Reavaliação do potencial metalogenético dos domínios anómalos associados às mineralizações auríferas da Faixa Vila Verde - Ponte da Barca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Godinho da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/31347
Resumo: Tese de mestrado, Geologia Económica (Prospeção Mineral) Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017
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spelling Reavaliação do potencial metalogenético dos domínios anómalos associados às mineralizações auríferas da Faixa Vila Verde - Ponte da BarcaZona Centro-IbéricaMineralizações auríferasVila Verde - Ponte da BarcaArsenopirite auríferaTeses de mestrado - 2017Departamento de GeologiaTese de mestrado, Geologia Económica (Prospeção Mineral) Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2017A área de estudo corresponde à faixa de Vila Verde – Ponte da Barca, que se insere no sector NW da Zona Centro-Ibérica. Nesta faixa encontram-se várias ocorrências de mineralizações de Au hospedadas em filões de quartzo, sendo as mais conhecidas as de Godinhaços, Grovelas, Marrancos e Entre Ambosos- Rios. O encaixante é na sua maioria composto por diferentes fácies de rochas graníticas e, na área de Marrancos por sequências de rochas metassedimentares do Silúrico. As ocorrências são conhecidas desde tempos romanos e foram feitos vários estudos anteriores a esta dissertação, existindo inclusive indícios de explorações, como em Marrancos. O objetivo principal desta dissertação é revisitar o conhecimento adquirido sobre a faixa e reavaliar o potencial metalogenético que esta possa ter, principalmente em Au, estudando seis locais de maneira a obter um panorama geral da área. As seis áreas foram Coto da Cruz, Froufe, Godinhaços, Grovelas, Marrancos e Monte das Corujeiras. Para responder a esta problemática o estudo partiu de um relatório técnico que forneceu dados de sedimentos de corrente e dados de mineralometria para toda a região, e dados de geoquímica de solos e geofísicos para as áreas de Godinhaços, Grovelas e Marrancos. Para este conjunto alargado de dados foi possível criar mapas de isoteores, utilizando como método de interpolação o “inverso do quadrado da distância”. Os mapas foram mais tarde filtrados com base em análises multifractais, separando os valores de fundo dos valores anómalos. A conjugação de diferentes mapas permitiu estabelecer relações prováveis entre elementos, indicando que o As é o elemento que melhor se relaciona com o Au, uma vez que os teores mais elevados de As observados no mapa são compatíveis com os locais onde se verificou uma maior contagem do número de partículas de Au. Foram ainda colhidas amostras nas seis áreas referidas de filão mineralizado e, sempre que possível, de encaixante. Estas amostras foram depois descritas em amostra de mão e em petrografia e foi selecionado um conjunto representativo delas para análises de química mineral pontual. As amostras de encaixante correspondentes a rochas graníticas foram processadas para análises de fluorescência de Raio-X. O estudo petrográfico demonstra que a mineralogia principal das mineralizações é constituída por quartzo, sericite, clorite, sulfuretos, principalmente arsenopirite, e minerais secundários resultantes da meteorização, nomeadamente escorodite (Fe3+AsO4·2H2O), hematite e goethite. Registou-se a presença de pelos menos mais três espécies minerais de arsenato, surgindo nas áreas de Coto da Cruz, Godinhaços e Grovelas. O Au está acomodado na estrutura da arsenopirite ou incluso nos cristais, como fundamentado pela química mineral, ou livre no filão como Au nativo ou electrum, habitualmente associado a domínios alterados para escorodite. Associado à arsenopirite encontra-se bismutinite, que nos indica que a arsenopirite precipitou numa altura precoce da circulação de fluidos hidrotermais. As evidências petrográficas indicam o estabelecimento de condições ideais que permitiam a dissolução da arsenopirite, dos bordos para o interior, e consequente precipitação de escorodite. O transporte do Au não é assegurado, uma vez não haver atividade de Cl suficiente para formar complexos aquosos cloretados, e como tal o Au deverá estar retido nos primeiros horizontes do perfil de meteorização. O transporte por outros complexos é inviabilizado pelas condições físico-químicas inferidas para o fluido meteórico atuante. Os resultados obtidos ao longo do presente estudo demonstram que o Au precipitou numa fase precoce do sistema hidrotermal, e o próprio sistema teve uma expressão