Estilos de vida, bem-estar e dependência da internet em adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10748 |
Resumo: | Introdução: A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do curso de mestrado em enfermagem comunitária, tomou como foco o uso das tecnologias de informação e comunicação e a sua relação com os estilos de vida dos adolescentes e o bem-estar psicológico no contexto da saúde escolar. Os enfermeiros têm dado atenção crescente à utilização pelos adolescentes da internet e das novas tecnologias da informação e comunicação que levaram a novas formas de socialização e comunicação. A dependência da internet surge como conceito heterogéneo, que define o uso excessivo e disfuncional da internet que pode acarretar consequências no domínio pessoal, familiar, social e académico nefastas para a saúde. Objetivos: Caracterizar os comportamentos online, a utilização da internet, os estilos de vida e o bem-estar psicológico dos adolescentes e correlacionar a utilização problemática da internet com os estilos de vida e o bem-estar psicológico. Metodologia: Estudo observacional, descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, com uma amostra não probabilística, por conveniência, constituída por 964 adolescentes. Aplicou-se como instrumento de recolha de dados um questionário de autopreenchimento, presencial e online, em contexto escolar, que incluiu a caracterização sociodemográfica, escolar e a utilização da internet, e os instrumentos GPIUS2, EVF e QBEP-R. A análise estatística foi efetuada através do programa IBM SPSS Statistics, versão 25,0, com recurso à análise descritiva e inferencial. Resultados: Amostra constituída por 964 adolescentes, dos quais 50,4% do sexo masculino, com média de idades 14,5 anos, residentes em meio rural, normoponderais, a frequentar o 3º ciclo do ensino básico (9º ano), sem reprovações, com bom rendimento académico, e com atividades de lazer de carácter desportivo/físico-motor. Utilizam a internet diariamente, até 3 horas, no período da tarde e noite, em casa, através do telemóvel, para comunicação e diversão. Mais de metade dos participantes joga jogos online (64,3%), diariamente e até 2 horas, e 96,9% dos participantes utiliza diariamente e simultaneamente várias redes sociais, para comunicar com os amigos e familiares. A prevalência da dependência da internet foi de 13,4%, com maior incidência para o sexo masculino, pré-obesos e obesos, maior taxa de reprovação, menor idade de acesso, maior número de anos de utilização, jogos online diários e mais horas diárias nas redes sociais. Os adolescentes apresentam um estilo de vida muito bom (49%), com bons resultados nos domínios “família, tabaco, álcool e outras drogas”; e apresentam níveis satisfatórios (87%) e elevados de bem-estar psicológico (67,9%). Adolescentes com utilização problemática da internet apresentam maiores pontuações na GPIUS2 e suas dimensões (POSI, DSR, NO, MR), menores no EVF e BEP em relação aos adolescentes com uso moderado da internet. A análise correlacional destaca uma correlação fraca e negativa entre a utilização problemática da internet e os estilos de vida (r=-0,29) e o bem-estar psicológico (-0,21), e moderada positiva entre os estilos de vida e o bem-estar psicológico (r=0,68) (p=0,01). Conclusões: Os adolescentes com melhores estilos de vida apresentam menor dependência da internet e melhor perceção de bem-estar psicológico, pelo que se evidencia a importância da promoção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente os relacionados com as novas tecnologias. Os enfermeiros especialistas em enfermagem comunitária necessitam de investir na educação para a saúde, literacia em saúde e literacia digital por forma a promover comportamentos online saudáveis neste grupo etário e, consequentemente, obter ganhos em saúde a médio e longo prazo. |
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Estilos de vida, bem-estar e dependência da internet em adolescentesInternetEstilo de vidaIntrodução: A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do curso de mestrado em enfermagem comunitária, tomou como foco o uso das tecnologias de informação e comunicação e a sua relação com os estilos de vida dos adolescentes e o bem-estar psicológico no contexto da saúde escolar. Os enfermeiros têm dado atenção crescente à utilização pelos adolescentes da internet e das novas tecnologias da informação e comunicação que levaram a novas formas de socialização e comunicação. A dependência da internet surge como conceito heterogéneo, que define o uso excessivo e disfuncional da internet que pode acarretar consequências no domínio pessoal, familiar, social e académico nefastas para a saúde. Objetivos: Caracterizar os comportamentos online, a utilização da internet, os estilos de vida e o bem-estar psicológico dos adolescentes e correlacionar a utilização problemática da internet com os estilos de vida e o bem-estar psicológico. Metodologia: Estudo observacional, descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, com uma amostra não probabilística, por conveniência, constituída por 964 adolescentes. Aplicou-se como instrumento de recolha de dados um questionário de autopreenchimento, presencial e online, em contexto escolar, que incluiu a caracterização sociodemográfica, escolar e a utilização da internet, e os instrumentos GPIUS2, EVF e QBEP-R. A análise estatística foi efetuada através do programa IBM SPSS Statistics, versão 25,0, com recurso à análise descritiva e inferencial. Resultados: Amostra constituída por 964 adolescentes, dos quais 50,4% do sexo masculino, com média de idades 14,5 anos, residentes em meio