Risco de violência no idoso institucionalizado e burnout do cuidador formal

• Autor(a) principal: Valido, Susana
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Caldeira, Ermelinda, Mendes, Felismina
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/26824
• topic: Violência; Idoso; Institucionalização; Cuidadores; Esgotamento profissional

As alterações sociodemográficas das últimas décadas refletem-se no aumento do envelhecimento populacional, verificando-se uma crescente necessidade de institucionalização dos idosos. A ocorrência de violência sobre os idosos institucionalizados é um importante problema de saúde pública, em que se torna fulcral o conhecimento das condições e os fatores de risco associados, de modo a que se estabeleçam estratégias de intervenção neste âmbito. Objetivos. Avaliar o burnout no cuidador formal em instituições de prestação de cuidados a idosos; Avaliar o risco de violência sobre os idosos institucionalizados. Método. Estudo exploratório-descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Enquadra-se no Projeto ESACA e englobou 34 cuidadores formais de três instituições prestadoras de cuidados a idosos do concelho de Évora. Foram aplicados os questionários Copenhagen Burnout Inventory (CBI) (1) adaptado e validado para a população portuguesa (2) e Medida de Burnout de Shirom-Melamed (MBSM) (3). Resultados. Verificou-se que não existem situações de violência sobre os idosos institucionalizados e que a maioria dos cuidadores (96,3%) não se encontra em burnout, apesar de se sentirem cansados física e emocionalmente. No entanto, há uma percentagem pequena, 3,7% dos cuidadores, que apresenta níveis compatíveis com burnout, sendo que esses cuidadores podem representar um risco para os idosos. Conclusões. Cabe às instituições a implementação de políticas e estratégias de gestão organizacional que permitam a prevenção do burnout do cuidador formal, contribuindo para a prevenção da violência sobre o idoso institucionalizado, para a melhoria das condições laborais e para a melhoria dos cuidados prestados aos idosos.