Prescrição off-label da gabapentina
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/15514 |
Resumo: | A utilização off-label de fármacos é uma prática habitual a nível mundial. Esta define-se como uma utilização de medicamentos em indicações terapêuticas diferentes daquelas para os quais obtiveram aprovação pelas autoridades reguladoras aquando da sua autorização de introdução no mercado. Apresenta maior prevalência nas áreas de pediatria e psiquiatria, uma vez que estes demonstram ser os grupos mais restritos em termos de aplicação de terapêuticas farmacológicas. Em particular, na psiquiatria parece ser recorrente a prescrição em regime off-label da classe farmacoterapêutica anticonvulsivante. A gabapentina enquadra-se nessa classe, demonstrando ser um fármaco aplicado em diferentes condições patológicas que envolvem o sistema nervoso. Numa fase inicial, esta molécula foi unicamente autorizada para doentes com epilepsia, tendo como principal objetivo o controlo adequado das suas crises. Com o decorrer dos anos, tal como a ciência, a experiência profissional de médicos psiquiatras e neurologistas também evoluiu, fazendo com que a gabapentina começasse a ser utilizada para outras patologias, como é o caso da ansiedade, depressão e distúrbios bipolares. Esta molécula evidenciou ser uma alternativa válida às terapêuticas que já não demonstravam ter efeitos benéficos para estas patologias, constituindo igualmente uma opção na abordagem farmacológica da dor, permitindo contornar uma das classes farmacológicas que maior habituação causa, os opióides. Tal como a gabapentina, existem outros fármacos que são prescritos em modo off-label, sendo este um tema controverso pelas consequências que poderá ter ao nível da saúde dos doentes e da sociedade em geral, frequentemente descurado tanto pela comunidade científica como pela indústria farmacêutica. |
id |
RCAP_379383df5e9e56673bdf20da71ad457e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/15514 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Prescrição off-label da gabapentinaUso off-label de fármacosGabapentinaAnticonvulsivantesA utilização off-label de fármacos é uma prática habitual a nível mundial. Esta define-se como uma utilização de medicamentos em indicações terapêuticas diferentes daquelas para os quais obtiveram aprovação pelas autoridades reguladoras aquando da sua autorização de introdução no mercado. Apresenta maior prevalência nas áreas de pediatria e psiquiatria, uma vez que estes demonstram ser os grupos mais restritos em termos de aplicação de terapêuticas farmacológicas. Em particular, na psiquiatria parece ser recorrente a prescrição em regime off-label da classe farmacoterapêutica anticonvulsivante. A gabapentina enquadra-se nessa classe, demonstrando ser um fármaco aplicado em diferentes condições patológicas que envolvem o sistema nervoso. Numa fase inicial, esta molécula foi unicamente autorizada para doentes com epilepsia, tendo como principal objetivo o controlo adequado das suas crises. Com o decorrer dos anos, tal como a ciência, a experiência profissional de médicos psiquiatras e neurologistas também evoluiu, fazendo com que a gabapentina começasse a ser utilizada para outras patologias, como é o caso da ansiedade, depressão e distúrbios bipolares. Esta molécula evidenciou ser uma alternativa válida às terapêuticas que já não demonstravam ter efeitos benéficos para estas patologias, constituindo igualmente uma opção na abordagem farmacológica da dor, permitindo contornar uma das classes farmacológicas que maior habituação causa, os opióides. Tal como a gabapentina, existem outros fármacos que são prescritos em modo off-label, sendo este um tema controverso pelas consequências que poderá ter ao nível da saúde dos doentes e da sociedade em geral, frequentemente descurado tanto pela comunidade científica como pela indústria farmacêutica.Serralheiro, Ana Isabel AzevedoSapientiaMarques, Maria Mira Santana2021-05-27T13:18:49Z2020-12-162020-12-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/15514porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-29T10:28:00Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/15514Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-29T10:28Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prescrição off-label da gabapentina |
title |
Prescrição off-label da gabapentina |
spellingShingle |
Prescrição off-label da gabapentina Marques, Maria Mira Santana Uso off-label de fármacos Gabapentina Anticonvulsivantes |
title_short |
Prescrição off-label da gabapentina |
title_full |
Prescrição off-label da gabapentina |
title_fullStr |
Prescrição off-label da gabapentina |
title_full_unstemmed |
Prescrição off-label da gabapentina |
title_sort |
Prescrição off-label da gabapentina |
author |
Marques, Maria Mira Santana |
author_facet |
Marques, Maria Mira Santana |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Serralheiro, Ana Isabel Azevedo Sapientia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marques, Maria Mira Santana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Uso off-label de fármacos Gabapentina Anticonvulsivantes |
topic |
Uso off-label de fármacos Gabapentina Anticonvulsivantes |
description |
A utilização off-label de fármacos é uma prática habitual a nível mundial. Esta define-se como uma utilização de medicamentos em indicações terapêuticas diferentes daquelas para os quais obtiveram aprovação pelas autoridades reguladoras aquando da sua autorização de introdução no mercado. Apresenta maior prevalência nas áreas de pediatria e psiquiatria, uma vez que estes demonstram ser os grupos mais restritos em termos de aplicação de terapêuticas farmacológicas. Em particular, na psiquiatria parece ser recorrente a prescrição em regime off-label da classe farmacoterapêutica anticonvulsivante. A gabapentina enquadra-se nessa classe, demonstrando ser um fármaco aplicado em diferentes condições patológicas que envolvem o sistema nervoso. Numa fase inicial, esta molécula foi unicamente autorizada para doentes com epilepsia, tendo como principal objetivo o controlo adequado das suas crises. Com o decorrer dos anos, tal como a ciência, a experiência profissional de médicos psiquiatras e neurologistas também evoluiu, fazendo com que a gabapentina começasse a ser utilizada para outras patologias, como é o caso da ansiedade, depressão e distúrbios bipolares. Esta molécula evidenciou ser uma alternativa válida às terapêuticas que já não demonstravam ter efeitos benéficos para estas patologias, constituindo igualmente uma opção na abordagem farmacológica da dor, permitindo contornar uma das classes farmacológicas que maior habituação causa, os opióides. Tal como a gabapentina, existem outros fármacos que são prescritos em modo off-label, sendo este um tema controverso pelas consequências que poderá ter ao nível da saúde dos doentes e da sociedade em geral, frequentemente descurado tanto pela comunidade científica como pela indústria farmacêutica. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-16 2020-12-16T00:00:00Z 2021-05-27T13:18:49Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.1/15514 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.1/15514 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
mluisa.alvim@gmail.com |
_version_ |
1817549706783358976 |