Avaliação dos agentes isolados e perfil de sensibilidade aos antibióticos nas uroculturas efetuadas na área de influência e região envolvente da USF da Barrinha - Esmoriz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Tiago
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Nogueira,José Lima, Trigo,Inês, Oliveira,Constança, Melo,Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732019000500003
Resumo: A resistência aos antibióticos é uma ameaça à saúde pública, em parte devido ao uso indiscriminado de antibióticos. As infeções do trato urinário (ITU) são as segundas mais frequentes na comunidade, sendo a Escherichia coli (E. coli) o microrganismo mais frequente. Para uma correta terapêutica empírica é fundamental realizar a monitorização do perfil de sensibilidade aos antibióticos. Esse constitui o objetivo deste trabalho. Realizou-se um estudo do tipo observacional, descritivo e retrospetivo, no qual foram avaliados os resultados laboratoriais das uroculturas efetuadas entre 01/07/2015 e 30/06/2017 em vários postos de colheita do Laboratório Unilabs, na nossa área de influência. Com os dados fornecidos foi avaliada a sensibilidade aos antibióticos dos agentes isolados na população em estudo, tendo sido feita uma comparação por sexo (p<0,05). Obtiveram-se 6.584 uroculturas, das quais 14,4% positivas; destas, 74,3% eram referentes ao sexo feminino. A estirpe predominante foi a E. coli (61,03%), seguida da Klebesiella pneumoniae (7,81%) e Proteus mirabilis (6,23%). De forma global, os agentes isolados foram sensíveis à cefixima em 92,5%, à fosfomicina em 89,9%, à nitrofurantoína em 82,9% e à amoxicilina/ácido clavulânico em 82,9%. Relativamente ao sexo feminino verifica-se uma sensibilidade das estirpes à cefixima de 95,52%, à fosfomicina de 91,49%, à moxifloxacina de 90,60% e à cefuroxima de 89,15%. A sensibilidade à nitrofurantoína foi de 84,08%. Em relação à amoxicilina/ácido clavulânico e à ciprofloxacina, a sensibilibadade das estirpes foi de 85,74% e 85,8%, respetivamente. Relativamente ao sexo masculino releva-se a taxa de sensibilidade à cefixima de 79,55%, à levofloxacina de 79,37% e à fosfomicina de 80,69%. Foram encontradas taxas de sensibilidade inferiores às do sexo feminino em todos os antibióticos avaliáveis, com exceção do cotrimoxazol, tetraciclina e ceftriaxone. Os dados obtidos são concordantes com outros estudos e com as normas de orientação clínica da Direção-Geral da Saúde confirmando a adequação destas recomendações à nossa população. Este trabalho representa uma importante contribuição para o conhecimento do nosso contexto epidemiológico, permite uma abordagem terapêutica das ITU dirigida e fundamentada e é decisiva para a redução das resistências aos antibióticos.
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