Os impactos sócio-económicos dos eventos automóveis nas comunidades locais

• Autor(a) principal: Baía, Evandro João da Silva Machado Brandão
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/40311
• topic: Domínio/Área Científica::Humanidades::Outras Humanidades

O desporto automóvel em Portugal, é um tipo de atividade, acarinhada entre os portugueses de todas as idades, sendo entusiastas ou não, esta prática desportiva para além da importância que têm a nível internacional. A investigação do local de acolhimento destas provas traz ao de cima, um novo olhar sobre os mesmos locais, uma nota positiva no que toca a atracção de turismo e com ele a criação de novos postos de trabalho, maior receita económica, assim como a elevação e reconhecimento destes locais. Desde o principio da era automóvel, ou seja, desde a invenção do motor de combustão, que esta invenção passou por muitas adversidades face ao meio de transporte de eleição da altura no final do séc. XIX, o cavalo, uma vez que, os transportes que até então eram todos movimentados por meio de animais. Desde os primeiros eventos de caráter desportivo onde se começou com a experiência e procura de novos métodos para tornar esta invenção viável até aos dias de hoje destacando alguns eventos sempre com o ênfase na perspectiva de Portugal foi no mundo do desporto automóvel que se refinou e aperfeiçoou o conceito da carruagem sem cavalos. Dentro da plenitude de eventos que têm lugar em Portugal apenas serão considerados dois eventos ambos pertencentes ao campeonato internacional de montanha organizado pela FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting). Uma vez que, no âmbito de uma abordagem mais concisa e mais concentrada, nesta amostra que seguramente não representa o desporto automóvel português na sua totalidade consegue no entanto resumir e mostrar nestes eventos de «pequena» dimensão o panorama geral do desporto automóvel numa visão mais alargada sendo estes eventos o cerne da investigação em causa. O objetivo da investigação engloba duas provas distintas embora pertencentes à mesma modalidade, ambas provas de elevado prestígio e com um potencial imenso que pode ser explorado com mais pormenor e pode ser tirado mais proveito destes dois eventos, elevando-os para um patamar superior que aquele que se encontram sendo eles a rampa Universidade Católica Portuguesa Os impactos sócio-económicos dos eventos automóveis nas comunidades locais 11 da Falperra e a rampa do Caramulo, provas inseridas no campeonato de montanha Europeu e Nacional. A rampa da Falperra uma prova de renome internacional que tem as suas origens na década de 20 do século passado (1927), tendo esta prova começado como uma competição amadora nas primeiras edições até à edição de 1960 tendo sido organizadas estas últimas pelo ACP (automóvel Clube de Portugal). Passou a integrar o campeonato nacional em 1976 data sobre a qual a rampa contou com uma elevação no seu prestígio especialmente em 1984 ano onde foi possível a realização de duas provas uma a contar para o campeonato nacional e outra para a realizar a entrada para o campeonato europeu tendo contado a partir desse ano para o europeu e para o nacional da montanha. Com inúmeras participações televisivas até ao ano de 2001 ano da última rampa até à sua eventual reabertura em 2010 tendo então este evento recebido ainda mais atenção mediática, especialmente com o realizar do Masters of Hillclimb no presente ano de 2021. O segundo evento, a rampa do Caramulo começa a sua história em 1979 quando a sua primeira edição tem lugar na serra do Caramulo, tendo sido uma prova que já passou, ao longo de mais de 40 anos de existência por alguns impasses especialmente esta prova esteve encerrada em 1993. Em 2006, ano em que foi reaberta a convite pelo Museu do Caramulo feito ao Targa Clube que agora assume com mérito este belíssimo evento que serpenteia as estradas até ao cume da serra, sendo este também palco do Caramulo Motorfestival assumido e dirigido pelo museu que ali reside. Foram feitas entrevistas-chave pelo facto que a abertura das pessoas que se encontram diretamente envolvidas neste tipo de atividade permitem uma obtenção e aquisição de dados primários mais concisa. Desta maneira uma visão mais concreta de pontos que podem não ser discriminados em grupos onde mesmo que haja uma percentagem de pessoas que esteja atualizada sobre as informações do evento não possuem um conhecimento tão vasto em certos aspetos que só os envolvidos na organização deste eventos podem fornecer, como factos Universidade Católica Portuguesa Os impactos sócio-económicos dos eventos automóveis nas comunidades locais 12 relacionados com cadernos de encargos, verbas para as instituições, patrocinadores, contratos com cadeias televisivas. Foi privilegiado este método também por permitir um contacto com as entidades organizadoras que por outros métodos de pesquisa qualitativa ou quantitativa não gerariam o mesmo impacto ou o mesmo ênfase pois este método permite avaliar de maneira mais exaustiva e precisa todo o historial que estes eventos possuem e que vão acumulando ao longo das edições que vão sendo realizadas todos os anos. Os questionários serviram para perguntar à população geral como é que este eventos afetam a localidade onde estes se realizam assim como as populações vizinhas, avaliar como se movimenta a economia local quando estes eventos são realizados e que recitas estes geram nas comunidades locais, o alcance destes eventos não só para quem visita em território nacional mas também quem vem de fora, e o possível impacto nestes eventos (Caramulo e Falperra).