Via Aérea em Obstetrícia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Anabela
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Carvalhas, Joana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.3457
Resumo: A abordagem da via aérea na população obstétrica continua a ser um verdadeiro desafio para o anestesiologista por várias razões. As alterações anatómicas e fisiológicas associadas à gravidez são responsáveis pelo desenvolvimento rápido de hipoxemia em caso de apneia. Existe ainda risco aumentado de regurgitação e aspiração do conteúdo gástrico. As situações de urgência ou emergência em obstetrícia aumentam o risco de dificuldade na abordagem na via aérea, em doentes já potencialmente portadores de via aérea difícil. A evolução da prática anestésica, com o aumento no recurso à anestesia/analgesia loco-regional, entre outros condicionantes, tem vindo a limitar a manutenção das aptidões em intubação endotraqueal na população obstétrica. Para limitar o risco de via aérea difícil nesta população é importante conceder prioridade à anestesia loco-regional e efetuar uma avaliação cuidadosa da via aérea , no sentido de detetar as situações previsivelmente difíceis. A existência de material adequado e algoritmos de via aérea difícil é essencial nas unidades obstétricas. O treino através das técnicas de simulação assume um papel de grande interesse para o aperfeiçoamento e manutenção das competências neste contexto particular. O nosso objetivo com este artigo é realizar uma revisão sobre os problemas associados à gestão da via aérea na população obstétrica, em função da evolução recente das práticas em anestesia obstétrica, e propor um algoritmo de via aérea difícil em obstetrícia.  
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