O fora-de-campo como base da construção multi-interpretativa da narrativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1262 |
Resumo: | Na ponte da nave de exploração Lemuria, seis tripulantes estão entregues às suas actividades. Entre eles está Daniel, que demonstra um grande afecto e cumplicidade com Hannah. Ada, ciente da ligação entre Hannah e Daniel, nutre uma simpatia maternal pelos dois. O distraído Johan, o médico amargurado, Alessandro e o comandante Guy com a sua postura de autoridade, completam a equipa. Subitamente soa um alarme. Uma voz computorizada alerta para uma ameaça eminente e ordena que todos se dirijam ao “cofre”, uma sala com unidades individuais de protecção. No entanto a de Daniel não funciona. Uma entidade aproxima-se, com esta um som alto, grave e sinistro torna-se cada vez mais próximo. Uma luz metálica começa a invadir as instalações. Daniel desespera. Hannah não aguentando vê-lo desamparado, sai da sua unidade e junta-se a ele. Ambos são completamente engolidos pela luz. Daniel acorda sobressaltado levantando a cara do teclado do seu computador. O monitor apenas mostra uma página em branco. Ainda algo perturbado, apressa-se a pegar num pequeno gravador e descreve o que acabou de experienciar. É escritor. Ao reproduzir o seu relato no gravador ouve entre as suas palavras o som nefasto da entidade. Repete a reprodução na esperança de ser apenas a sua imaginação, mas o som continua lá. Fecha o seu portátil, pega no gravador e sai. Dirige-se a um cafezinho familiar e acolhedor. Tenta retomar o seu trabalho, mas está notoriamente perturbado. Entra Hannah e junta-se a ele. Daniel pega na mão dela e juntos carregam no Play. Os dois ouvem o som da entidade. Hannah como que conformada com o que está a acontecer acena com a cabeça um sim. Daniel não está tão convencido e faz-lhe sinal de negação. Hannah solta uma lágrima e sai. Após a sua saída, o som volta aos poucos mesmo sem ser reproduzido no gravador. De todo lado parecem sair fragmentos daquele ruído, a própria luz está cada vez mais forte ao ponto de causar a Daniel cegueira. Na Lemuria, Daniel volta a si completamente paralisado. Alessandro aponta-lhe uma luz aos olhos e após alguma observação confirma o seu diagnóstico aos restantes. Segundo este, Daniel e Hannah jazem mortos. Mais tarde, Ada e Johan levam os corpos para uma cápsula de fuga. Coloca-os virados um para o outro, pousando a mão de Daniel na face de Hannah e a mão desta na face dele. Depois de uma despedida sentida, enviam-nos para o espaço. Passado algum tempo à deriva, a cápsula é invadida pela luz e som da entidade. Hannah percorre um campo de feno idílico, luminoso, quase onírico. Os seus olhos estão perdidos no horizonte. Cai de joelhos. Daniel chega e ajoelha-se ao lado dela. Deitam-se de lado e de frente um para o outro (na posição que Ada os havia colocado na cápsula). Beijam-se ternamente. |
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