O conjunto monástico de S. Bento de Cástris e o cumprimento do paradigma cisterciense: a escolha do locus e as imposições da clausura estrita
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/16918 |
Resumo: | Durante a medievalidade, a urbe eborense viu surgir dentro da cerca nova ou fernandina espaços conventuais que acompanharam a afirmação das ordens mendicantes, bem como uma acentuada proliferação de opções de vida cenobítica (masculina e feminina) a partir de finais do século XV; porém, o espaço fora das muralhas não deixou de ser opção, até como forma de um retiro mais integral. Definem-se zonas preferenciais para instalação dessas Casas, entre as zonas Oeste e Norte da cidade, como foram os casos do mosteiro de S. Bento de Cástris (feminino) e dos conventos da Cartuxa e do Espinheiro, instalando-se ainda alguns em espaço peri-urbano. Para os mosteiros cistercienses, sabemos da tipologia dos sítios propícios à sua instalação, e que pode ser orientada segundo três grandes linhas: a relação do sítio com o poder eclesiástico e civil; a sua proximidade em relação a grandes vias de ligação, e a topografia e hidrografia dos sítios. Neste contexto, o grupo de mulheres devotas que originaria a comunidade organizada de S. Bento de Cástris conheceu uma pré-instalação junto dos muros do burgo (século XII), e, cumprindo as exigências de Cister e da afiliação a Alcobaça, afastou-se da cidade e instalou-se num início de vale orientado a sul onde a captação de água estava assegurada, junto à antiga ermida de S. Bento. A organização do espaço edificado do mosteiro foi amplamente influenciada pelas imposições pós-tridentinas de clausura estrita, definindo espaços de acesso e de restrição à comunidade religiosa, tanto a nível dos espaços edificados como dos não edificados, sendo estes considerados espelho da clausura. |
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