reduzida a nível regional, associada ao retrabalhamento e mobilização tardia da mineralização, e como tal o potencial da Faixa hospedar mineralizações auríferas economicamente importantes é reduzido.The study area matches the Vila Verde – Ponte da Barca ore belt, which is in the NW part of the Central- Iberian Zone. This ore belt is comprised of several quartz vein-hosted Au mineralization, and some of the most well-known are Godinhaços, Grovelas, Marrancos and Entre Ambos-os-Rios. The host rocks found here are mostly granitic rocks of several facies, and in the Marrancos region the host rock is a sequence of metasedimentary rocks from the Silurian age. The Au occurrences are acknowledged since roman times and several studies have already been conducted prior to this thesis, and there are reports of explorations and exploitations, like the one in Marrancos. The main objective for this dissertation is to revisit the knowledge acquired for this ore belt and re-evaluate the metallogenetic potential that it may have, especially regarding Au, by studying six different areas to get a general view of the area. These six areas where: Coto da Cruz, Froufe, Godinhaços, Grovelas, Marrancos and Monte das Corujeiras. To answer this problem the study derived from a technical report which contained stream sediments and mineralometric data from campaigns for the whole ore belt, and geochemical and geophysical data from smaller, more precise, campaigns done in Godinhaços, Grovelas and Marrancos. For this large set of data it was possible to create isoconcentration maps using the “inversed squared distance” interpolation method. The maps were later filtered recurring to multifractal analysis, separating the base values from the anomalous ones. The conjugation of different maps allowed to establish probable relations between elements, concluding that As is the one who better relates with Au from the mineralometric data, since higher concentrations of As as observed in the map coincide with the places where the highest number of Au particles was accounted for. There were also collected samples from the mineralization in the six areas mentioned above. Whenever possible, host rock samples were also collected. All the samples were studied macroscopically and petrographically and a small representative set of them were selected for mineral chemistry analysis. Samples that belonged to granitic host rocks where processed for X-Ray fluorescence. The petrographical study shows that the main mineralogy in the mineralizations in composed by quartz, sericite chlorite, sulphides, mainly arsenopyrite, and secondary minerals that resulted from weathering, namely scorodite (Fe3+AsO4·2H2O), hematite and goethite. There is also the record of at least three other arsenate mineral species, which were found in Coto da Cruz, Godinhaços and Grovelas, respectively. Au takes part in the arsenopyrite in its structure or as an inclusion, as supported by the mineral chemistry, and free in the vein as native Au or electrum, commonly associated to scocrodite-rich dominions. Also associated with arsenopyrite is bismuthinite, which indicate that the arsenopyrite must have precipitated during the initial stages of the hydrothermal system. The petrographical evidences also point that there were ideal conditions to dissolve arsenopyrite from the rim to the centre, and consequently deposit scorodite. However, the Au transport was not assured, since there wasn’t sufficiently high Cl activity for Au to be transported as chloride aqueous complex, so the most likely place to find Au are in the first layers of the weathering profile. Transport by other complexes is also not possible due to the chemical properties of the meteoric fluid. Results show that Au precipitated during an early stage of the hydrothermal system, and that the hydrothermal system itself had a small expression, associated with reworking and late mobilization of the mineralization, and as such the potential for this ore belt to host economically important Au occurrences is slim.Gonçalves, Mário Abel Carreira, 1965-Batista, Maria JoãoRepositório da Universidade de LisboaSilva, Marcelo Godinho da2018-02-02T15:07:09Z201720172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/31347TID:201854155porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:24:57Zoai:repositorio.ul.pt:10451/31347Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:46:54.310635Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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