Funções de controlo executivo e a capacidade para o trabalho em enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Patrícia Ferreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13189
Resumo: Com o objetivo de perceber a relação entre as funções de controlo executivo e a capacidade para o trabalho em profissionais de enfermagem, procurando concomitantemente controlar a possível influência de varáveis mediadoras de tal relação, como por exemplo, a idade, a influência de sintomatologia psicopatológica mais comum (ansiedade e depressão) e a realização de trabalho por turnos realizou-se este estudo. As funções de controlo executivo como a flexibilidade cognitiva ou o planeamento são fundamentais no auxílio da regulação do comportamento humano. O funcionamento eficaz destes processos cognitivos é fundamental para a realização quer das tarefas quotidianas quer da sua profissão. A capacidade para o trabalho por sua vez é importante na perceção do indivíduo no desempenho das suas funções. Então, este estudo contou com a participação de 93 profissionais de enfermagem com idades entre os 24 e 60 anos. Os instrumentos utilizados para avaliar as funções de controle executivo foram a Torre de Hanói-versão computorizada (avalia a capacidade de memória de trabalho, planeamento e resolução de problemas), e o Halsyead Category Test (flexibilidade cognitiva, raciocínio abstrato e memória de trabalho). Para avaliar a capacidade para o trabalho utilizou-se o Índice de Capacidade para o Trabalho. Por outro lado, para avaliar a presença de sintomatologia ansiógena foi o utilizado State-Trait Anxiety Inventoryversão estado e para avaliar a sintomatologia ansiógena e depressiva o Questionário Geral de Saúde (12). Com os resultados obtidos conclui-se que alterações a nível funções cognitivas executivas poderão prejudicar a capacidade para o trabalho. Por outro lado, acerca da variável idade verificou-se que com o aumento da idade há um declínio do funcionamento cognitivo executivo, no entanto, não há alterações nas correlações com a capacidade para o trabalho. Acerca da variável de sintomatologia psicopatológica mais comum (ansiedade e depressão) não se registam alterações significativas com o funcionamento cognitivo executivo e com a capacidade para o trabalho, no entanto, após análise isolada da medida de ansiedade, esta prejudica o funcionamento cognitivo executivo e na capacidade para o trabalho. Por último, no trabalho por turnos não se verificam alterações. Para concluir, este estudo pode impulsionar novas pesquisas dado os seus resultados chamando atenção para a implementação de programas que promovam a saúde ocupacional.
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A capacidade para o trabalho por sua vez é importante na perceção do indivíduo no desempenho das suas funções. Então, este estudo contou com a participação de 93 profissionais de enfermagem com idades entre os 24 e 60 anos. Os instrumentos utilizados para avaliar as funções de controle executivo foram a Torre de Hanói-versão computorizada (avalia a capacidade de memória de trabalho, planeamento e resolução de problemas), e o Halsyead Category Test (flexibilidade cognitiva, raciocínio abstrato e memória de trabalho). Para avaliar a capacidade para o trabalho utilizou-se o Índice de Capacidade para o Trabalho. Por outro lado, para avaliar a presença de sintomatologia ansiógena foi o utilizado State-Trait Anxiety Inventoryversão estado e para avaliar a sintomatologia ansiógena e depressiva o Questionário Geral de Saúde (12). Com os resultados obtidos conclui-se que alterações a nível funções cognitivas executivas poderão prejudicar a capacidade para o trabalho. Por outro lado, acerca da variável idade verificou-se que com o aumento da idade há um declínio do funcionamento cognitivo executivo, no entanto, não há alterações nas correlações com a capacidade para o trabalho. Acerca da variável de sintomatologia psicopatológica mais comum (ansiedade e depressão) não se registam alterações significativas com o funcionamento cognitivo executivo e com a capacidade para o trabalho, no entanto, após análise isolada da medida de ansiedade, esta prejudica o funcionamento cognitivo executivo e na capacidade para o trabalho. Por último, no trabalho por turnos não se verificam alterações. Para concluir, este estudo pode impulsionar novas pesquisas dado os seus resultados chamando atenção para a implementação de programas que promovam a saúde ocupacional.To understand the relationship between the functions of executive control and the ability to work in nursing professionals, concomitantly trying to control the possible influence of variables that mediate such relationship, such as age, the influence of psychopathological symptoms more (anxiety and depression) and the performance of shift work was carried out in this study. Executive control functions such as cognitive flexibility or planning are fundamental in helping to regulate human behavior. The effective functioning of these cognitive processes is essential for the performance of both everyday tasks and their profession. The ability to work, in turn, is important in the perception of the individual in the performance of his/her functions. So, this study had the participation of 93 nursing professionals aged between 24 and 60 years. The instruments used to assess executive control functions were the Tower of Hanoicomputerized version (assessing working memory, planning and problem-solving ability), and the Halsyead Category Test (cognitive flexibility, abstract reasoning and working memory). To assess work ability, the Work Ability Index was used. On the other hand, the State-Trait Anxiety Inventory - state version was used to assess the presence of anxiogenic symptoms, and the General Health Questionnaire to assess anxiety and depression symptoms (12). With the results obtained, it is concluded that changes in executive cognitive functions may impair the ability to work. On the other hand, regarding the age variable, it was found that with increasing age there is a decline in executive cognitive functioning, however, there are no changes in the correlations with work ability. Regarding the most common psychopathological symptomatology variable (anxiety and depression) there are no significant changes with executive cognitive functioning and work ability, however, after an isolated analysis of the anxiety measure, it impairs executive cognitive functioning and in the capacity for work. Finally, in shift work there are no changes. To conclude, this study may stimulate further research given its results, drawing attention to the implementation of programs that promote occupational health.Oliveira, Jorge Manuel da CostaLoureiro, Manuel Joaquim da SilvauBibliorumLopes, Patrícia Ferreira2023-02-20T17:03:51Z2022-12-072022-10-102022-12-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/13189TID:203227190porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:56:39Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/13189Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:40.291057Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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