rural, normoponderais, a frequentar o 3º ciclo do ensino básico (9º ano), sem reprovações, com bom rendimento académico, e com atividades de lazer de carácter desportivo/físico-motor. Utilizam a internet diariamente, até 3 horas, no período da tarde e noite, em casa, através do telemóvel, para comunicação e diversão. Mais de metade dos participantes joga jogos online (64,3%), diariamente e até 2 horas, e 96,9% dos participantes utiliza diariamente e simultaneamente várias redes sociais, para comunicar com os amigos e familiares. A prevalência da dependência da internet foi de 13,4%, com maior incidência para o sexo masculino, pré-obesos e obesos, maior taxa de reprovação, menor idade de acesso, maior número de anos de utilização, jogos online diários e mais horas diárias nas redes sociais. Os adolescentes apresentam um estilo de vida muito bom (49%), com bons resultados nos domínios “família, tabaco, álcool e outras drogas”; e apresentam níveis satisfatórios (87%) e elevados de bem-estar psicológico (67,9%). Adolescentes com utilização problemática da internet apresentam maiores pontuações na GPIUS2 e suas dimensões (POSI, DSR, NO, MR), menores no EVF e BEP em relação aos adolescentes com uso moderado da internet. A análise correlacional destaca uma correlação fraca e negativa entre a utilização problemática da internet e os estilos de vida (r=-0,29) e o bem-estar psicológico (-0,21), e moderada positiva entre os estilos de vida e o bem-estar psicológico (r=0,68) (p=0,01). Conclusões: Os adolescentes com melhores estilos de vida apresentam menor dependência da internet e melhor perceção de bem-estar psicológico, pelo que se evidencia a importância da promoção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente os relacionados com as novas tecnologias. Os enfermeiros especialistas em enfermagem comunitária necessitam de investir na educação para a saúde, literacia em saúde e literacia digital por forma a promover comportamentos online saudáveis neste grupo etário e, consequentemente, obter ganhos em saúde a médio e longo prazo.Introduction: The Internet and the new Information and Communication Technologies have changed the behavior of adolescents and brought new forms of socialization and communication. Apart from their advantages, they are not without risks. Excessive use can lead to personal, family, social, and academic consequences, with potentially harmful health consequences. Addiction to the Internet emerges as a heterogeneous concept that defines the excessive and dysfunctional use of the Internet. Objectives: To characterize the online behaviors, Internet usage, lifestyles and psychological well-being of adolescents; and correlate problematic use of the Internet with lifestyles and psychological well-being. Methodology: This was an observational, descriptive, correlational, cross-sectional, quantitative approach study with a non-probability and convenience sample of 964 adolescents. The data collection instrument used was a self-completed questionnaire, online and in-person, in a school context, which included socio-demographic, school characterization and the use of the Internet; and the GPIUS2, EVF and QBEP-R instruments. Statistical analysis was performed using SPSS version 25.0, using descriptive and inferential analysis. Results: Sample consisting of male adolescents (50.4%), with a mean age of 14.5 ± 1.9, rural residents, normoponderal, attending the 3rd cycle of primary education (9th grade), without failures. with good academic performance, and with leisure activities of sportive / physicalmotor character. They use the Internet daily, up to 3 hours, at night and at home, through their mobile phone, for communication and entertainment. More than half of the sample plays online games (64.3%) daily and up to 2 hours, and most (96.9%) simultaneously use multiple social networks daily to communicate with friends and family. The prevalence of Internet dependence was 13.4%, with a higher incidence for males, pre-obese and obese, higher failure rate, younger age, longer years of use, daily online games and more hours. daily in RS. Adolescents have a very good lifestyle (49%), with good results in the fields Tobacco, Alcohol and other Drugs, Family; and have satisfactory (87%) and high levels of psychological well-being (67.9%). Adolescents with problematic use of the Internet have higher scores on GPIUS2 and its dimensions (POSI, DSR, NO, MR), lower on EVF and BEP than adolescents with moderate Internet use. Correlational analysis highlights a weak negative correlation between problematic Internet use and lifestyles (r = -0.29) and psychological wellbeing (-0.21), and moderately positive between lifestyles and lifestyle. psychological wellbeing (r = 0.68) (p = 0.01). Conclusions: Adolescents with better lifestyles, have less dependence on the Internet and a better perception of psychological well-being, thus highlighting the importance of promoting healthy behaviors, including those related to new technologies. Health education, health literacy and digital literacy are key words for promoting healthy online behaviors in this age group, and consequently better lifestyles.2021-10-21T11:28:37Z2020-06-12T00:00:00Z2020-06-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10748TID:202600459pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira, Carla Cristina Magalhãesreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:46:51Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10748Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:17.367082Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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