Factores virais e do hospedeiro envolvidos na infecção por HPV
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/753 |
Resumo: | O cancro do colo do útero é uma das neoplasias mais frequentes a nível mundial. A infecção persistente por vírus do papiloma humano (HPV) de alto risco é o principal factor de risco para o seu desenvolvimento. O HPV 16 é o tipo de HPV de alto risco mais comum. Podem ser detectadas variantes de HPV 16 na população mundial com prevalências distintas. O significado clínico e virológico das variantes permanecem desconhecidos. Assim, pretendemos caracterizar o espectro de variantes de HPV 16 e investigar a associação entre variantes de HPV 16 encontradas na população da região centro de Portugal e o risco de desenvolver carcinoma invasivo do colo do útero. O HPV produz uma oncoproteína, a E6, que se liga à p53, um supressor tumoral, levando à sua degradação. Foi sugerido que a homozigotia para arginina no codão 72 da p53 seria um factor de risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero. Com este trabalho pretendemos verificar a existência desta associação na população portuguesa. Neste trabalho, foi detectada uma elevada prevalência de variantes não europeias de HPV 16, especialmente variantes africanas. Não detectámos nenhuma associação entre variantes de HPV 16 e risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero. Em relação ao polimorfismo Arg/Pro da p53, não encontrámos diferenças estatisticamente significativas na distribuição dos genótipos do p53 em mulheres normais e em mulheres com lesões do colo do útero, o que sugere que este polimorfismo não constitua um factor de risco na população portuguesa. Os nossos dados e os dos artigos na literatura sugerem a importância de se estudarem estes e outros factores, quer virais, quer do hospedeiro, na avaliação de risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero, devendo esses estudos ser feitos em populações alargadas e em diferentes regiões geográficas. ABSTRACT: Cervical cancer is one of the most frequent cancers in women worldwide. Persistent high risk human papillomavirus (HPV) infection has been established as the main cause of cervical cancer. HPV 16 is the most common. Variants of HPV 16 are found worldwide with distinct prevalences. The clinical and virological significance of these variants remain unknown. Our aim was to characterize the spectrum of variants of HPV 16 and to investigate the association between HPV 16 variant and cervical cancer risk. The high risk HPV genome encodes an oncoprotein, E6, which can interact with p53, a tumor suppressor, leading to its degradation. P53 has two polymorphic forms encoding either proline or arginine, at codon 72. Arginine homozygosity has been suggested to be a risk factor for cervical cancer. In this work we have investigated the existence of this association in the Portuguese population. In this work, we have detected a high prevalence of non-European HPV 16 variants, particularly African variants. We have found no association between HPV 16 variants and increased risk for cervical cancer. With regards to p53 polymorphisms, we have not found any statistically significant difference in the distribution of genotypes of p53 in normal women and women with lesions of the cervix. Our data and those described in the literature suggest the importance of studying these and other viral and host factors for the evolution of cervical cancer risk; these studies should be performed in large populations and different geographical regions. |
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O cancro do colo do útero é uma das neoplasias mais frequentes a nível mundial. A infecção persistente por vírus do papiloma humano (HPV) de alto risco é o principal factor de risco para o seu desenvolvimento. O HPV 16 é o tipo de HPV de alto risco mais comum. Podem ser detectadas variantes de HPV 16 na população mundial com prevalências distintas. O significado clínico e virológico das variantes permanecem desconhecidos. Assim, pretendemos caracterizar o espectro de variantes de HPV 16 e investigar a associação entre variantes de HPV 16 encontradas na população da região centro de Portugal e o risco de desenvolver carcinoma invasivo do colo do útero. O HPV produz uma oncoproteína, a E6, que se liga à p53, um supressor tumoral, levando à sua degradação. Foi sugerido que a homozigotia para arginina no codão 72 da p53 seria um factor de risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero. Com este trabalho pretendemos verificar a existência desta associação na população portuguesa. Neste trabalho, foi detectada uma elevada prevalência de variantes não europeias de HPV 16, especialmente variantes africanas. Não detectámos nenhuma associação entre variantes de HPV 16 e risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero. Em relação ao polimorfismo Arg/Pro da p53, não encontrámos diferenças estatisticamente significativas na distribuição dos genótipos do p53 em mulheres normais e em mulheres com lesões do colo do útero, o que sugere que este polimorfismo não constitua um factor de risco na população portuguesa. Os nossos dados e os dos artigos na literatura sugerem a importância de se estudarem estes e outros factores, quer virais, quer do hospedeiro, na avaliação de risco para o desenvolvimento de cancro do colo do útero, devendo esses estudos ser feitos em populações alargadas e em diferentes regiões geográficas. ABSTRACT: Cervical cancer is one of the most frequent cancers in women worldwide. Persistent high risk human papillomavirus (HPV) infection has been established as the main cause of cervical cancer. HPV 16 is the most common. Variants of HPV 16 are found worldwide with distinct prevalences. The clinical and virological significance of these variants remain unknown. Our aim was to characterize the spectrum of variants of HPV 16 and to investigate the association between HPV 16 variant and cervical cancer risk. The high risk HPV genome encodes an oncoprotein, E6, which can interact with p53, a tumor suppressor, leading to its degradation. P53 has two polymorphic forms encoding either proline or arginine, at codon 72. Arginine homozygosity has been suggested to be a risk factor for cervical cancer. In this work we have investigated the existence of this association in the Portuguese population. In this work, we have detected a high prevalence of non-European HPV 16 variants, particularly African variants. We have found no association between HPV 16 variants and increased risk for cervical cancer. With regards to p53 polymorphisms, we have not found any statistically significant difference in the distribution of genotypes of p53 in normal women and women with lesions of the cervix. Our data and those described in the literature suggest the importance of studying these and other viral and host factors for the evolution of cervical cancer risk; these studies should be performed in large populations and different geographical regions. |
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