Que fatores psicossociais se associam à realização do teste ao VIH?
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862018000100002 |
Resumo: | O diagnóstico precoce da infeção VIH tem sido uma prioridade da Direção-Geral da Saúde. Este estudo avaliou os fatores psicossociais associados à realização do teste ao VIH em adultos, em Portugal. A amostra foi composta por 582 participantes da população geral (144 homens e 438 mulheres), com uma idade média de 30,66 anos. Os participantes preencheram questionários relativos a informação demográfica e atividade sexual, risco percebido de infeção VIH, conhecimentos sobre VIH/Sida, estigma e discriminação, vinculação e tolerância à angústia. Os resultados revelaram que 58% dos participantes já realizou alguma vez o teste ao VIH. Uma maior probabilidade de realização do teste mostrou-se associada a maior perceção de risco de infeção VIH (OR = 1,07, 95% CI 1,03/1,12) e mais conhecimento sobre VIH/Sida (OR = 1,33, 95% CI 1,18/1,50), bem como a menor ansiedade relacionada com a vinculação (OR = 0,86, 95% CI 0,75/0,98) e maior tolerância à angústia (OR = 1,37, 95% CI 1,04/1,81). O estigma e discriminação em relação ao VIH não se revelaram significativos. Os resultados sugerem que os indivíduos com mais conhecimento e maior perceção de risco de infeção, maior capacidade percebida para suportar estados emocionais/ físicos aversivos, e níveis mais baixos de vinculação ansiosa têm maior probabilidade de realizar o teste ao VIH. O conhecimento destes fatores pode ter impacto na investigação futura, bem como nas práticas e políticas de saúde pública. |
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