/sensibilização a pólenes não foi a principal causa de alergia nas duas alergias mais frequentes (kiwi e pêssego).Introduction: Fruit allergies can be classified as primary (class I) or secondary (class II) depending on the presence of cross-reactivity with pollens. Non-specific Lipid Transfer Proteins (nsLTPs) are the main allergens of primary (non-cross-reactive) allergies. nsLTPs are more resistant to heat and enzymatic digestion, which results in more heterogeneous and severer reactions. Secondary allergies mainly include Pathogenesis-Related Proteins 10 (PR-10) and profilins, which are sensitive to heat and enzymatic digestion, resulting in milder manifestations such as Oral Allergy Syndrome (OAS). The aim of the present study is to clinically and epidemiologically characterize a group of children and adolescents with fruit allergy.Methods: All patients observed in Paediatric Allergology appointments over the last 5 years, who met the criteria for allergy to fresh fruit were included in this study. The principle of confidentiality was preserved. In the descriptive statistical analysis, several parameters were used for the distribution of variables, namely frequency, percentage, mean and standard deviation. The tests used were Binomial and Cochran's Q.Results: In 77 patients,134 allergies to 22 different fruits were registered. The most frequent fruits involved were kiwi (n= 41;30.6%), peach (n=29; 21.6%) and apple (n=11; 8,2%). The median age of the first reaction was 4 years. Rhinitis was observed in 46 (59.74%), allergy/sensibilization to pollen in 45 (58.44%), atopic eczema in 38 (49.35%) and asthma in 35 (45.45%). The most frequent manifestation was oral allergy syndrome (OAS) in 56 (41.79%), followed by systemic symptoms in 47 (35.07%) and anaphylaxis in 31 (23.13%). The 3 most frequent fruits add up to 81/134 allergies (60,44%). There wasn’t statistical significance between symptoms observed for these 3 fruits. The most frequent allergens involved were Pru p 3, Act d 1 and Mal d 1, for peach, kiwi and apple, respectively. In peach allergic patients 22/24 were positive for Pru p 3 (p<0, 001), while 1/21 were positive for Pru p 4 (p<0.001). Most kiwi allergic patients (n=28; 76%) were not allergic to pollen (p=0.003).Conclusions: A wide variety of fruits can cause IgE-mediated allergic reactions. OSA was the most frequent manifestation, but systemic symptoms and anaphylaxis were common. Most allergies were not related to pollens.2022-03-102024-03-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102573http://hdl.handle.net/10316/102573TID:203066979porFranca, Maria Isabel Martins Horta Machado dainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-27T11:09:04Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102573Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:32.284888Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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