Manipulação de resultados e falência de empresas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/2839 |
Resumo: | A informação financeira que é disponibilizada pelas empresas nem sempre é a mais verdadeira e espelha a sua situação real. As empresas tendem a manipular resultados com o intuito de obterem benefícios próprios, ludibriando todas as partes interessadas. São diversos os motivos que levam as empresas a manipular resultados, dentro dos quais se destacam três tipos: incentivos oriundos do mercado de capitais, incentivos contratuais e incentivos regulatórios. O presente estudo visa analisar se as empresas que recorreram ao plano de revitalização na modalidade PER (Plano Especial de Revitalização) no ano de 2012 manipularam resultados e se essa manipulação foi superior antes ou após a entrada no programa. Estudos prévios verificaram que as empresas em situações de insolvência manipulam resultados com o intuito de apresentarem uma imagem melhor do que efetivamente possuem. Prevê-se que essa manipulação seja superior antes da empresa recorrer ao plano de revitalização dado que pretendem obter ajuda financeira de forma a evitar uma situação económica e financeira desfavorável que impossibilitaria o pedido de ajuda. Adicionalmente, após a entrada no programa, as empresas são acompanhadas por um gestor de insolvência, existindo por isso maior controlo. Para cumprir os objetivos estipulados foi recolhida e analisada informação financeira de 1019 empresas que recorreram ao programa PER no ano de 2012. A informação foi recolhida para o período compreendido entre 2009 e 2015. O período foi posteriormente dividido em dois horizontes temporais iguais: antes da entrada no programa (2009 a 2011) e após (2013 a 2015). Para obter resultados foram utilizados três modelos que incidem sobre a manipulação de resultados através dos accruals: o modelo de Jones (1991), o modelo de Dechow, Sloan & Swenney (1995) e o modelo de Kothari, Leone & Wasley (2005). Os resultados obtidos demonstram que as empresas da amostra manipulam resultados e que essa manipulação é superior antes de recorrerem ao apoio de revitalização, tal como era esperado. Esses resultados vão de encontro ao facto das empresas em dificuldades financeiras manipularem resultados para conseguirem manter as suas relações com todos os stakeholders e que essa manipulação é menor quando o controlo é superior. |
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