Terapêutica crónica em idosos numa Unidade de Saúde Familiar: análise da polimedicação e medicação potencialmente inapropriada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto,Márcia Mendonça
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pimentel,Ana Filipa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732018000200004
Resumo: Introdução: A melhoria dos cuidados de saúde e das condições socioeconómicas contribuíram para o aumento da longevidade da população, associando-se-lhe uma maior prevalência das doenças crónicas. A polimedicação, muitas vezes necessária nesta população, condiciona um aumento do risco da doença iatrogénica. As interações medicamentosas, bem como o uso de medicação potencialmente inapropriada a que o idoso fica exposto, pode resultar em consequências nefastas para a própria saúde. Objetivos: Este estudo pretendeu conhecer a terapêutica crónica nos idosos com idade igual ou superior a 75 anos, utentes de uma unidade de saúde familiar de Braga e, especificamente, pretendeu determinar a frequência de polimedicação, medicação potencialmente inapropriada e fatores predisponentes associados. Resultados: Foram estudados 86 utentes, 96,5% estavam a fazer toma, de forma crónica, de pelo menos um medicamento, 24% consumiam dois a quatro fármacos e 74,4% consumiam cinco ou mais fármacos na população estudada. Em 37,7% da amostra existia medicação potencialmente inapropriada segundo os Critérios de Beers, tendo em 90,7% dos casos grau de inadequação «elevado». Verificou-se associação, com significado estatístico, entre o número de fármacos e medicação potencialmente inapropriada. Estas duas variáveis relacionaram-se ainda, de forma estatisticamente significativa, com a «autoperceção da saúde», com «quem prepara a medicação» e com o «conhecimento da finalidade da medicação». Discussão/Conclusão: Polimedicação e medicação potencialmente inapropriada são extremamente frequentes nos utentes, com idade igual ou superior a 75 anos, na população estudada. Os autores procuraram a partir dos dados obtidos ter uma compreensão do contexto socio-económico associado a maior risco, para ajudar a estabelecer uma estratégia de diminuição dos riscos de iatrogenia
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