Desigualdades no acesso ao diagnóstico precoce de infeção VIH : uma revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Catarina Moura
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/62633
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2023
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spelling Desigualdades no acesso ao diagnóstico precoce de infeção VIH : uma revisão da literaturaInfeção VIHDiagnóstico tardioPopulações de riscoMedicina preventivaPrograma Nacional para a Infeção VIH/SIDADomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2023Desde a introdução da terapêutica com antirretrovirais (TARV) dirigida ao Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) nos anos 80, houve um progressivo aumento da potência farmacológica e da estabilidade no controlo virológico. Isto possibilitou a redução de aquisição de infeções oportunistas em cerca de 90%, e controlo da transmissão da infeção para outros. Contudo, este tratamento está limitado aos casos VIH+ identificados pelos cuidados de saúde e pela adesão do doente ao tratamento. A imunodepressão e as doenças oportunistas afetam doentes com baixas contagens de linfócitos CD4+ e associam-se às pessoas que desconhecem o seu status VIH+ e apenas recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em estado avançado da doença. Esta população designa-se de “late presenters” (LP) e constitui o maior problema da pandemia VIH nos dias de hoje, em Portugal e no mundo. Neste trabalho, partindo da análise de um caso clínico e posterior revisão da literatura, atentou-se na incidência do diagnóstico tardio na população portuguesa, nas populações à margem de um diagnóstico precoce e nas suas fragilidades. O quadro inespecífico da primoinfeção, e o seu longo tempo de latência assintomática contribuem para uma falsa autoperceção de risco, e um recorrer tardio aos serviços de saúde. A depressão, o estigma e discriminação de pessoas seropositivas, a ausência de testagens rotineiras e a distância de local de residência a instituições de saúde foram igualmente identificados como barreiras a um diagnostico precoce. O diagnóstico tardio é o maior perpetuador da infeção na população atual, aumenta a morbimortalidade comparada a de indivíduos identificados precocemente, e acresce pressão no orçamento para a saúde. A falta de conhecimento por parte da população geral faz supor haver uma necessidade de maior divulgação junto da população das ferramentas existentes para prevenção e diagnóstico do VIH, tal como a necessidade de formação e melhor conhecimento das normas em vigor para testagem pelo pessoal médico.Since the introduction of antiretroviral therapy (ART) directed at the Human Immunodeficiency Virus (HIV) in the 1980s, there has been a progressive increase in pharmacological potency and stability in virological control, which made it possible to reduce the contraction of opportunistic infections by about 90% and to control the transmission of the infection to others. However, this treatment is limited to HIV+ cases identified by healthcare professionals, and by patient adherence to medication. Immunosuppression and opportunistic diseases affect patients with low CD4+ lymphocyte counts. They are associated with people unaware of their HIV+ status and only resort to the National Health Service in an advanced stage of the disease. This population is called “late presenters” (LP) and constitutes the biggest problem of the HIV pandemic nowadays in Portugal and worldwide. In this paper, through the analysis of a clinical case and literature review, we studied the incidence of late diagnosis in the Portuguese population, target populations on the margins of an early diagnosis and their weaknesses. The non-specific scenario of the first infection, and its long latency period, contribute to a false self-perception of risk and late use of health services. Depression, stigma and discrimination against HIV-positive people, lack of routine testing and distance from the place of residence to health institutions were also identified as barriers to early diagnosis. Late diagnosis is the greatest perpetrator of the infection in the current population; it increases morbidity and mortality compared to individuals identified early and adds financial pressure on the health system. In conclusion, there is a need for greater dissemination of information among the population on existing tools for HIV prevention and diagnosis, as well as the need for training and better knowledge of the guidelines for testing by medical personnel.Júnior, Vítor Laerte PintoRepositório da Universidade de LisboaCardoso, Catarina Moura2024-02-15T11:55:14Z2023-062023-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/62633TID:203403070porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-19T01:18:54Zoai:repositorio.ul.pt:10451/62633Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:38:56.574796Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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